Maduro: Morte de oposicionista venezuelano foi ajuste de contas entre grupos criminosos

Por Pedro Marin.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou nesta quinta-feira (26) que a morte do líder oposicionista Luis Manuel Díaz foi resultado de um ajuste de contas entre grupos criminosos. “O ministro do Interior [Gustavo González López] já tem elementos que apontam uma morte encomendada, ajuste de contas entre grupos criminosos”, disse o presidente, que participou hoje de um encontro com camponeses e pescadores no estado de Portuguesa.

O líder da campanha do Partido Socialista Unido da Venezuela, Jorge Rodríguez, afirmou também que Díaz era membro da organização criminosa “Los Plateados”, e desde 2010 era investigado por homicídio. “É um senhor notório que pertencia ao grupo que tinha ligações com as máfias sindicais da construção”, afirmou.

De acordo com ele, os familiares do político “sabiam que ele havia sido ameaçado porque era um líder sindical que negava postos de trabalho, os negociava e pretendia se apoderar do sindicato petroleiro de Altagracia de Orituco.”

Diáz foi baleado na última quarta-feira no Estado de Guarico, na região central da Venezuela, enquanto participava de um comício da coligação de oposição Mesa de Unidade Democrática. A oposição responsabilizou o Partido Socialista Unido da Venezuela pelo assassinato. “Pedimos que a OEA (Organização dos Estados Americanos), a União Europeia e a UNASUR que exijam que o Governo e o PSUV rechacem [o uso] da violência como arma política”, afirmou a Mesa de Unidade Democrática em sua conta no Twitter cerca de duas horas depois do assassinato.

O Secretário Geral da Ação Democrática, Henry Ramos Allup, também responsabilizou o PSUV, momentos depois do crime. “Assassinado às 7:30 da noite Luis Manuel Diáz, secretário geral da Ação Democrática em Altagracia de Orituco, por disparo de arma de fogo dado por grupos armados do PSUV de dentro de um veículo”, disse pelo Twitter.

De acordo com as investigações, no entanto, o responsável seria Oscar de Jesús Noghera Hernández, membro do grupo “El Picure.”

O diretor da campanha do PSUV, Jorge Rodriguéz, já afirmou que o partido processará Henry Ramos por difamação.

Foto: Miguel Gutiérrez/EPA.

Fonte: Revista Ópera.

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