Linn da Quebrada: Boicote a Israel e Carta de Angela Davis

Foto: reprodução do Facebook

Oi gente, Linn aqui.

Semanas atrás, quando divulgamos as datas e cidades da #TravaTour3, recebi muitos comentários – por aqui e nas outras redes – em relação a minha ida para TelAviv (Israel), onde participaria do evento TLVFest. Foram muitas as mensagens pedindo pelo boicote a Israel e me abrindo para uma reflexão maior e mais profunda sobre o que tem acontecido por lá.

Mesmo sabendo que também em Israel existem pessoas que sofrem diversas opressões sobre seus corpos e desejos, decidi pelo cancelamento de minha participação, aderindo assim a um boicote artístico que tem acontecido nos últimos meses, mundo a fora, como forma de protesto contra Israel e suas políticas genocidas sobre a Palestina.

Meses atrás, quando soubemos que o filme Bixa Travesty havia sido selecionado para integrar a programação do festival, enxergamos ali uma possibilidade de abrir diálogo e estreitar redes com um novo público, que, assim como nós, também tem criado suas próprias formas de (r)existência enquanto comunidade TLGB.

No entanto, diante aos trágicos fatos recentes envolvendo o massacre de Israel sobre o território e corpos palestinos, este debate abriu uma nova gama de perspectivas, pra mim e pra #EquipeDaQuebrada, trazendo reflexões e ideias com as quais passei a ter maior contato agora.

Nós conversamos e ouvimos muitas pessoas, de lá e daqui, e com um panorama maior e mais detalhado diante de nós, decidimos aderir ao boicote em discordância com o plano de governo e ações de ocupação que vem sendo realizadas por Israel na região.

Não foi uma decisão simples de ser tomada, mas resolvemos seguir com ela mesmo assim e dias atrás, como uma resposta que o acaso estava me guardando, recebi uma carta de apoio assinada pela intelectual e líder feminista estado-unidense Angela Davis. No texto que vocês leem abaixo, Davis declarou seu apoio a mim e também destacou a importância do boicote enquanto posicionamento político, reforçando a importância de uma postura cada vez mais interseccional em nossas criações e lutas diárias.

Compartilho essa mensagem tão importante com todas vocês agora, a fim de abrir e espalhar essas ideias ainda mais.

Obrigada por me abrirem o mundo, meninas, estamos juntas nessa, sempre.

Com respeito e afeto, Linn.

 

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