Nota à Imprensa – Atuação da PMSC no Norte da Ilha

Por Soldado Jorge Luis Sedrez Mendes.

Sobre as mortes ocorridas no Norte da Ilha no final de semana dos dias 14 e 15 de janeiro, embora o fato já tenha sido pautado pelo Centro de Comunicação Social (CCS), através de nota, considerando, no entanto, novas indagações da imprensa, a Polícia Militar esclarece ainda que:

1. Somente nos primeiros 16 dias do ano de 2017 foram realizadas 64 prisões naquela região, sendo que 76% dos conduzidos já possuíam envolvimento com a prática de crimes, e o consequente registro policial, assim sendo, já haviam sido presos pela Polícia Militar, ou seja, já poderiam estar sob a custódia do Estado e portando, não estariam envolvidos na fatalidade.

2. Entre os adultos presos pela Polícia Militar, 72% já possuíam passagem policial, e entre os adolescentes, este índice aumenta para 100%.

3. A Polícia Militar tem realizado operações diárias e de inteligência, alternando as localidades, horários e metodologias de atuação, o que vêm rendendo bons resultados na apreensão de drogas e recaptura de indivíduos foragidos da justiça.

4. Neste sentido, a Polícia Militar esclarece à população que, sem se eximir das suas responsabilidades, segurança pública não é exclusividade de um único órgão do Estado.

5. Uma comunidade que convive com os problemas de segurança relacionados ao tráfico de drogas necessita de educação, saúde, assistência social, infraestrutura, justiça, direitos humanos, entre outros órgãos que promovam a inclusão social dos seus habitantes. Não havendo estas presenças, torna-se comum que o tráfico e a criminalidade se instalem e utilizem estas necessidades como arma de controle, trazendo sensação de insegurança para o “cidadão de bem”, que só percebe a presença do Estado nos momentos de restabelecimento da ordem pública, com a presença da Polícia Militar.

6. Os órgãos públicos e a sociedade precisam agir em conjunto, para que se inicie um trabalho nas causas da criminalidade. Enquanto ficarmos focados tão somente nas consequências, visão culturalmente já arraigada em nossa sociedade, e que gera conforto para alguns e desconforto para outros, não acharemos a solução para os problemas de segurança pública.

7. Cabe frisar que desde o início dos acontecimentos até o presente momento, a Polícia Militar é o único órgão do Estado que esteve ou se faz presente no local visando garantir a segurança e dar assistência à comunidade.

8. Por fim, faz-se necessário também a existência de uma imprensa responsável e comprometida, que trabalhe em conjunto para melhor informar a população, e não somente interessada em “expor fatos” como mercadoria e eleger “um culpado” como se solucionasse o problema, como se as causas da criminalidade tivessem um viés único, o que não é verdade.

Quartel do Comando-geral, 18 de janeiro de 2017.

PAULO HENRIQUE HEMM
Coronel PM Comandante-geral da PMSC

Fonte: PM-SC.

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