Por Claudia Weinman, para Desacato. Info.
Um ato em defesa da permanência das famílias que encontram-se no acampamento Marcelino Chiarello, na denominada Floresta Nacional, entre os municípios de Chapecó-SC e Guatambú, foi realizado no dia de hoje, 27 de julho de 2016. A Floresta Nacional, ocupada no dia 04 de junho deste ano, é tida como área de preservação pela Justiça. No entanto, segundo o Militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, (MST), Edivaldo Carvalho, a maior extensão da floresta possui plantação de pinos, e não cumpre segundo ele, com a função social. “Já fizemos a denúncia e aguardamos um parecer do Incra que deve reconhecer esta denúncia e tomar as providências”.
Segundo as famílias, o objetivo é transformar a terra até então ocupada em assentamento, utilizando os pinus para construção de casas populares. Hoje ao meio dia, um almoço foi realizado no acampamento reunindo as organizações e famílias acampadas.
Para fazer a discussão e fortalecer a resistência na luta das famílias, militantes de pastorais sociais, PJMP, PJR, movimentos sociais, Igreja, sindicatos, participaram da atividade e realizaram falas em defesa das famílias e sobre a importância de garantir a Reforma Agrária, em um momento realizado na Comunidade São Miguel Arcanjo, no município de Guatambú-SC.
A resistência deve continuar e as famílias estão organizadas para fazer este enfrentamento, que é histórico, especialmente na realidade do estado Catarinense. E com elas, movem-se homens e mulheres, de movimentos e organizações diferentes, na luta por dignidade, moradia, direito à terra que foi tomada do povo, pois o que é do povo, para o povo retornará!
Com informações e Fotos de: Jô Alves Pinheiro e Maria Carmen Viero.
