Há 7 anos, a ALCA era enterrada em Mar del Plata

Desacato lembra esse grande momento da história da Nossa América.

Reproduzimos uma matéria de Abong que ilustra o que aconteceu naqueles memoráveis dias de novembro de 2005, que viraram o rumo do nosso continente.

Mar del Plata: vitória política da cúpula dos povos contra Bush e a ALCA

Do lado de fora da Cúpula dos Presidentes das Américas, a Aliança Social Continental, a Campanha Continental Contra a Alca e a Autoconvocatória No al Alca, da Argentina, organizaram a Cúpula dos Povos.  Um dos grandes desafios da Cúpula dos Povos era ser capaz de dar forma e visibilidade ao forte sentimento coletivo de repúdio à presença do presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, em solo argentino. O outro desafio era conseguir dar continuidade e avançar no debate sobre alternativas de integração.

A Cúpula foi um grande sucesso em relação a ambos os desafios e confirmou que a América Latina é hoje uma das regiões do mundo onde se encontram as forças mais amplas e organizadas de resistência contra o Império, a guerra e o modelo de privatização e transnacionalização, expresso em tratados de livre comércio como a Alca.  Aqui, em nossa região, estas forças conseguiram paralisar as negociações da Alca, contribuíram para fazer fracassar a reunião ministerial da OMC em Cancún e somaram esforços para construir um processo de aglutinação de lutas como o Fórum Social Mundial.  Da mesma forma, conseguiram, em meio a enorme diversidade e heterogeneidade destas forças, realizar um dos maiores atos políticos já vistos de repúdio a George W. Bush.

Mar Del Plata também confirmou que a diversidade e a heterogeneidade que marcam nossos movimentos e redes na região são a nossa grande força política. Nossos movimentos foram gestados em décadas de lutas em cada um dos nossos países, lutas e dinâmicas tão diversas como as frentes contra ditaduras, por direitos das mulheres, dos/as indígenas, negros/as, trabalhadores/as, de movimentos autônomos, camponeses/as, de jovens e muitos outros.  A esta pluralidade de experiências de organização se somaram, mais recentemente, as possibilidades abertas pela eleição de governos que buscam traduzir as demandas sociais em mudança efetiva, de acordo com a trajetória e as possibilidades políticas próprias de cada país. Toda esta diversidade se expressou nos vários painéis e oficinas de debates sobre o tema de alternativas de integração.

A Cúpula sintetizou, portanto, as enormes potencialidades de um momento histórico único que vivemos na América Latina, onde devemos buscar as convergências entre a vitalidade dos movimentos sociais e as possibilidades de transformação abertas por parte de alguns governos, para através da unidade podermos disputar de fato modelos alternativos ao neoliberalismo. (do Boletim Rebrip nº 6 – out/nov 2005, com edição autorizada).

Fotos de http://elperroenlaluna.com.ar

1 COMENTÁRIO

  1. Bien por nosotros. Ese pulpo no pudo fagocitarnos. Pero hay afianzar las medidas de soberanía sin desatender ningún recurso, muchos de los cuales están siendo diezmados por lo extranjeros, quienes nos pagan con veneno y dos piedritas de colores a cambio de la riqueza que se llevan. Hay que terminar con eso. Hay que hacer una ley de Producción Agropecuaria saludable, abastecedora y Nacional. Hay que educar al pueblo en la dignidad de ganarse el pan con el trabajo. Mantenernos unidos en nuestra América India, porque la serpiente (de Silvio Rodríguez) siempre estará con ganas de engullirnos.

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