Mais de 170 mil estudantes são “expulsos” das universidades

Por Henrique Nunes.

A cada nova leva de informações divulgada pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do IBGE, fica mais claro que o Brasil tem regredido sistematicamente em todas as áreas econômicas e sociais desde o golpe de 2016.

Na última sexta-feira (18), o instituto revelou que a evasão universitária aumentou 47,8% entre 2016 e o ano passado, montante que representa que mais de 170 mil brasileiros com idades de 19 a 25 anos que abandonaram a graduação.

Como se não bastasse, o governo golpista também restringiu o acesso ao Fies, mecanismo de financiamento doensino superior em instituições privadas. Em 2017, foram 98,9 mil contratos,  número irrisório se comparado ao de 2014, quando foram pactuados 732,7 mil financiamentos.

Criado em 1999, o Fies ganhou relevância em caráter nacional a partir de 2010,   durante gestão do ex-presidente Lula.  Naquele ano, foram reduzidos os juros do financiamento de 9% para 3,4% ao ano, e o prazo de carência foi estendido de seis para 18 meses, contados a partir da conclusão do curso. Após a implantação das mudanças, foram firmados mais de 1,16 milhão de contratos pelo Fies até 2014.

 Sem educação

Em dezembro de 2016, menos de quatro meses após a consolidação do impeachment sem crime contra Dilma Rousseff, Michel Temer aprovou a Emenda Constitucional (EC) 95, que impede o aumento dos gastos públicos nas áreas sociais pelos próximos 20 anos. Um dos setores mais atingidos é justamente o Ministério da Educação, que receberá 37% menos recursos.

Para agravar ainda mais a situação, em janeiro deste, Michel Temer sancionou a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2018, que cancela a verba complementar de R$ 1,5 bilhão ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

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