Mourão gasta R$194 mil em material esportivo, roupa de cama e itens de cozinha luxuosos

Foto: Sérgio Lima AFP

Assim como Jair Bolsonaro, o vice-presidente da República e General Hamilton Mourão (PRTB), teve dados de gastos exorbitantes com luxuosos produtos divulgados pelo Metrópoles.

Os dados indicam que entre 2019 e 2020 Mourão teria gasto R$194 mil em itens para sua residência oficial, o Palácio do Jaburu; e foram extraídos pelo Metrópoles no Portal de Compras do Governo Federal, nos portais de pregões e de compras do Ministério da Economia.

Tendo sido realizados ao todo três editais somente para aquisição de enxoval, estando entre os itens adquiridos lençóis bancos de fio egípcio para camas tamanho queen, sendo o total gastos nesses editais R$50.000.

Além disso houveram quatro editais destinados à compra de materiais esportivos. Entre eles estão bolas de tênis, de futebol e de vôlei; uma esteira elétrica e uma multiestação de musculação. O valor gasto com os itens esportivos foi de quase R$80.000.

Já a cozinha do Jaburu e o serviço de jantar renderam aos cofres públicos um gasto de R$64.000,00. Incluindo nessa compra taças de vinho e licor, bandeja giratória para queijos, aparelho de jantar de porcelana, um misturador de suco com acabamento em estilho murano e uma tábua de pizza em mogno africano.

Esse escandaloso gasto acompanha uma notícia bastante comentada hoje em todo país e divulgada também pelo Esquerda Diário, que só em 2020 o Governo Bolsonaro gastou R$15 milhões só em leite condensado e tem 20% de aumento com compras. Gasto que acompanha outros excessos injustificáveis, como R$16,5 milhões gastos em batata frita embalada, R$13,4 milhões em barra de cereal, R$12,4 mil em ervilha em conserva, R$21,4 mil em iogurte natural e em goma de mascar foram R$2.203.681.

Mas o que vemos é que Mourão dorme num berço bastante esplêndido; e Bolsonaro por sua vez sustenta gastos milionários e bastante questionáveis com leite condensado, batata-frita e chiclete; a população brasileira amarga uma crise sanitária e o aprofundamento da crise econômica, num contexto onde muitos brasileiros precisam escolher que refeição do dia fazer frente a realidade de desemprego, fome e contínuos ataques contra nossos direitos.

Os privilégios do governo federal sustentam a crise descarregada continuamente em nossas costas expressa através do aumento de 30% no valor da cesta básica na média nacional, ao mesmo passo que o salário mínimo sequer teve um aumento real frente ao valor da inflação.

Não só não entram na mesa do povo trabalhador itens como os da alimentação da família Bolsonaro, como também vivenciamos uma crise onde faltou arroz e óleo em muitas casas de nosso país – uma realidade inaceitável que pode e deve ser questionada pelo conjunto dos trabalhadores através de nossa organização independente, e que possa enfrentar as contradições que mantém de pé Bolsonaro, Mourão e o conjunto do regime que o sustentam, como desenvolvemos nesse editorial do MRT publicado pelo Esquerda Diário.

Leia mais:

Contaminação anunciada. Por Rosangela Bion de Assis

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.