Justiça censura jornal da CUT sobre reforma da Previdência

São Paulo – A assessoria jurídica da CUT-RS trabalha nos próximos dias para tentar cassar liminar do juiz Assis Leandro Machado, da 3ª Vara Cível da Comarca de Santa Cruz do Sul, de busca e apreensão de jornal especial contra a reforma da Previdência, proposta pelo governo de Michel Temer (PMDB) e que tramita no Congresso Nacional.

A liminar foi concedida ao deputado federal Heitor Schuch (PSB-RS). Um oficial de justiça esteve na manhã de quinta-feira (2) na sede da entidade, em Porto Alegre, porém os 100 mil exemplares impressos já tinham sido distribuídos aos comitês sindicais e populares, que estão sendo organizados em todo o Estado contra a reforma. Conforme a liminar, no entanto, a publicação teve de ser retirada do sítio e das mídias sociais da entidade.

O jornal, com quatro páginas, apresenta perguntas e respostas sobre os principais retrocessos da reforma da Previdência e traz as fotos dos deputados e senadores que apoiam o governo Temer no Congresso, com orientações aos trabalhadores. “Acompanhe de perto as manifestações da bancada gaúcha que apoia o governo Temer e exija que votem contra a reforma da Previdência. Se você entrar na luta, a reforma não passa. Vamos juntos construir a Greve Geral”, diz o texto.

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Para o secretário de Comunicação da CUT-RS, Ademir Wiederkehr, trata-se de uma censura descabida ao trabalho de divulgação da entidade sobre o conteúdo nefasto da reforma da Previdência. “Queremos exercer a liberdade de expressão e o nosso direito de informar sobre os malefícios que essa reforma do governo golpista de Temer quer impor aos trabalhadores, bem como pressionar os parlamentares para que se posicionem e votem contra essa proposta”.

O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e a campanha Calar Jamais! divulgaram na última sexta-feira (3) uma nota na qual repudiam esse episódio e se solidarizam com a luta dos trabalhadores contra a reforma da Previdência. “Seguiremos lutando pelo exercício da liberdade de expressão e do direito à comunicação”, ressalta o FNDC.


Fonte: Rede Brasil Atual

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