Movimento negro realiza ato contra caso de adolescente torturado por seguranças

Manifestação será no sábado, dia 7 de setembro, em frente ao supermercado Ricoy, onde ocorreu o crime.

Foto: Reprodução/Democratize

Por Nataly Simões.

Organizações do movimento negro planejam uma manifestação em repúdio ao caso de um adolescente torturado por seguranças dentro de uma unidade da rede de supermercados Ricoy.

O ato será no sábado, dia 7 setembro, em frente ao estabelecimento, na avenida Yervant Kissajikian, Vila Joaniza, Zona Sul de São Paulo. Os manifestantes defendem a necessidade de fortalecer a luta contra o racismo e a prática de tortura. 

A lei federal 9.455, de 1997, estabelece que a tortura ocorre quando uma pessoa é submetida, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental. A pena prevista para o crime é de 2 a 8 anos.

O caso

Um vídeo de 40 segundos divulgado nas redes sociais mostra um adolescente negro, de 17 anos, chicoteado por dois seguranças dentro da unidade da rede de supermercados Ricoy, na Vila Joaniza.

Nas imagens, o jovem aparece amordaçado e nu em uma sala pequena entre caixas e sacos de verdura. O adolescente é chicoteado nas costas e se contorce de dor a cada golpe recebido.

Na segunda-feira, dia 2 de setembro, a Polícia Militar abriu um inquérito para investigar o caso. Segundo o boletim de ocorrência, o adolescente diz que foi torturado porque furtou barras de chocolate do supermercado. O espancamento durou cerca de 40 minutos.

O jovem vive em situação de rua desde os 12 anos e também conta em seu depoimento ter ouvido um dos funcionários dizer que se ele o denunciasse iria matá-lo.

De acordo com o delegado Pedro Luis de Sousa, os agressores, de 37 e 49 anos, serão indiciados pelo crime de tortura. Para o delegado, o vazamento do vídeo seria um “recado” para eventuais praticantes de furtos no supermercado.

Os gerentes do estabelecimento e o proprietário ainda serão ouvidos pela polícia. O objetivo é saber se houve conivência com as agressões sofridas pelo adolescente.

A rede de supermercados Ricoy diz em comunicado que os seguranças eram funcionários de uma empresa terceirizada e não trabalham mais no estabelecimento.

Serviço:

Ato contra o racismo e a tortura

Data: 7 de setembro, sábado, às 11h30

Onde: Em frente ao supermercado Ricoy

Avenida Yervant Kissajikian, 2.078, Vila Joaniza, Zona Sul de São Paulo

Para mais informações, acesse a página do evento no Facebook.

1 COMENTÁRIO

  1. Concordo com o Manifesto, PORÉM, pq NUNCA é feito na frente da EMPRESA de SEGURANÇA ?

    Teve Manifestação no Carrefour…. continuou… manifestação no Extra… continuou… manifestação no Habbibs… continuou
    manifestação no ricoy… vai continuar existindo os estabelecimentos… pois eles revendem comida

    Agora empresas de seguranças é quem Formam essas “pessoas” animais…
    Sei lá, só uma opinião, porque o ao não é Feito lá ? seria o mais correto, acabar com a FONTE!

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.