Por Plínio Teodoro.

Mangueira mostrou a força do samba como resistência a Jair Bolsonaro e teve o verso que fala que não existe “messias de arma na mão” ignorados na transmissão da Globo. Das arquibancadas, porém, uma sonora “homenagem” ao presidente abriu o desfile.

Um “Jesus da gente” que apanha da polícia, mulher, indígena, foi crivado por balas na cruz e ressuscitou negro em meio à comunidade da favela. Com o enredo “A Verdade vos fará livre”, a Estação Primeira de Mangueira (ou de Nazaré, como é cantado nos versos) mandou recado direto sobre a hipocrisia dos profetas da intolerância que apoiam o governo Jair Bolsonaro.

Os versos que remetem diretamente a Bolsonaro, que falam que “não tem futuro sem partilha, nem messias de arma na mão” foram ignorados por Fátima Bernardes e Alex Escobar na transmissão ao vivo da Globo. Mas, o presidente foi lembrado logo no início do desfile da escola com um sonoro “Eih, Bolsonaro, vai tomar no cu” vindo das arquibancadas.

Logo na Comissão de Frente, a Mangueira trouxe um Jesus indigente, como muitas vezes tratado na Bíblia, acompanhado de “apóstolos” marginalizados, que apanha da polícia e dança funk sobre a mesa da Santa Ceia.

 

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