Iela lança Coleção Pátria Grande

O Instituto de Estudos Latino-Americanos (Iela), da Universidade Federal de Santa Catarina, lança no mercado editorial a coleção Pátria Grande, Biblioteca do Pensamento Crítico Latino-Americano, que deverá reunir 40 volumes, todos editados pela Editora Insular, de Florianópolis. A intenção é divulgar autores e obras clássicas das ciências sociais na América Latina que deram vida ao que entrou para a história como “pensamento crítico latino-americano”. As obras escolhidas para compor esta Biblioteca são inéditas ou foram divulgadas apenas marginalmente no Brasil. Com esse trabalho, o Iela inaugura mais um a frente de ação. Não apenas no debate sistemático das temáticas latino-americanas, como faz anualmante com as Jornadas Bolivarianas, mas o estudo permanente de pensadores praticamente desconhecidos nas universidades brasileiras. A coleção, ao ser concretizada em livro, eterniza, em português, obras de fundamental importância para se compreender a América Latina.

O primeiro volume da coleção já está nas livrarias, é o livro “Subdesenvolvimento e revolução”, do mineiro Ruy Mauro Marini (1932-1997), publicada originalmente no México em 1969 e que ganhou sucessivas edições em muitos países sem, contudo, jamais ter sido publicada em nosso país. O lançamento oficial, com o merecido debate sobre a obra será no dia 19 de junho de 2012, na UFSC.

Veja o vídeo: http://youtu.be/5XaS84AbJj0v

O professor Nildo Ouriques, que é o coordenador da Coleção, foi o responsável também pelo prefácio da obra, que pode ser conferido a seguir.

“Subdesenvolvimento e revolução”, de Ruy Mauro Marini

Não restam dúvidas da estatura intelectual de Ruy Mauro Marini e sobre a importância de sua obra, mesmo que ele tenha passado grande parte de sua vida no exílio, iniciado em 1964 e concluído somente vinte anos depois. Conhecido na Europa, nos Estados Unidos e portador de imenso prestígio nos países latino-americanos de fala hispânica, Ruy Mauro permaneceu durante duas décadas como um autor desconhecido para as novas gerações que frequentaram a universidade durante a ditadura (1964-1985). Com o início do regime democrático muitos esperavam que o país pudesse começar não somente um regime de plena liberdade que se revelava necessário, mas, sobretudo, uma renovação intelectual que finalmente não ocorreu. A razão principal do bloqueio à renovação intelectual foi a hegemonia liberal dominante durante o período da “transição democrática” controlada pelas classes dominantes locais e monitoradas com particular atenção por Washington. Neste contexto, a vida universitária e intelectual do país seguiu seu curso normal, ou seja, com raras exceções – na verdade raríssimas – a maior parte dos intelectuais festejados no campus e na mídia eram – agora ninguém mais pode negar – os intelectuais da ordem (tanto à esquerda quanto à direita do espectro político!). O radicalismo político – tão necessário nos países subdesenvolvidos e dependentes – foi derrotado pela ditadura e, no mesmo movimento, o controle da rebeldia intelectual impediu que a divulgação desta extraordinária tradição teórica da qual Marini era protagonista de primeira linha tivesse a merecida divulgação entre as novas gerações e no interior das organizações das classes subalternas. Enfim, o programa de pesquisa sobre o subdesenvolvimento e a dependência jamais foi levado efetivamente a sério no Brasil e, quando estudado – impossível ignorar – a hegemonia liberal-burguesa representada por Fernando Henrique Cardoso e Celso Furtado, para dar os exemplos mais evidentes, foi completa.

Juntamente com André Gunder Frank, Vânia Bambirra e Theotonio dos Santos, os estudos de Ruy Mauro Marini representavam uma sólida alternativa teórica e política inaceitável para as classes dominantes, razão pela qual recebeu férrea oposição não somente durante a ditadura, mas, curiosamente, também no período democrático. Em poucas palavras: a marginalidade teórica de Marini foi uma consequência necessária da derrota da esquerda com o golpe militar de abril de 1964 e da hegemonia liberal-burguesa que orientou a democratização do país a partir de 1985. Enfim, livre dos radicais, a burguesia brasileira e o imperialismo puderam então exaltar o “pluralismo” nas ciências sociais e abrir caminho para a longa marcha em direção a universidade acadêmica que finalmente se impôs. De resto, com o exílio dos melhores representantes do programa de pesquisa sobre o subdesenvolvimento e a dependência, as classes dominantes criaram as condições para o controle do pensamento que também se revelaria necessário no contexto de uma transição lenta, gradual e segura em direção ao regime democrático.

A obra de Marini era inaceitável porque foi decisiva para elucidar tanto os limites do reformismo no interior do marxismo quanto às ilusões burguesas da tradição cepalina que tiveram na obra de Celso Furtado o maior representante em nosso país. O conhecido ensaio, Dialética da Dependência, foi o marco inicial de um programa de pesquisa que não somente segue sendo válido como também tem sido retomado na atualidade em muitas dissertações e teses em todo o Brasil. O conceito de sub-imperialismo é outra contribuição notável que com o passar do tempo ganhou vitalidade e volta a ser discutido quando a integração latino-americana renovou sua força política no continente a partir da erupção do nacionalismo revolucionário na Venezuela, Equador e Bolívia. A tendência à constituição de uma economia exportadora é outra contribuição de grande valor nas formulações de Marini na interpretação do desenvolvimento capitalista no Brasil, pois é clara sua força a partir de 1994, expressando um fenômeno que merecerá de todo analista rigoroso, especial atenção.

Contudo, é na análise de classe em situações concretas que Marini exibiu enorme maestria e razão pela qual sua contribuição se tornou perigosa para a burguesia e o academicismo dominante das universidades. Seu “dialéctica do desenvolvimento capitalista no Brasil” é um potente ensaio de interpretação das contradições e antagonismos que movem o processo de acumulação de capital e no qual demonstra as tendências estruturais e os dilemas da dominação política em nosso país. Trata-se, como o leitor mais atento poderá observar, de uma contribuição que tem sustentação teórico-metodológica em Dialéctica da dependência, contudo, sem o elevado nível de abstração que este possui, pois no ensaio que compõem o livro que agora publicamos, o conflito de classes que levou ao golpe militar de 1964 encontrou não somente original interpretação, mas um genuíno guia de como realizar uma rigorosa análise da conjuntura a partir do marxismo.

Neste contexto, Subdesenvolvimento e Revolução é uma obra que expressa as dramáticas opções da esquerda revolucionária latino-americana das décadas de sessenta e setenta. Antes que uma condenação preconceituosa sobre a luta armada ou o simples elogio ao heroísmo dos combatentes, a análise de Marini – segundo o próprio autor uma análise desde “dentro” – permite observar aquele período a partir de situações e movimentos que não foram de todo superados, ainda que não sejam objetos de debate ou impliquem em opções imediatas para as forças de esquerda em reconstrução em toda a América Latina. Trata-se de um método de análise que resistiu ao tempo embora não tenha encontrado muitos discípulos em nosso país, onde grande parte do esforço analítico está simplesmente destinado à justificar a política econômica em recurso ou ainda, de maneira mais trágica, a adesão do que restou da esquerda brasileira como mera representante dos interesses burgueses, numa competição sem fim sobre quem é mais competente para conduzir o subdesenvolvimento e administrar a dependência.

A análise da ditadura militar realizada neste livro é uma prova inequívoca de que a ameaça de “pastorização” aventada por Celso Furtado no início de 1968 era essencialmente errônea e que a história deu, finalmente, razão a Ruy Mauro: a partir daquele ano ocorreu uma extraordinária expansão das forças produtivas com base tanto na superexploração da força de trabalho quanto no endividamento externo. Marini acertou na mosca! Ademais, a análise concreta de situações concretas rendeu além da previsão correta, uma notável contribuição aos estudos que mais tarde se definiriam como “economia brasileira”, uma expressão que evita o estudo do capitalismo subdesenvolvido e dependente. “A linguagem é a consciência prática”, alertou Marx em A ideologia alemã. A linguagem de Marini era impecável e sem qualquer concessão ao liberalismo que domina amplamente os estudos sobre economia ou sociologia no país. Esta mesma capacidade e rigor analítico encontramos em seu El reformismo y la contrarrevolución. Estudios sobre Chile, obra publicada no país onde o conflito e a consciência de classe e suas contradições ganharam brilho inédito na conjuntura latino-americana dos setentas. Nestes ensaios, Marini revela também o fino manejo do marxismo na crítica ao reformismo da esquerda e apresenta uma refinada análise do desenvolvimento capitalista chileno no período relativo à Unidade Popular encabeçada pelo presidente Salvador Allende. Também aqui a análise sobre o estado e as classes sociais ganhou relevância e brilho em perfeita articulação com o processo de acumulação de capital e crise pela qual o país inevitavelmente sofreria diante da política econômica do governo socialista de Allende. À propósito, neste esforço, é mais do que evidente que a política econômica era tratada a partir da rica tradição da economia política, marcando clara diferença com as análises dominantes no Brasil, onde quase tudo esta reduzido à mera contabilidade nacional ou sob o controle dos manuais de macro-economia importados dos Estados Unidos, como se o desenvolvimento capitalista, suas contradições e antagonismos pudessem ser analisados a partir das variáveis como inflação, cambio e juros!

Contudo, não há razão para pensar que a vida pudesse ter sido diferente. O domínio manualesco na formação do economista e as “análises” apologéticas igualmente dominantes na sociologia e ciência política na atualidade não são menos que expressão da hegemonia burguesa contra a qual sempre se insurgiu Ruy Mauro Marini. Nascem, portanto, de condições concretas permitidas pelo desenvolvimento do subdesenvolvimento que finalmente caracteriza o capitalismo em nosso país. Esta constatação implica num grande desafio intelectual para as correntes radicais que lutam pelo socialismo em nosso continente e em especial em nosso país, pois é precisamente neste terreno – na disputa intelectual – que necessitamos avançar com celeridade para recuperar o espaço perdido por quase três décadas de ditadura e mais duas de hegemonia liberal (conservadora ou progressista).

No momento em que publicamos esta obra e iniciamos a publicação de Pátria Grande. Biblioteca do Pensamento Crítico Latino-Americano, a burguesia industrial impõe como tema de discussão a “desindustrialização”, numa inequívoca demonstração de impotência e esperteza de classe. Uma das lições clássicas do pensamento crítico latino-americano ensina que a industrialização encontraria limites intransponíveis sob a dominação imperialista (divisão internacional do trabalho) da mesma forma que o desenvolvimento do capitalismo dependente não poderia jamais apoiar-se na expansão do mercado interno sem a ruptura com a superexploração da força de trabalho que finalmente o caracteriza. Neste contexto, tanto a “tese” da desindustrialização quanto aquela que indica a emergência de uma “nova classe média” não passam de ideologia destinada a legitimar a monstruosidade do subdesenvolvimento no Brasil, narcotizando amplos setores sociais com a ilusão da mobilidade social por um lado e conferindo, por outro, compensações da política estatal (subsídios, isenções de impostos, programas especiais, etc) para as frações perdedores da burguesia nacional diante das empresas multinacionais e sua dinâmica global. Enfim, sob nova roupagem, resurgem as conhecidas ilusões sobre as possibilidades ilimitadas do capitalismo dependente brasileiro, velho bordão do otimismo burguês nacional segundo o qual o Brasil não se assemelha aos demais países latino-americanos e, em cosequencia, goza de alternativas que outros países da região não possuem. É precisamente por esta razão que a obra e o método de análise de Ruy Mauro Marini – inspirado na rica tradição do marxismo latino-americano – ganham novamente relevância e se tornam indispensáveis para todos aqueles que lutam pelo socialismo. Mas também é uma demonstração de que o trabalho intelectual realizado num meio universitário dominado pelo academicismo pode e deve superar as graves limitações e estreiteza teórica que marcam sua evolução recente e pode abrir-se para os grandes desafios de nosso tempo, entre os quais esta, sem dúvida alguma, a superação do subdesenvolvimento e da dependência pela via socialista.

É evidente que o academicismo – a derrota acadêmica do intelectual – que sofremos nas universidades não é mero acidente de percurso, um modismo passageiro que a maturidade universitária um dia relegará à peça de museu. Ao contrário, o “espírito acadêmico” que atualmente domina o ambiente universitário é expressão do domínio burguês a que estamos submetidos, o exercício da velha e famosa hegemonia burguesa destinado a mutilar a capacidade teórica e as energias políticas das novas gerações. É neste terreno que o exemplo de Ruy Mauro Marini deve ser observado e enaltecido, pois o rigor teórico de suas obras é indissociável de seu compromisso militante: no Brasil como fundador e dirigente da POLOP (Política Operária) e no Chile como intelectual e dirigente do MIR (Movimento de Izquierda Revolucionária). Estamos, portanto, diante de um duplo desafio que a geração dos sessentas soube solucionar – embora tenha sido derrotada na política – e para o qual as novas gerações sequer estão sensibilizadas: a difícil relação entre teoria e praxis.

No momento em que os partidos políticos não mais formulam teoricamente e na prática renunciaram a ambição intelectual, é compreensível que a práxis política de muitos “militantes” esteja marcada quase exclusivamente pela ação no terreno institucional, quase que confinado ao limite parlamentar e aos comitês eleitorais. Contudo, os desafios da dominação burguesa e os dilemas derivados do capitalismo dependente em um mundo capitalista em crise, mas cedo do que tarde colocarão de maneira dramática opções mais difíceis para as classes sociais em disputa na sociedade brasileira. Os trabalhadores e suas organizações ainda exibem certa “amnésia social”, fenômeno que implica não somente no desconhecimento de suas grandes batalhas travadas em duras e adversas condições no passado recente, mas também ignoram a herança teórica necessária para atualizar o combate socialista sem o qual a luta política, mesmo quando orientada por espírito combativo, não faz mais do que legitimar a ordem dominante. Neste ambiente, é natural (e trágico) observar a facilidade com que a grande maioria dos professores e mesmo intelectuais se submeteram rapidamente à razão de partido e/ou à razão de estado. Em muitos casos, atuam como assessores ou formuladores de “políticas públicas” o ocultando convenientemente o caráter de classe do estado ou alugam sem inibição seus serviços para justificar o partido da ordem no governo; assim procedendo, antes que evitar um “retrocesso político” ou o “retorno do neoliberalismo” terminam, a despeito de suas boas intenções, limitando o destino do país e o futuro das classes subalternas ao horizonte burguês. Este novo tipo de simulação intelectual, autodenominada “acadêmica”, não passa de justificativa para uma atuação marcada pela submissão à ideologia dominante embora, seus defensores, professem todos os dias a “liberdade de cátedra” e acusem o intelectual público e militante como exemplo condenável de “ideólogo”, como se ele próprio não estivesse a serviço do estado e do capital. Com frequência este acadêmico indica a debilidade dos movimentos sociais e a desorganização da classe proletária como justificativa para sua respeitável adesão à ordem burguesa sem, no entanto, produzir uma única página de análise rigorosa da composição de classe, do comportamento psico-social, de suas contradições e sua força num mundo em crise. Enfim, o intelectual crítico, vinculado às classes subalternas, arredio ao oficialismo, comprometido com um projeto revolucionário parecia até bem pouco tempo definitivamente superado entre nós. Nada disso foi desconhecido para Ruy Mauro Marini, intelectual que viveu o suficiente para observar a “direitização das ciências sociais” e a lenta erosão da combatividade da classe operária e dos movimentos camponeses sem, contudo, afrouxar teoricamente ou aderir politicamente como forma de relevar um estranho “realismo”, funcional a dominação burguesa. A crise estrutural do capitalismo inaugurada em 2007 atualizou a necessidade do intelectual crítico, iracundo, que possui larga tradição na América Latina e que se revelará uma necessidade também no Brasil. Portanto, a crise recriou as condições sociais para a rebeldia e o trabalho intelectual vinculado diretamente aos interesses imediatos e históricos das classes subalternas, tal como expressa a importante obra e o comportamento político de Ruy Mauro Marini. Na mesma medida, ainda que de maneira imperceptível para a maioria, esta se reduzindo no país o espaço para o “espírito de conciliação” e a “cordialidade” que marca a atuação de políticos e intelectuais, dentro e fora da universidade.

Afirmei que no Brasil, a tematização do subdesenvolvimento permaneceu cativa do pensamento liberal-progressista. A crítica marxista sobre o subdesenvolvimento – especialmente importante nos estudos sobre a dependência – foi execrada em nosso país sem conhecimento dos textos básicos que alimentaram uma das páginas intelectuais mais importantes da história das ideias na periferia capitalista, com importante impacto nas ciências sociais dos países metropolitanos. O egípcio Samir Amim escreveu em sua autobiografia que somente publicou a tese de doutoramento defendida em 1957 em Paris quando na América Latina eclodiu o debate acerca do intercambio desigual, no início da década de sessenta. Nos Estados Unidos é comum que um estudante realize um ou dois cursos sobre o desenvolvimentismo e a teoria da dependência antes de buscar uma especialização. No entanto, o grande debate acerca da dependência e do subdesenvolvimento passou completamente desconhecido do grande público brasileiro, especialmente a crítica marxiana do subdesenvolvimento e da dependência. Contudo, quando a classe dominante e também parte importante da tradição de esquerda se afiança teórica e politicamente no desenvolvimentismo, terminaram por criar, ainda que involuntariamente, o terreno necessário para a recuperação da tradição que estamos agora publicando no Brasil com a obra de Ruy Mauro Marini. Aquela velha disputa teórica que parecia estar superada – o desenvolvimento e seus críticos da esquerda marxista – ocupa uma vez mais as manchetes de jornais, influencia a pobre vida política dos partidos políticos, produz seminários universitários e, em consequência, exige o retorno aos textos clássicos até então convenientemente esquecidos. Neste contexto, não é outra a intenção de Pátria Grande. Biblioteca do Pensamento Crítico Latino-Americano senão divulgar os pensadores críticos de Nuestra América que produziram potente teoria destinada a interpretar e superar o subdesenvolvimento e a dependência que marcam o capitalismo na América Latina.

A iniciativa do IELA-UFSC encontrou no editor Nelson Rolim rápida acolhida, decisão que uma vez mais reafirma seu compromisso com a Pátria Grande e seu atinado espírito de vanguarda ao publicar pela Editora Insular a primeira coleção sobre o pensamento crítico latino-americano no Brasil. O tempo que nosso país estava de costas para a América Latina já não existe, mas nossa ignorância e preconceitos sobre temas, obras e autores decisivos para compreensão da realidade brasileira ainda persiste. Estamos convencidos que sem o estudo sistemático do pensamento crítico latino-americano não poderemos conhecer a realidade brasileira e muito menos produzir a teoria social para uma revolução social que se revela necessária, ainda que para os acadêmicos e o modismo intelectual dominante a ordem burguesa possa parecer eterna. Este é o tamanho do desafio editorial assumido por Nelson Rolim e razão de nosso profundo agradecimento. No limite, este desafio é também a razão de ser do primeiro Instituto de Estudos Latino-Americanos integralmente dedicado ao tema numa universidade pública brasileira.

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