Ministério da Agricultura interdita mais dois frigoríficos alvos da Carne Fraca

Operação Carne Fraca investiga esquema de agentes fiscalizadores que recebiam propina de donos de frigoríficos. Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil
Operação Carne Fraca investiga esquema de agentes fiscalizadores que recebiam propina de donos de frigoríficos. Arquivo/Tânia Rêgo/Agência Brasil

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou nesta segunda-feira (27) a interdição de mais dois frigoríficos que foram alvos da Operação Carne Fraca , o Souza Ramos, em Colombo, e Transmeat, em Balsa Nova, ambos no Paraná.

Os dois frigoríficos estão entre os 21 investigados na operação da Polícia Federal, deflagrada no dia 17 de março para apurar suspeitas de irregularidades na produção de carne processada e derivados, bem como na fiscalização do setor.

Outras três unidades já haviam sido interditadas pelo ministério no dia 17. As unidades da Peccin Agro Industrial em Curitiba (PR) e Jaraguá do Sul (SC), onde são produzidos embutidos (mortadela e salsicha), e da BRF (dona das marcas Sadia e Perdigão, entre outras), em Mineiros (GO), onde é feito o abate de frangos.

O ministério não especificou os motivos das novas interdições. O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, concederá entrevista coletiva ainda na tarde desta segunda-feira para apresentar um balanço da operação.

Mercados retomam importações

Durante o fim de semana, após intensa movimentação do governo federal, países importadores da carne brasileira, como China, Egito e Chile, anunciaram a reabertura dos mercados para o produto brasileiro . Os embargos haviam sido determinados logo após as denúncias de irregularidades na fiscalização da qualidade da carne no Brasil.

No caso da China, a retomada das importações representa um grande alívio para a economia do Brasil, uma vez que o país asiático era o maior comprador do produto, tendo desembolsado cerca de US$ 1,75 bilhão  em carne brasileira no ano passado.

Carne Fraca

A megaoperação da Polícia Federal atacou esquema que envolvia o pagamento de propina por parte de donos de frigoríficos a agentes fiscalizadores do Ministério da Agricultura.

Segundo as investigações, os empresários pagavam para obter certificados de qualidade sem comprová-la, estratégia que permitia “maquiar” produtos que não atendiam aos padrões exigidos e comercializar carnes inadequadas para o consumo.

Entre as empresas envolvidas no esquema criminosos estavam a JBS e a BRF, os dois maiores produtores nacionais, que agregam marcas como Friboi, Seara, Sadia e Perdigão.

Neste domingo (26), o juiz Marcos Josegrei da Silva, da 14ª Federal de Curitiba,  decidiu soltar mais três pessoas que haviam sido presas  temporariamente pela PF. Dois eram dirigentes do Mapa nas cidades paranaenses de Foz do Iguaçu e de Maringá. Já o terceiro é filho de Daniel Gonçalves Filho, ex-superintendente regional do Mapa no Paraná apontado como “líder do esquema” de corrupção.

*Com informações e reportagem da Agência Brasil

Fonte: Economia – iG @ http://economia.ig.com.br/2017-03-27/carne-fraca-frigorificos.html

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