Marcha denuncia que fascismo permanece na sociedade atual

Por Marcelo Luiz Zapelini, para Desacato. info. 

Um alerta antifascista ecoou no centro histórico de Florianópolis/SC neste sábado, 13. Em marcha, cerca de 50 pessoas denunciaram a violência, distribuíram panfletos e gritaram em favor dos homossexuais, imigrantes, trabalhadores e mulheres, entre outras vítimas de opressão social e estatal na “Marcha Antifascista”, que também aconteceu em outras cidades do país, no mesmo momento.

Marcha Antifascista realizada hoje em Florianópolis/SC.
Marcha Antifascista realizada hoje em Florianópolis/SC.

“O antifascismo visa trazer informações contrárias (ao fascismo) e trazer a necessidade da ponderação pessoal de tudo aquilo que é compartilhado”, explicou o bancário Marco Antônio Prazeres, que participou da organização. Segundo ele, o fascismo atualmente cresce com o avanço de partidos de extrema direita no mundo. No Brasil, o fascismo se expressa nos ataques feitos por agentes públicos e ativistas contra os direitos humanos, direitos trabalhistas, aos índios e à população em situação de rua. A mensagem fascista também se expressa no machismo e na homofobia.

“A gente trouxe os panfletos para explicar o que é o fascismo e como o fascismo atua na sociedade sem que as pessoas percebam”, explicou Nara Miassi, do coletivo Alecrim Horta. Muitas pessoas rejeitam, mas pelos cálculos de Leandro Silva, que distribui também os panfletos, sete em dez pessoas apoiam a iniciativa. “Geralmente, as pessoas que param para conversar apoiam totalmente”. O Coletivo Antifascista também realiza debates quinzenais sobre o combate ao fascismo entre os integrantes, explicou Leandro. “O objetivo de hoje vem sendo cumprido. Na marcha, certamente, são poucas pessoas, mas a aproximação das pessoas e o interesse sobre o assunto é uma vitória contra essa ascensão fascista”, avaliou Marco.

Depois da concentração, às 11h, no Largo da Alfandega, o grupo percorreu o centro histórico. “Fascistas não passarão”, alertaram em coro. Também não passarão os machistas e os homofóbicos. Ainda, gritaram contra a xenofobia lembrando que “somos todos migrantes”. E afirmaram que a Polícia Militar “não acabou, mas tem que acabar”. Aos som de caixas e tambores, lembraram ao povo de Florianópolis que isto se travava de um “alerta antifascista”.

Estudante de contabilidade Andreza Balter.
Estudante de contabilidade Andreza Balter.

Na Marcha ou fora dela, qualquer um pode enfrentar o fascismo, acredita a estudante de contabilidade Andreza Balter. “Todo mundo pode fazer alguma coisa. Independente do que cada um credita e do que segue, isso daí tem que acabar. Ninguém pode sofrer por ter uma opinião diferente ou ser de uma cor diferente ou ser de uma forma diferente, todo mundo é igual”, ponderou.

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