MDB, PP e PSD são os partidos com mais prefeitos eleitos em 2020

O centro e a direita prevaleceram em 2020. Os partidos que mais elegeram prefeitos nas eleições de 2020 foram, pela ordem: MDB, PP, PSD, PSDB e DEM. Em relação à disputa de 2016, PP, PSD e DEM cresceram e MDB e PSDB encolheram em número de cidades conquistadas. O MDB foi o que mais elegeu prefeitos de capitais, com cinco vitórias. Em seguida ficaram o DEM e o PSDB, com quatro cada. PP,  PDT,  PSD e PSB ganharam duas. Avante, Psol, Podemos e Republicanos levaram uma capital cada. Pela primeira vez desde a redemocratização, o PT ficou sem capital.

Na comparação com 2016, DEM, PSD e PP ganharam maior protagonismo em todo o país. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o MDB elegeu 784 prefeitos. Na eleição municipal passada, o MDB havia conquistado 1.035 prefeituras, o que significa uma perda de mais de 200 cadeiras. O PSDB também perdeu mais de 200 prefeituras em relação a 2016, quando 785 tucanos venceram. Neste ano, 520 tucanos se elegeram. Já o PP (com 685 agora), o PSD (com 654) e o DEM (com 464) começarão 2021 com mais de 100 municípios a mais, cada, para governar.

O DEM, que em 2016 conseguiu apenas a prefeitura de Salvador (BA) dentre as capitais, elegeu, já no primeiro turno, Rafael Greca em Curitiba (PR), Gean Loureiro em Florianópolis (SC) e Bruno Reis em Salvador.

A sigla venceu o segundo turno no Rio de Janeiro (RJ), onde Eduardo Paes (DEM) derrotou Marcelo Crivella (Republicanos), e pode ganhar a eleição no Macapá (AP), cuja disputa foi adiada para dezembro. Lá, o partido concorre com Josiel Alcolumbre, irmão do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Terceiro partido em número de prefeitos eleitos, o PSD foi criado em 2011 pelo ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, que abriu uma dissidência no DEM para ser parte da base de apoio da então presidente Dilma Rousseff (PT). A ideia inicial era que o partido fosse uma alternativa ao MDB e atuasse como um fiador da governabilidade.

O resultado mais visível do partido nestas eleições foi em Belo Horizonte (MG), onde Alexandre Kalil foi reeleito com mais de 60% dos votos válidos. Aliados já veem o prefeito como um nome forte para concorrer ao governo de Minas Gerais, cargo hoje ocupado por Romeu Zema (Novo).

O PSD cresceu politicamente em 2019 e filiou o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, e o senador Carlos Viana, ambos vindos do PHS, partido extinto pela cláusula de barreira. Antonio Anastasia saiu do PSDB no começo de 2020 para também se filiar ao PSD. Hoje o partido tem a segunda maior bancada da Senado (12), atrás apenas do MDB (13).

O PSDB saiu das urnas como uma das legendas mais votadas. Os tucanos Álvaro Dias e Cinthia Ribeiro se reelegeram  para as prefeituras de Natal (RN) e Palmas (TO) respectivamente. Dias foi eleito vice-prefeito de Natal em 2016 e assumiu o Executivo quando Carlos Eduardo (PDT) renunciou para disputar o governo do estado em 2018.

No maior colégio eleitoral do país, São Paulo (SP), Bruno Covas (PSDB) venceu o segundo turno contra Guilherme Boulos (Psol).

A legenda também venceu o segundo turno em Porto Velho (RO), com Hildon Chaves, mas perdeu em Teresina (PI), onde Kléber Montezuma (PSDB) perdeu de Dr. Pessoa (MDB).

O PSDB também amargou uma derrota em Porto Alegre (RS), onde Nelson Marchezan Júnior ficou fora do segundo turno e se tornou o único candidato a reeleição em uma capital que perdeu no primeiro turno neste ano.

O partido está com menos capitais do que 2016, quando o PSDB elegeu prefeitos em sete delas: São Paulo, Porto Alegre, Teresina (PI), Maceió (AL), Belém (PA), Palmas (TO) e Manaus (AM). Agora o partido vai ficar com quatro capitais, três a menos do que em 2016.

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