Macri e o acordo da destruição Mercosul-União Europeia

Por Débora Mabaires, para Desacato.info.

(Port./Esp.)

Tradução: Tali Feld Gleiser, para Desacato.info.

Enquanto Mauricio Macri beija e abraça Christine Lagarde, diretora do FMI, no fórum do G-20 realizado no Japão, seu ministro das Relações Exteriores chora emocionado por ter assinado um acordo de livre comércio que destruirá as indústrias do Mercosul para favorecer as da Europa.

O atual chanceler argentino, Jorge Faurie, está adorando o acordo e é lógico porque tem experiência no uso do Estado para se beneficiar pessoalmente. Só basta com lembrar do processo judicial contra ele por ter evadido impostos numa manobra que incluiu a criação de uma empresa fantasma, transferência de dinheiro à Suíça e um sócio que era nada menos que o secretário privado do ex-presidente Carlos Menem: Ramón Hernández. Esta sociedade incluiu a emissão de um passaporte diplomático com validade por cinco anos para que pudesse entrar e sair de qualquer país do mundo com tratamento privilegiado e sem que suas malas fossem revisadas. Contrabando? Tráfico de substâncias ilegais? Nunca ficamos sabendo.

O Poder Judiciário argentino nunca investigou Jorge Faurie profundamente. Por isso, Mauricio Macri o subiu no trem do seu governo para fazer justamente o que está fazendo: destruir a soberania e a economia argentina.

Enquanto que na Argentina, a mídia do regime divulga o acordo como “histórico” e apelam à magnitude do mercado europeu como uma possibilidade comercial, na Europa já esclareceram que só entrarão produtos agrícolas do Mercosul, com limite, com cotas e cumprindo as exigentes barreiras fitossanitárias que se exigem para esse fim. Também não caiu bem entre os produtores do Velho Continente, cuja atividade é subsidiada pela União Europeia.

A desigualdade brutal que propõem os vice-reis latino-americanos é mais do que óbvia: enquanto nossos países exportarão pra Europa matéria prima, a Europa nos encherá de produtos manufaturados que não tinham para quem vender. Solucionarão seus problemas de desemprego produzindo para um mercado enorme como o latino-americano que iguala o europeu. Em troca, na América Latina se aprofundará a crise que chegou para ficar.

Sem produção e com as fronteiras abertas aos produtos manufaturados europeus – ou do mercado chinês etiquetados como “europeus”- a nossa indústria morrerá.

Condenados a que nossos recursos naturais sejam espoliados; a que a economia fique em mãos das cinco empresas agroexportadoras multinacionais; endividados em moeda estrangeira, cujo valor também não dominamos; a nossa soberania será apenas uma declamação. Mais que um acordo “histórico”, parece ser um acordo “histérico” e suicida.

Aos povos latino-americanos nos restará o desemprego produzido pelo fechamento de indústrias e comércios; o passivo ambiental da atividade extrativista e a monumental dívida que cada vez será mais impagável.

A embaixadora da União Europeia em Buenos Aires, Aude Maio-Coliche, o explica com clareza e sem rodeios: “O benefício mais direto que irão sentir os cidadãos do Mercosul quando o acordo for levado à prática é a redução dos preços dos produtos importados e uma multiplicação de opções para sus compras. Mas também comprarão produtos com altos padrões de qualidade“.

Talvez, a senhora Aude não percebei que, sem emprego e sem salário, os argentinos e argentinas não conseguiremos comprar produto nenhum, por mais baratos que queiram vendê-los.

O cinismo não é isento de certa fanfarronice verbal que tende a gerar medo e decepção com o objetivo de que os povos não lutem e aceitem tranquilamente a sua destruição.

Às críticas da oposição, dos empresários industriais e dos sindicatos argentinos, que prometem revisar o acordo, o ministro Faurie respondeu que será “muito difícil mudar as coisas que estão assinadas e negociadas”. Isto é uma falácia que fica demonstrada com dar uma olhada nos jornais de faz alguns anos. O acordo Mercosul- União Europeia que hoje Mauricio Macri quer nos vender, é basicamente o Tratado do Atlântico ao que Donald Trump renunciou para proteger a indústria estadunidense.

Mauricio Macri, entendendo que seu tempo acabou, avança como marechal da destruição colocando armadilhas no caminho daqueles que virão depois.


Macri y el acuerdo de la destrucción Mercosur-Unión Europea

Por Débora Mabaires, para Desacato.info.

Mientras Mauricio Macri se besa y abraza con Christine Lagarde en el foro del G-20 realizado en Japón, su canciller llora emocionado por haber firmado un acuerdo de libre comercio que destruirá las industrias del Mercosur para hacerle el favor a las de Europa.

El actual canciller argentino, Jorge Faurie, está encantado con el acuerdo y es lógico, ya que tiene experiencia en usar al Estado para beneficiarse personalmente, sólo basta con recordar el proceso judicial en su contra por haber evadido impuestos en una maniobra que incluyó la creación de una empresa fantasma, giro de divisas a Suiza, y un socio que era nada menos que el secretario privado del ex presidente Carlos Menem: Ramón Hernández. Esta sociedad incluyó la emisión de un pasaporte diplomático con validez por cinco años, para que pueda entrar y salir de cualquier país del mundo con trato diferencial y sin que sus valijas sean revisadas. ¿Contrabando? ¿Tráfico de sustancias ilegales? Nunca lo supimos.

El Poder Judicial argentino jamás investigó en profundidad a Jorge Faurie, por lo que Mauricio Macri, lo subió al tren de su gobierno para hacer, justamente lo que está haciendo: destruir la soberanía y la economía argentina.

Mientras que en Argentina, los medios del régimen publicitan el acuerdo como “histórico” y apelan a la magnitud del mercado europeo como una posibilidad comercial, en Europa  han aclarado que sólo ingresarán productos agrícolas del Mercosur, con cupo, en cuotas, y cumpliendo las estrictas barreras fitosanitarias que se exigen para tal fin. Tampoco cayó bien entre los productores del viejo continente, cuya actividad está subsidiada por la Unión Europea.

La desigualdad brutal que plantean los virreyes latinoamericanos está a la vista: mientras nuestros países exportarán hacia Europa materia prima; Europa nos llenará de productos manufacturados que no tenían a quién venderle. Solucionarán sus problemas de desempleo produciendo para un mercado enorme como el latinoamericano que iguala al europeo. En cambio en Latinoamérica, se profundizará la crisis que llegó para quedarse.

Sin producción y con las fronteras abiertas a los productos manufacturados europeos – o del mercado chino etiquetado como “europeo” – nuestra industria perecerá.

Condenados a que nuestros recursos naturales sean expoliados; a que la economía quede en manos de las 5 agroexportadoras multinacionales; endeudados en moneda extranjera, cuyo valor tampoco manejamos; nuestra soberanía será apenas una declamación. Más que un acuerdo “histórico”, parece ser un acuerdo “histérico” y suicida.

A los pueblos latinoamericanos nos quedará la desocupación producida por el cierre de industrias y comercios; el pasivo ambiental de la actividad extractivista y la monumental deuda que cada vez será más impagable.

La embajadora de la Unión Europea en Buenos Aires Aude Maio-Coliche lo explica claramente y sin vueltas:

El beneficio más directo que van a sentir los ciudadanos del Mercosur cuando se implementará el acuerdo es la baja en los precios de los productos importados y una multiplicación de opciones para sus compras. Pero también comprarán productos con altos estándares de calidad. 

Tal vez, la señora Aude, no se dio cuenta que sin empleo y sin sueldo, los argentinos no podremos comprar ningún producto, por más barato que nos los quieran vender.

El cinismo no está exento de cierta bravuconería verbal tendiente a generar miedo y decepción a fin de lograr que los pueblos no luchen y acepten mansamente su destrucción.

A las críticas de la oposición, de los empresarios industriales y de los sindicatos argentinos, que prometen revisar el acuerdo, el canciller Faurie respondió que será “muy difícil cambiar las cosas que están firmadas y negociadas”. Esto es una falacia que queda demostrada con hojear los diarios de hace unos años. El acuerdo Mercosur- Unión Europea que hoy Mauricio Macri nos quiere vender es básicamente el Tratado del Atlántico al que Donald Trump renunció para proteger a la industria estadounidense.

Mauricio Macri, entendiendo que su tiempo terminó, avanza como mariscal de la destrucción poniendo trampas en el camino de quienes lo sucederán.

[avatar user=”Debora Mabaires” size=”thumbnail” align=”left” /] Débora Mabaires é cronista e mora em Buenos Aires.

A opinião do/a autor/a não necessariamente representa a opinião de Desacato.info.

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