Israel aprova a lei que legaliza as colônias israelenses na Palestina

Colônia Otniel, Colinas do Sul de Hebron, Cisjordânia. Todas as colônias israelenses violan a lei internacional. Foto: Tali Feld Gleiser
Colônia Otniel, Colinas do Sul de Hebron, Cisjordânia. Todas as colônias israelenses violan a lei internacional. Foto: Tali Feld Gleiser

Israel aprova a lei que legaliza as colônias israelenses na Palestina

O Parlamento israelense (Kneset) aprovou na quarta-feira 7 de dezembro o controvertido projeto de lei impulsionado pelo Governo para legalizar retroativamente assentamentos judeus em território palestino ocupado, contrários à lei internacional.

Segundo a página web da câmara, a proposta foi aprovada em primeira leitura, de três, por 58 votos a favor e 51 em contra, trás “um longo debate do plenário”.

O ministro israelense da Educação, principal sócio da coligação do Governo e maior promotor do projeto, Naftali Benet, qualificou a jornada de “histórica” e garantiu que com este passo o meio milhão de judeus que moram em colônias no território ocupado da Cisjordânia deixarão de ser “convidados” ou “ocupantes”.

Faz dois dias, quando o Parlamento deu luz verde ao desenvolvimento do projeto com uma votação preliminar, Benet afirmou que esta lei é o começo do fim para a “solução dos dois Estados” e “a ponta de lança para estender a soberania” israelense e anexar toda a Cisjordânia.

A proposta promovida pelo Executivo do primeiro ministro, Benjamín Netanyahu, busca legalizar a situação de cerca de meia centena de colônias judaicas construídas sem as autorizações necessárias e que a própria normativa israelense considera “ilegais”.

Duras críticas

Para os palestinos e a comunidade internacional, tanto essas colônias como as autorizadas por sucessivos governos israelenses desde 1967 são todas ilegais, porque estão em território ocupado.

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A proposta foi alvo de duras críticas dentro do Parlamento, mas também fora, por considerar que põe em perigo o império da lei israelense.

A Alemanha expressou hoje sua “preocupação” porque, se a iniciativa for aprovada, “ficaria em dúvida” o compromisso de Israel com a solução dos dois Estados, enquanto que na terça-feira o Governo palestino, a Organização para a Liberação da Palestina (OLP) e o enviado especial da ONU para o Oriente Médio, Nickolay Mladenov, condenaram o desenvolvimento da lei.

Esta normativa “poderia ter graves consequências legais para Israel, para toda a Cisjordânia e reduzirá as perspectivas de una paz árabe-israelense”, advertiu Mladenov.

Tradução: Tali Feld Gleiser, para Desacato.info.

Fonte: 20minutos.es

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