Migração de refugiados da guerra da Síria chega a mais de 5 mil em um único dia

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Cerca de 5.600 migrantes entraram nesta última quinta-feira (03/09) na Macedônia vindos da Grécia, um número recorde, que supera em mais de duas vezes o número habitual, geralmente em torno de 2 mil a 3 mil pessoas por dia, segundo informação da Organização das Nações Unidas (ONU).

De acordo com o representante do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) na Macedônia, Bertrand Desmoulins, o fluxo de migrantes tem aumentado, e a proporção é maior entre mulheres e crianças.

À medida que o fluxo de refugiados que tentam chegar à Europa aumenta diariamente, a Hungria, país que está na rota de entrada do continente, vem apresentando resistência no tratamento aos estrangeiros.

“Os húngaros têm o direito de escolher não viver junto com populosas comunidades muçulmanas”, afirmou o primeiro-ministro Viktor Orban. Para ele, o intenso fluxo de pessoas de países como Síria, Afeganistão e Iraque — a maioria refugiados islâmicos — significa que os europeus correm o risco de “virar uma minoria dentro de seu próprio continente”.

Desde o início do ano, a Hungria registrou a entrada, pela fronteira com a Sérvia, de cerca de 160 mil refugiados. Em junho, o governo anunciou a construção de um muro de quatro metros de altura e 175 quilômetros de extensão na fronteira sérvia para conter o fluxo de pessoas.

Enquanto isso, no Reino Unido, o primeiro-ministro britânico, David Cameron, se prepara para mudar a postura e passar acolher milhares de refugiados sírios no país. A medida foi considerada após forte pressão da opinião pública com a publicação da fotografia de um menino sírio morto numa praia da Turquia.

O governo do conservador David Cameron, reeleito em maio, é um dos mais resistentes dentro da União Europeia a aceitar receber os estrangeiros. O premiê crê que aceitar a presença de refugiados no país iria incentivar a ação de traficantes de pessoas, que cobram para realizar a arriscada travessia. Além disso, o britânico defende a ideia que a solução para a crise migratória deve ser encontrada dentro da Síria.

A foto do menino sírio Aylan Kurdi, de três anos, que foi vítima de um naufrágio e morreu em uma praia da Turquia, circulou o mundo e recebeu homenagens de ilustradores, que publicaram as imagens nas redes sociais acompanhadas da hashtag #KiyiyaVuranInsanlik (humanidade levada com as águas, em turco).

Foto: Reprodução/Brasil de Fato

Fonte: Brasil de Fato

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