Novo atlas geográfico facilita estudo de terras indígenas

Usuários poderão navegar pelos mapas, alterar escalas de visualização e conhecer mais sobre a população indígena.

O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) lançou nesta última segunda-feira (27/06) o Atlas Nacional Digital do Brasil 2016 (acesse aqui), que irá facilitar o estudo de áreas indígenas e suas populações.

O aprimoramento dos dados no novo documento permitiu identificar as áreas indígenas em novas escalas geográficas e apontar características sociodemográficas dentro e fora das Terras Indígenas.

O levantamento feito no Censo 2010 revelou que 517,4 mil indígenas (57,7% de toda a população) viviam nas Terras Indígenas oficialmente reconhecidas no ano em que a pesquisa foi realizada.

As maiores populações estavam nas regiões Norte (73,5%) e Centro-Oeste (72,5%). Roraima era o estado com o maior percentual (83,2%); já o Rio de Janeiro detinha a menor proporção (2,8%).

Outro dado importante é a autodeclaração de etnia ou povo. Cerca de 75% dos entrevistados que se declararam indígenas souberam informar os dados e também revelaram características de acordo com sua localização, assim como os Xavantes, mais numerosos nos estados da região Centro-Oeste, e os Guarani Kaiowá, espalhados por toda a região Sul e parte das regiões Sudeste e Centro-Oeste.

Também foram identificadas 274 línguas indígenas em uso no país. Cerca de 37,4% dos indígenas de cinco anos ou mais de idade falavam uma língua indígena, e esse percentual aumenta para 57,3% dentro das Terras Indígenas.

O novo Atlas utiliza informações contidas no “Atlas Nacional do Brasil Milton Santos”, originalmente publicado em 2010, com o acréscimo de mais 170 mapas com informações demográficas, econômicas e sociais, além de um caderno temático sobre a população indígena. 

Tecnologia

O material, disponibilizado online, destaca as transformações que aconteceram na geografia brasileira, com base no Censo Demográfico de 2010, estruturado em quatro temas: O Brasil no mundo; Território e meio ambiente; Sociedade e economia; e Redes geográficas.

Os usuários poderão navegar pelos mapas, alterar escalas de visualização e exportar tabelas e gráficos. Para aqueles que possuem conhecimentos mais avançados, é possível utilizar a busca de informações geográficas online.

Edição: Camila Rodrigues da Silva

Foto: Reprodução/Brasil de Fato

Fonte: Brasil de Fato

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.