Morre voluntário brasileiro para a vacina de Oxford

Foto: Sérgio Lima/Poder 360

Por Paulo Motoryn.

Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) informou nesta 4ª feira (21.out.2020) que  um voluntário brasileiro que participava dos testes clínicos da vacina de Oxford contra a covid-19 morreu.

Segundo a agência, a morte foi causada por complicações da covid-19. A vacina contra o coronavírus AZD1222 é produzida em parceria da Universidade de Oxford com a farmacêutica AstraZeneca.

A Anvisa disse ter sido notificada da morte do voluntário na 2ª feira (19.out.2020). A agência não informou se ele tomou o imunizante ou o placebo.

Os dados referentes à investigação do caso, realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança, já foram enviados à Anvisa.

Ao todo, 5.000 voluntários participaram dos estudos clínicos da vacina no Brasil até setembro.

O governo federal abriu crédito de R$ 1,9 bilhão para adquirir 100 milhões de doses da vacina e a tecnologia para produzi-la no país.

O Brasil firmou acordo com o laboratório responsável pela vacina, AstraZeneca, envolvendo a aquisição de 30 milhões de doses independentemente do resultado dos testes e de incorporação de tecnologia para a fabricação pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) de mais 70 milhões de unidades, a depender do êxito do ensaio clínico.

Eis a íntegra da nota divulgada pela Anvisa sobre a morte do voluntário brasileiro:

“Em relação ao falecimento do voluntário dos testes da vacina de Oxford, a Anvisa foi formalmente informada desse fato em 19 de outubro de 2020. Foram compartilhados com a Agência os dados referentes à investigação realizada pelo Comitê Internacional de Avaliação de Segurança.

É importante ressaltar que, com base nos compromissos de confidencialidade ética previstos no protocolo, as agências reguladoras envolvidas recebem dados parciais referentes à investigação realizada por esse comitê, que sugeriu pelo prosseguimento do estudo. Assim, o processo permanece em avaliação.

Portanto, a Anvisa reitera que, segundo regulamentos nacionais e internacionais de Boas Práticas Clínicas, os dados sobre voluntários de pesquisas clínicas devem ser mantidos em sigilo, em conformidade com princípios de confidencialidade, dignidade humana e proteção dos participantes.

A Anvisa está comprometida a cumprir esses regulamentos, de forma a assegurar a privacidade dos voluntários e também a confiabilidade do país para a execução de estudos de tamanha relevância.

A Agência cumpriu, cumpre e cumprirá a sua missão institucional de proteger a saúde da população brasileira.”

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