Novo governador do Rio já exalta sua ligação com Flávio Bolsonaro

O novo governador do Rio, Cláudio Castro, foi ao Twitter destacar que recebeu uma ligação de Flávio Bolsonaro, investigado por corrupção no estado. "Diálogo! Todos pelo Rio!", disse o chefe do Executivo fluminense, que assumiu o cargo após afastamento de Wilson Witzel

Cláudio Castro e Flávio Bolsonaro em encontro no Senado Federal, em 2019. Foto: Reprodução Facebook.

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, foi ao Twitter exaltar a sua ligação com o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), investigado pelo Judiciário do Rio por envolvimento em um lavagem de dinheiro e em um esquema de “rachadinha” na Assembleia Legislativa do Rio, onde o parlamentar cumpria mandato de deputado estadual antes de ser eleito para o Senado. Castro assumiu o governo após o afastamento de Wilson Witzel, determinado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por causa de irregularidades em contratos de saúde.

“Recebi agora há pouco uma ligação do senador @FlavioBolsonaro, que se colocou à disposição para ajudar o Estado do Rio de Janeiro na renovação do Regime de Recuperação Fiscal. Diálogo! Todos pelo Rio!”, escreveu o chefe do Executivo fluminense no Twitter.

Ao apoiar o afastamento de Witzel, a Procuradoria-Geral da República (PGR) informou que ele usou o escritório de advocacia da esposa, Helena, para receber R$ 500 mil em propinas por contratos emergenciais no combate à epidemia do coronavírus

O filho de Jair Bolsonaro é investigado no Rio por conta de um esquema conhecido como rachadinha, quando se recolhe parte dos salários de funcionários para beneficiar políticos ou assessores.

O principal assessor de Flávio Bolsonaro na Alerj era Fabrício Queiroz, preso no dia 18 de junho em Atibaia (SP), onde estava escondido em um imóvel que pertence a Frederick Wassef, então advogado do senador – depois ele deixou a defesa do parlamentar.

De acordo com relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf), Queiroz fez movimentações financeiras atípicas. Foram R$ 7 milhões de 2014 a 2017, apontaram cálculos do órgão.

O procurador da República Sérgio Pinel afirmou ter encontrado “fortes indícios da prática de crime de lavagem de dinheiro” envolvendo Flávio. O Ministério Público do Rio (MP-RJ) investiga o possível esquema de rachadinha no antigo gabinete de Flávio na Alerj desde 2018 e já disse ter encontrado indícios de que o senador lavou R$ 2,27 milhões com compra de imóveis e em sua loja de chocolates.

 

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