Hospital Regional de São José fecha as portas da emergência por superlotação

Na manhã desta quarta-feira (3/5), o setor de emergência do Hospital de Regional de São José estava com 93 pacientes internados, sendo 14 em poltronas e 38 em macas nos corredores. Com esse número de pacientes, torna-se impossível cumprir com o Plano de Cuidados individual das/os pacientes e manter a administração pontual das medicações prescritas. O mais grave, a sobrecarga de trabalho aumenta a possibilidade de erros nesses procedimentos.

Atendendo a um reiterado pedido de providências por parte das trabalhadoras/es, a direção do Hospital decidiu fechar emergencialmente as portas do setor. A triagem dos pacientes está sendo realizada agora fora da unidade, e recomenda-se que se busque outras unidades para atendimento durante esse período de fechamento. O Sindicato vem atuando insistentemente questionando a falta de condições de trabalho e a sobrecarga de atividades das/os servidores em diversas unidades do Estado.

Neste ano, já realizamos junto às trabalhadoras/es paralisações na emergência do Hospital Governador Celso Ramos, exigindo providências da direção da unidade e da Secretaria do Estado da Saúde para proporcionar condições de trabalho adequadas e um consequente atendimento de qualidade à população.

Não bastasse a superlotação que torna praticamente inviável o trabalho das servidoras e servidores daquele setor, faltam condições de trabalho adequadas. Não há sabonete líquido, papel toalha e tocas, itens fundamentais para práticas de higiene do setor. Além disso, trabalhadoras/es dão queixa de utensílios em mau funcionamento e de materiais de baixa qualidade, que impossibilitam “prestação de serviço adequada ao usuários” e expões pacientes a “riscos e eventos adversos”.

As/os trabalhadoras/es do setor já expuseram a gravidade da situação em reuniões anteriores com a direção do Hospital, muitas das quais acompanhadas também pelo Sindicato. Um dos encaminhamentos solicitados foi a realização de uma auditoria no setor para buscar medidas possíveis para amenizar a situação.

“Todos os profissionais que prestam assistência direta aos pacientes, têm se desdobrado para fazer o melhor e o possível para minimizar estes riscos, mas não há como garantir assistência digna, nem prever alguma ocorrência mais grave […] A convivência com este risco está se tornando insuportável”, relatam trabalhadoras/es em documento entregue à direção pedindo medidas emergenciais e que provocou o fechamento temporário das portas da emergência.

Fonte: Sindsaúde.

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