Haitianos voltam às ruas para pedir saída de Jovenal Moïse

Na capital Porto Príncipe, manifestantes ocuparam ruas e avenidas em direção à Campo de Marte, uma das principais praças da cidade. Foto: Reprodução

Milhares de haitianos voltaram no último domingo (28/02) às ruas de Porto Príncipe e outras cidades do país para pedir a saída do presidente Jovenal Moïse no poder.

Segundo a oposição do Haiti, o mandato constitucional de Moïse acabou no começo de fevereiro. Porém, o presidente não dá sinais de que irá deixar a presidência. Apoiada por setores do Judiciário, oposição acusa o mandatário de tentar manter seu mandato indefinidamente após Moïse não ter realizado de eleições gerais previstas para o ano passado e não ter encerrado sua administração programada para terminar em fevereiro deste ano.

Na manifestação de domingo, os haitianos percorreram ruas e avenidas da capital haitiana e permaneceram em uma das principais praças da cidade, a Campo de Marte.

Além de Porto Príncipe, regiões de Cap-Haitien, Les Cayes, Jacmel, Grand-Goâve e Mirebalais também registraram protestos exigindo a saída de Moïse e também contra o aumento da insegurança no país, como sequestros e assassinatos, especialmente na capital.

Os manifestantes também exigem que apoio internacional ao presidente, como, por exemplo, dos Estados Unidos, sejam retirados, por considerarem que seja uma atitude que infringe a Constituição do Haiti.

Quem é Jovenel Moise?

Membro do partido neoliberal Tèt Kale (PHTK), Moïse tem 52 anos e é empresário. Chegou ao poder em novembro de 2016 em meio a acusações de fraude e após eleições com apenas 21% de participação.

Um dos pontos mais marcantes da rejeição da população haitiana a seu governo são os escândalos de corrupção, que geraram protestos massivos em 2019.

Moïse foi acusado pelo Tribunal Superior de Contas do Haiti de ter embolsado milhões de dólares através da empresa Agritrans, de sua propriedade, para desenvolver projetos públicos que nunca se materializaram como parte da ajuda enviada pela Venezuela no programa regional conhecido como Petrocaribe.

Além disso, em 2018, o país sofreu com uma crise de combustível que gerou enormes protestos contra a gestão de Moïse e suas políticas econômicas.

(*) Com Telesur.

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