Michelle Bolsonaro presta queixa por ofensas que colocam em xeque sua fidelidade conjugal

A reclamação contra a canção “Micheque”, dos Detonautas, não foi a única.

Por Julinho Bittencourt.

O texto que corre pelas redes com a canção “Micheque”, dos Detonautas, não é meme. A primeira-dama Michelle Bolsonaro esteve sim no Departamento Estadual de Investigações Criminais da Polícia Civil de São Paulo na quinta-feira (24) para prestar queixa contra a canção. Mas a música não foi a única razão.

A primeira-dama também não gostou de supostas ‘ofensas e piadas infames em redes sociais’, que teriam colocado ‘em xeque sua fidelidade, integridade, correção e decoro’. De acordo com a esposa do presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ), tais ofensas seriam repercussão de um texto publicado sobre sua relação conjugal.

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O texto da queixa diz:

“Que conquanto as aleivosias sejam obviamente mentirosas, o dano reputacional à imagem e à honra é indiscutível e irreparável, tendo a declarante, por tais motivos, ficado extremamente abalada, assim permanecendo até os dias que correm, justamente porque esses comentários são acessados em fácil pesquisa nas redes sociais. […] Que quer ver processados e responsabilizados penalmente os seus ofensores tão logo sejam identificados e informa que representará contra cada qual assim que suas qualificações estiverem devidamente delineadas nos autos”.

Detonautas

O grupo Detonautas passou a incomodar a esposa do presidente Jair Bolsonaro após gravar uma sátira sobre os depósitos feitos pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, na conta de Michelle. “Hey, Michelle, conta aqui para nós. A grana que entrou na sua conta é do Queiroz?”, diz a música “Micheque”. De acordo com reportagem da revista Veja, os assessores da primeira-dama veem crime de injúria e difamação.

O clipe mostra imagens de gado, laranjas e brinca com os filhos do presidente: zero um, Flávio Bolsonaro, foi apelido de “Willy Wonka” na composição, suspeito de utilizar loja de chocolates para lavagem de dinheiro. O zero dois, Eduardo Bolsonaro, ficou com o apelido de “Bananinha” e o zero três, Carlos Bolsonaro, o apelido de “Tonho da Lua”.

Nas redes sociais, o cantor Tico Santa Cruz, do Detonautas, protestou contra o possível processo de Michelle. “Seria isso uma tentativa de censura?”, questionou. “Não se pode mais cantar uma música que faz um questionamento?”, completa.

Ouça abaixo a canção “Micheque”, com a banda Os Detonautas:

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Com informações do Estadão

Este post foi modificado pela última vez em 29 set 2020 – 08:43 08:43

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