Jovem gay é agredido com pedradas em Balneário Camboriú

Por volta das 4h da manhã desta quarta-feira, dia 13/01, o padeiro Paulo Sauter, 22 anos, foi a um posto de gasolina no bairro Nova Esperança, Balneário Camboriú, e ia para casa com cervejas na mão quando um outro jovem se aproximou e perguntou se ele poderia dar um cigarro. Os dois foram andando na mesma direção, sem se comunicar, até que Paulo disse tchau ao outro jovem, pois havia chegado na rua de sua casa.
Neste momento eles cruzaram com um outro jovem, que lançou uma pedra na nuca de Paulo, que caiu ao chão. As cervejas espatifadas se misturaram ao sangue que jorrava de Paulo na rua. O jovem se surpreendeu ao ver que o rapaz que o acompanha e o outro eram comparsas e começaram os dois a agredi-lo. Ele recebeu socos e pontapés de um enquanto outra pedra atingia a sua testa. Desesperado, ele sangrava muito e depois de mais uma pedrada no rosto o rapaz parou de bater nele e os dois saíram andando, calmamente, enquanto Paulo fugia embora do local de sua quase morte.
Em casa, ele ligou para a polícia e pediu ajuda. Seus pais o levaram ao pronto socorro onde ele recebeu suturas nos cortes na testa e na cabeça. Seus pais acompanharam o trabalho da polícia que após uma ronda na região não encontrou suspeitos. O troco da cerveja que estava escondido na cintura não foi levado mas o jovem perdeu sua carteira de motorista durante a confusão.
“Tente mais outras vezes meu amor, sua homofobia não vai atrasar o meu amor, sou forte sou guerreiro, não vai me derrubar”, desabafou Paulo em sua página no Facebook, depois de relatar o ataque com uma foto em que aparece com a cabeça enfaixada: “Essa aqui é a minha fadiga de ser quem eu mesmo sou, não posso andar na rua sem ser apedrejado por estranho até quase a morte, por apenas ser feliz por si mesmo, então agradeço a quem me agrediu, você não vai parar minha felicidade, não vai me regredir, vou seguir em frente com todos hematomas e roxos e todas cicatrizes, me orgulho delas, porque lutei pela minha vida enquanto tentava me matar e olha ai, estou vivo e não vai me derrubar”.
Apesar de não ter sido xingado, ele acredita que foi um caso de homofobia. “Por qual outro motivo seria?”, questionou. Gay assumido, ele revelou que depois do ataque não vai deixar de ser quem ele é mas que vai ficar mais atento.
Fonte: Lado A.

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