Movimento de mulheres: Começa a ser organizado um grande repúdio à ida de Bolsonaro ao Chile

O último 8M demonstrou a grande força do movimento de mulheres a nível internacional. Utilizemos essa potência para sair em manifestação contra a vinda de Bolsonaro e a organização da direita latinoamericana!

Foto: Reprodução/Esquerda Diário.

O presidente ultradireitista, Jair Bolsonaro, virá ao Chile nessa sexta para participar da primeira reunião do foro “Prosul” levantado pela direita latinoamericana, que, segundo a descrição de Sebastián Piñera (presidente do Chile) em sua conta no Twitter, será uma “instância sem ideologias ou burocracia orientada com a intenção de que os países democráticos do Sul possam dialogar, coordenar e colaborar”. No entanto, sabemos que esse órgão proporá as primeiras diretrizes das novas políticas repressivas que afetarão diretamente as mulheres pobres, os trabalhadores, os estudantes e a diversidade sexual.

Não é um fato isolado que tenha-se programado realizar essa reunião no palco do movimento massivo de mulheres expressado neste oito de março, onde trabalhadoras, “pobladoras” (movimentos populares históricos do Chile) e estudantes não só saíram às ruas, como em alguns setores, houve paraliSações nos locais de estudo e trabalho, atacando os lucros dos empresários e seus governos conservadores que através de suas reformas estruturais continuam a perpetuar a desigualdade das mulheres da classe trabalhadora.

A direita internacional começa a se organizar para tentar deter o avanço deste grande movimento, como podemos ver com a criação de uma cúpula no Prosul que busca articular os governos mais reacionários da America Latina: Argentina, Brasil e Colômbia.

Na lista de convidados, está Jair Bolsonaro, reconhecido por seu discurso xenófobo, racista e machista, que com sua agenda política busca aprofundar uma economia neoliberal baseada na privatização de direitos básicos, eliminar direitos trabalhistas, aumentar a discriminação à comunidade negra e LGBT, reforçar a repressão policial e, acima de tudo, dificultar a conquista das demandas para as mulheres brasileiras.

A coordenação do 8M em Santiago está chamando uma jornada de mobilização no dia 22 de março às 18h30 em Paseo Bulnes. A jornada se realizará às 17:30h em Valparaíso.

O movimento das mulheres deve se posicionar contra o avanço da direita e do imperialismo, pois são eles que mantêm esse sistema que precariza e ataca a classe trabalhadora, por isso fazemos um chamado a que saiam às ruas para repudiar a chegada de Bolsonaro e a organização da direita na América Latina.
Desde o grupo de mulheres Pão e Rosas, faremos parte desse chamado, com as mulheres à frente, contra o imperialismo!

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