O gangster e a Soberania Comunicacional


Por Raul Fitipaldi.

Tradução ao espanhol: Tali Feld Gleiser.

A Soberania do Império e a Soberania Comunicacional são antagônicas. Uma confraria que desde as Cruzadas assassina em massa, rouba em massa e mente em massa não pode dizer-se, nem de perto, atingida pelas levíssimas “novidades” que por enquanto colocou no ar o sítio WikiLeakes. Os lutadores sociais que lutam por outro mundo possível não podem se chamar a supressa com as opiniões que os tiranos do planeta têm sobre fatos, pessoas ou pensamento que não sejam ou surjam do seu ventre doentio.

No entanto há motivos para que os poderosos se espantem e sintam descontentamento, e até um tênue amedrontamento. As legislações repressivas para o uso da Internet não avançam à velocidade que o pântano imperial-oligárquico gostaria, mesmo que já haja restrições que precisam ser derrubadas (de ordem técnica, “legal” e moral) para que a maioria tenha direito a exercer a soberania de informar e ser informada. E essa maioria vai conseguindo se inteirar do que ocorre.

O tema da “desclassificação unilateral” de WikiLeaks e raramente associada com o sistema monopólico de comunicação – Der Spiegel, The Guardian, The New York Times, El País de Espanha, Le Monde-  que causou sensação nos noticiários (e que não deixa de provocar-nos um pequeno sorriso) chama, no entanto, a insistir na reflexão sobre o manejo que fazem da informação e da comunicação em geral o Império e seus repetidores, amalgamados no seu interesse central: a exploração brutal do homem pelo homem, do trabalhador pelo gangster. A verdade única dos ricos, dos poderosos e da força bruta planetária vem sofrendo quebraduras, umidades, fungos e feridas. Portanto, com ou sem WikiLeaks o que se deve considerar é que a reputação deste gangster e sua quadrilha de oligarcas e novos ricos está sendo exposta, não especialmente nas notinhas quase sociais do WikiLeaks e Julian Assange, mas, sim e de forma transcendente e transformadora a partir do esforço militante de milhares de escritores, jornalistas, professores, estudantes e trabalhadores, mulheres e homens,  que tiram muitas horas por dia e semana para utilizar a web com a revolucionária tarefa de colocar a verdade dos discriminados, dos mais, dos pobres, na tela dos computadores e nas redes militantes por outro mundo possível.

Por isso, mais do que refestelar-se com os casos e descasos publicados por Assange e WikiLeaks, mas que desfrutar da publicidade do que já sabemos, a podre reputação de um gangster que ainda é muito poderoso,  a tarefa é melhorar a intensidade da nossa militância, aumentar o objetivo da mira, apontar de forma certeira e disparar as verdades que não podem ficar ocultas do Povo/povo para que a transformação urgente seja possível e tenhamos uma massa consciente de defensores da Terra, da Liberdade, da Justiça e da Soberania Comunicacional.

Jamais, em nenhuma circunstância será possível conciliar nossa função militante com a dos grandes conglomerados da informação, estamos em pugna, somos parte de uma guerrilha mediática que ainda é fraca para vencer o Império, e precisa mais gente, mais sítios, mais blogs, mais livros, mais conversas e mais confluências democráticas e anticapitalistas. Não descansemos com os casos como WikiLeaks, são importantes, mas fazem parte do sistema.

El gánster y la Soberanía Comunicacional

Por Raúl Fitipaldi.

La Soberanía del Imperio y la Soberanía Comunicacional son antagónicas. Una cofradía que desde las Cruzadas asesina en masa, roba en masa y miente en masa no se puede decir, ni remotamente, que fue tocada por las levísimas “novedades” que por ahora ha puesto en el aire el sitio WikiLeaks. Los luchadores sociales que pelean por otro mundo posible no pueden sorprenderse con las opiniones que los tiranos del planeta tienen sobre hechos, personas o pensamiento que no sean o surjan de su vientre enfermizo.

Sin embargo, hay motivos para que los poderosos se espanten y sientan descontento, y hasta un tenue amedrentamiento. Las legislaciones represivas para el uso de la Internet no avanzan a la velocidad que al pantano imperial-oligárquico le gustaría, aunque haya restricciones que precisan ser derribadas (de orden técnico, “legal” y moral) para que la mayoría tenga derecho a ejercer la soberanía de informar y ser informada. Y esa mayoría va logrando enterarse de lo que ocurre.

El tema de la “desclasificación unilateral” de WikiLeaks y raramente asociada con el sistema monopólico de comunicación  –Der Spiegel, The Guardian, The New York Times, El País, Le Monde-  que causó sensación en los noticieros (y que no deja de provocarnos una pequeña sonrisa) llama, no obstante, a insistir en la reflexión sobre el manejo que hacen de la información y de la comunicación en general el Imperio y sus repetidores, amalgamados en su interés central: la explotación brutal del hombre por el hombre, del trabajador por el gánster. La verdad única de los ricos, de los poderosos y de la fuerza bruta planetaria viene sufriendo quebraduras, humedades, hongos y heridas. Por tanto, con o sin WikiLeaks lo que se debe considerar es que la reputación de este gánster y su cuadrilla de oligarcas y nuevos ricos está siendo expuesta, no especialmente en los artículos casi sociales de WikiLeaks y Julian Assange, mas sí y de forma transcendente y transformadora a partir del esfuerzo militante de millares de escritores, periodistas, profesores, estudiantes y trabajadores, mujeres y hombres,  que dedican muchas horas por día y semana para utilizar la web con la revolucionaria tarea de colocar la verdad de los discriminados, de los más pobres en la pantalla de las computadoras y en las redes militantes por otro mundo posible.

Por eso, más que regocijarse con los casos publicados por Assange y WikiLeaks, más que disfrutar de la publicidad de lo que ya sabemos, la podrida reputación de un gánster que todavía es muy poderoso,  la tarea es mejorar la intensidad de nuestra militancia, aumentar el objetivo de la mira, apuntar de forma certera y disparar las verdades que no pueden quedar ocultas del pueblo para que la transformación urgente sea posible y tengamos una masa consciente de defensores de la Tierra, de la Libertad, de la Justicia y de la Soberanía Comunicacional.

Jamás, en ninguna circunstancia será posible conciliar nuestra función militante con la de los grandes conglomerados de la información, estamos en pugna, somos parte de una guerrilla mediática que aún es débil para vencer el Imperio, y requiere de más gente, más sitios, más blogs, más libros, más conversaciones y más confluencias democráticas y anticapitalistas. No descansemos con los casos como WikiLeaks; son importantes, pero forman parte del sistema.

Traducción: Tali Feld Gleiser.

http://desacato.info

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.