Mangues podem desaparecer nos próximos 100 anos, alerta UNESCO

Estimativas coletadas pela agência da ONU indicam que já foram destruídas até 67% das áreas onde os mangues eram identificados. UNESCO marcou o Dia Internacional de Conservação do Ecossistema de Mangues, lembrado neste 26 de julho, com mensagem sobre a importância desses ecossistemas para a vida no planeta.

Em mensagem para o Dia Internacional de Conservação do Ecossistema de Mangues, lembrado em 26 de julho, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, alertou que todos os manguezais não protegidos podem desaparecer nos próximos cem anos. Estimativas coletadas pela agência da ONU indicam que já foram destruídas até 67% das áreas onde o bioma era identificado.

“Os riscos são grandes, porque os ecossistemas de mangues fornecem benefícios e serviços essenciais para a vida. Do avanço com relação à segurança alimentar, a pesca sustentável, produtos silvestres e a proteção contra tempestades, tsunamis e o aumento do nível do mar até a prevenção contra a erosão da costa, a regulação da qualidade da água costeira e o oferecimento de habitats para espécies marinhas ameaçadas de extinção”, disse Bokova.

A dirigente lembrou ainda o papel singular que mangues desempenham na absorção de quantidades significativas de dióxido carbono. Quando estocado nos oceanos e em ecossistemas oceânicos, o gás é conhecido pelo nome carbono azul. A capacidade de armazenar a substância é “essencial para a mitigação da mudança climática”, ressaltou a chefe da UNESCO.

“A UNESCO está trabalhando para ampliar as capacidades dos Estados e reforçar seu conhecimento científico, especialmente em países que são altamente dependentes desses ecossistemas, na África e nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, sempre realizando atividades com comunidades locais e sempre tomando como base os conhecimentos tradicionais”, informou Bokova em seu pronunciamento.

A diretora elencou ainda outras iniciativas da agência que estão sendo mobilizadas para preservar os mangues, como o Programa O Homem e a Biosfera (MAB), o Programa Hidrológico Internacional (PHI), a Comissão Oceanográfica Intergovernamental (COI) e o Projeto LINKS, de Sistemas de Conhecimento Locais e Indígenas. A UNESCO lidera também o projeto Carbono Azul, que promove a conservação, restauração e uso sustentável de ecossistemas marinhos.

“A mensagem da UNESCO para o dia de hoje é clara – nós devemos reverter a tendência de degradação e proteger os mangues, que são tão essenciais para a saúde do planeta”, concluiu Bokova.

Fonte: Nações Unidas.

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