Hotel no Uruguai cancela reservas de israelenses que finalizaram o serviço militar

Tradução: Tali Feld Gleiser, para Desacato.info.

Amit Bradush, de 22 anos, recebeu uma notificação pessoal do proprietário do hotel em relação à cancelação da reserva via Booking.com. O dono explicou que suas opiniões políticas “são muito contrárias à política de seu país”, informou o El País do Uruguay, citado pela agência de notícias JTA.

“Não tinha visto que eram de Israel”, disse Mauricio Pinero, proprietário do Buena Vista Hotel, em Valizas. “Me oponho à política de seu país, não são bem-vindos à minha casa”. Ele acrescentou que os israelenses que viajam quando acabam o serviço militar são particularmente problemáticos.

“Não sou discriminador e não sou antissemita”, acrescentou. “A gurizada que vêm depois de acabarem o serviço militar em Israel têm um perfil de festas, arrogância e coisas que não são boas, e nós trabalhamos com uma clientela de outro tipo”.

Na página do Facebook do hotel, o dono escreveu que não tinha a intenção de mudar a sua política em relação aos israelenses. Disse que faz dois ou três anos, um israelense se hospedou com ele e, durante uma discussão sobre política internacional, o turista lhe disse que tinha sido treinado pelo exército de um jeito que permitia matar o proprietário do hotel em 15 segundos.

O incidente chamou muito a atenção no Uruguai e foi condenado por israelenses. “Parece um caso de preconceito cego, e espero que este seja um caso único”, disse a embaixadora de Israel, Nina Ben-Ami.

A ministra do Turismo do Uruguai, Lilian Kacician, disse que o incidente foi “completamente inaceitável” e que o assunto seria investigado. “No Uruguai é proibido discriminar por motivos religiosos. Esperamos que os turistas israelenses sigam visitando o Uruguai e disfrutem da beleza do país”, acrescentou.

Incidentes como este já aconteceram na Europa.

Alguns países da União Europeia têm feito declarações e eventos que chamam a boicotar Israel.

Em Portugal, mais de 40 fotógrafos e estudantes e um professor fizeram um pacto para não aceitar convites profissionais nem financiamento do regime de ocupação e do apartheid israelense e se recusaram a cooperar com as instituições culturais israelenses envolvidas em crimes e violações contra o povo palestino.

A Federação Sindical da Noruega também chamou ao boicote econômico, cultural e acadêmico a Israel e a reconhecer o Estado da Palestina dentro das fronteiras de 1967, apesar dos comentários do Ministro das Relações Exteriores do país nórdico na sua conta do Twitter: “O governo se opõe ao boicote a Israel”.

Por outro lado, as cidades de Derry y Strabane, no norte da Irlanda, uniram-se nos últimos meses a um boicote contra os produtos israelenses e pela retirada dos investimentos das colônias ilegais na Cisjordânia.

(N. Da R.: Não compre os produtos com código de barras 729 ou feitos em Israel.)

Além disso, 700 artistas e criativos britânicos em diversos campos culturais assinaram uma petição para aplicar a proibição ou exclusão cultural de Israel.

Fontes: Mídia israelense – Canal 7 e Al Mayadeen

AnnurTV.

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