Guerra não convencional contra a Venezuela

Por Gustavo Borges Revilha e Diego Sequera*. A Venezuela é um país neste momento sitiado. No país são aplicados novos métodos de guerra alternativos concebidos nos laboratórios dos serviços secretos dos EUA e outros países poderosos. No futuro imediato o objetivo é tirar o chavismo do poder. Posteriormente, eliminar todas as formas da participação maciça do povo na política, fazer desaparecer o chavismo como proposta civilizacional e enterrá-lo como um precedente na região e referência ética para outros movimentos globais.

Os diferentes métodos usados para destruir qualquer sinal de estabilidade e de força do chavismo para a Venezuela passam pelas agressões financeiras, culturais, económicas, políticas, militares e morais.

Ao terminar este documento, numa semana sucederam-se duas pequenas marchas da oposição caracterizadas por uma baixa taxa de participação e também pela colocação em cena de surtos premeditados de “confronto” perante um exército de câmaras e telefones em ligação direta com todos os grandes media mundiais (The New York Times, The Washington Post, Wall Street Journal, Bloomberg, The Economist, CNN, Fox News, NBC, etc,).

A última destas marchas, a 18 de maio, terminou com uma tentativa de linchamento pela técnica do “enxame” (swarming) contra um oficial feminino da polícia nacional Bolivariana por provocadores profissionais de guerrilha urbana, estudantes embrutecidos e lumpen.

Na mesma semana, os media mais poderosos do planeta (e dois da imprensa espanhola) aumentaram seu assédio. O agrupamento dos media em cartéis unificou os argumentos contra a Venezuela, o que indica a entrada numa nova fase do processo de guerra não convencional, tenazes geopolíticas e procura do colapso interno. Houve 1135 informações agressivas.

Como o Presidente denunciou, evidencia-se um salto qualitativo em comparação com o modelo pré-existente de agressão. O único precedente de um assédio semelhante terá sido na Líbia em 2011 e sabemos como isso acabou.

Ao mesmo tempo, Alvaro Uribe procura a intervenção militar estrangeira “que proteja a oposição”, José María Aznar fala da urgência de uma “mudança de regime”, Joe Biden, disse que a Venezuela continuou a cometer “violações graves dos direitos humanos”, Federica Mogherini fala de “restrições das liberdades” e John Kerry, em coordenação total, diz que Washington “apoia a Carta Democrática da OEA contra a Venezuela”. Tudo isso em menos de 30 dias. A escalada na guerra contra a Venezuela atingiu sua aceleração máxima.

A Venezuela é vítima de um cenário que combina todos os elementos das novas guerras. As modalidades da agressão procuram aumentar a fraqueza e o caos interno de diferentes maneiras.

1. A guerra económica, as agressões financeiras e a crise induzida.

Nestes últimos três anos a Venezuela sofreu uma agressão sistemática à sua vida económica, concertada entre os diferentes agentes e atores dos meios económicos nacionais e internacionais. Os ataques de maior envergadura quebraram a dinâmica económica interna, causando uma enorme deterioração da qualidade de vida da população.

Os procedimentos usados para interromper a atividade económica na Venezuela partem de uma concepção nova por múltiplos fatores, usando agentes poderosos e pequenos comerciantes para formar uma corrente que atua em várias frentes:

– Desvio de mercadorias e especulação ; desvio pelos grandes distribuidores de mercadorias para o comércio ilegal, para mercados de rua itinerantes ou municipais, restaurantes de luxo, onde os controles de preço não são realizados e a especulação é superior a 2000%, utilização de matérias-primas, financiadas pelo Estado venezuelano para produzir outros bens, provocando a escassez de produtos.

– Açambarcamento : Manter toneladas de alimentos e outros produtos em grandes armazéns para venda através de canais ilegais a preços exorbitantes. O objetivo da guerra econômica contra a Venezuela é que as pessoas não possam comprar alimentos.

– Deitar fora e queimar alimentos : 4.000 kg de frango em estado de decomposição foram deitados fora por uma das mais importantes cadeias de lojas na Venezuela, os Hipermercados Occidente. Noutras zonas do país, a mesma coisa se repete: chefes de empresa e distribuidores deixam apodrecer alimentos.

– Utilização de máfias em cumplicidade com distribuidores retiram grandes quantidades de alimentos das lojas para depois os venderem a um preço 5 000 vezes superior nas ruas, alimentando a inflação e impedindo o acesso da população a esses produtos.

– Fuga de capitais e redução das importações : o patronato venezuelano (agrupado em organizações como Fedecamaras e Consecomercio, os dois principais cartéis económicos no país) tem 30 mil milhões de dólares depositados em bancos fora da Venezuela. A mesma quantidade de divisas que entrou no país com a venda de petróleo durante todo o ano de 2015. Esses capitais que não entram na economia venezuelana paralisam e fazem estagnar a produção dos sectores de prioritários para o consumo da população.

A guerra económica usa vários processos para organizar a escassez de produtos básicos e aumentar seus preços. A sua finalidade é provocar constantemente filas de espera e que menos venezuelanos tenham acesso a alimentos. Procura-se causar a fome e o desespero seja devido a preços altos ou à escassez. Tudo isto para levar o povo a reduzir o apoio e a legitimidade do Presidente Nicolás Maduro responsabilizando-o por estes atos.

2. A guerra no território. Os paramilitares, a guerra ilegal e os bandos criminosos.

Nos últimos anos a Venezuela viu criarem-se formações privadas e ilegais de homens armados e treinados com claros fins políticos e militares. Trata-se de exércitos paramilitares que ganharam impulso com a crise económica provocada, procurando tornar-se um exército único através de alianças com grupos criminosos que nasceram na Venezuela a seguir à deslocalização das organizações ditas de autodefesa colombiana e o tráfico de droga, cujos dirigentes estiveram juntos na prisão.

Um esquema muito semelhante foi desenvolvido há alguns anos atrás na Síria e no Iraque com os “exércitos livres” que lutam contra “o regime” e que controlam o território como uma autoridade soberana que se alimenta dos canais estratégicos de circulação de rendimentos e do capital. Na Venezuela, estes exércitos recebem um apoio semipúblico e encoberto de financeiros e agentes de Estados estrangeiros que obedecem a uma agenda que favorece, obviamente, potências estrangeiras e grandes empresas do petróleo e da energia.

Estes novos exércitos e estes grupos criminosos usam mecanismos sofisticados para realizar suas ações no território. Possuem uma logística tecnológica como drones e aparelhos para interceptar chamadas para os dispositivos de intervenção. Estabeleceram redes de informação no território ocupado e fora dele infiltrando o tecido social das populações mais pobres. E todos têm o mesmo inimigo comum, um objetivo político partilhado: o Estado venezuelano e as forças de segurança.

Há algumas semanas, as forças de segurança enfrentaram e neutralizaram com poucos dias de intervalo, dois chefes de megabandos criminosos que descreveram o que acabamos de dizer.

Trata-se de José Antonio Colina Tovar, El Picure, que agia numa posição geoestratégica no território venezuelano. A poucos quilómetros do centro exato do país, no estado mais central de todos (Guárico). Este megabando colocava-se num ponto de passagem para qualquer direção, com vias de grande importância nas proximidades.

A internet e os media em papel tinham feito de El Picure um mito concedendo-lhe, bem como aos seus crimes, um tratamento privilegiado. Ele usufruía de uma representação privilegiada como um arquétipo do Robin dos Bosques (amado pelo povo que receberia generosos presentes que ele expropriava ao mau governo, sem revelarem os seus crimes e assassinatos). Seus talentos eram sobreavaliados ao ponto torná-lo intocável. Ele foi levado para a Assembleia Nacional pela atual maioria parlamentar. E saiu em festa para comemorar a vitória da oposição nas eleições de 6 de dezembro de 2015.

Três dias depois da morte de Tovar Colina, foi abatido Jamilton Andrés Suárez Ulloa, El Topo, perto de El Callao, na região de mineração do Sul do Estado Bolívar. El Topo, que foi paramilitar na Colômbia na sua juventude, foi o responsável direto por um massacre perpetrado contra um grupo de 17 mineiros nesta área. Foi um crime que chocou a nação e que nos leva a um conjunto muito pesado de questões sobre esta zona.

El Topo operou um território estratégico no sul da Venezuela conhecido como o Arco Mineiro, uma região de riquezas muito importantes em minerais abertamente cobiçado por empresas internacionais. O seu valor estratégico é tal que tanto pelas suas reservas como pela qualidade dos recursos minerais, especialistas consideram a possibilidade de fazer um novo salto tecnológico a partir apenas do que até ao presente está dado como existente sem ser extraído. Além do ouro, dos chamados “minerais raros” (tório, nióbio, vanádio, coltan-colombo e tântalo etc) existem jazidas de diamantes. Como se vê, estes bandos criminosos irradiam a geopolítica e o interesse declarado ou obscuro pela gestão direta de recursos muito sensíveis e de interesse global.

Se algo se torna claro no dossier de Topo e de Picure é a instalação de um braço armado nas táticas da política neoliberal de terra queimada – também aplicadas noutros países. “Atrás dos paramilitares deslocando os camponeses, chegam as transnacionais do óleo de palma”, relatou o comandante paramilitar colombiano Jorge Ivan Laverde aliás El Iguano (o iguana) numa triste história da guerra colombiana.

A resposta do Estado a estes novos mecanismos híbridos de exércitos paramilitares foi a “Operação de libertação e proteção do povo”. Os seus resultados foram agora demonstrados (todos os dias, líderes caem e bandos são desmantelados). Esta operação foi objeto de uma forte e custosa campanha de descrédito e criminalização que enche os relatos de falsidades sobre o falhanço do Estado, quando é precisamente uma operação que inverte estes fatores de desestabilização. Nos media, ONG financiadas por organizações estrangeiras e entidades do Departamento de Estado dos EUA, a soberania da Venezuela é criminalizada.

3 – A guerra mediática, a propaganda e os falsos relatos

Foram escritas 1315 notas negativas sobre a Venezuela nestes últimos três meses em Bogotá, Madrid e Miami. Os media pertencentes ao grande capital, com grande influência global e regional, implantaram uma campanha feroz para mobilizar a opinião pública mundial em apoio a uma intervenção internacional na Venezuela. Conglomerados de media superpoderosos como The New York Times, The Washington Post, The Wall Street Journal, Bloomberg e The Economist estão na origem dos ataques sistemáticos contra a Venezuela, e a partir daqui reproduzidos em uníssono pelos outros meios de comunicação na Europa e América Latina.

“A Venezuela é a resposta ao que aconteceria se um cartel da droga economicamente analfabeto assumisse um país” escreveu em 19 de maio deste ano, Matt O’Brien, responsável para a América Latina do jornal norte-americano The Washington Post, no seu último artigo. (A Venezuela à beira de um completo colapso económico). Este jornalista e dezenas de seus colegas apoiam os seus artigos com índices do FMI e outras organizações que dependem de grupos de pressão políticos e financeiros com grande interesse na mudança de regime ou num golpe de estado na Venezuela, um país que possui as reservas de petróleo mais importantes do mundo e incontáveis reservas minerais de ouro e de ” minerais raros”.

Na Europa, dois grandes meios de comunicação dirigem a fabricação de argumentos, relatos falsos, manipulação, meias verdades, desinformação e calúnias contra a Venezuela: El País (Propriedade da BNP Paribas, Bank of America e Deutsche Bank) e ABC (Propriedade de bancos BBVA, Santander e Lazard). O pico mais alto de infofrenia e demência comunicacional contra a Venezuela foi em 19 de maio, dia em que 74 informações foram publicadas nos mais importantes media em papel e digitais.

A este nível, a forma vai para segundo plano e formaliza-se (uma vez mais) o uso sistemático contra a Venezuela, do “princípio da renovação” de Goebbels: “é preciso constantemente divulgar novas informações e novos argumentos a um ritmo tal que, quando o adversário responde o público já se interessa para outra coisa. As respostas do oponente nunca devem parar o crescente nível das acusações”.

O objetivo é que a população mude a percepção e o controlo do espírito a fim de que a responsabilidade pela crise seja deslocada para o governo. Embora nos últimos meses as notícias tenham sido deslocadas para audiências externas a fim de legitimar ações internacionais de modo a martelar no país e no exterior três narrativas: “Crise humanitária”, “Estado que fracassou”, “intervenção internacional”.

No interior, os media tradicionais (El Nacional, 2001, Globovisión, etc) e novos meios de comunicação digitais justificam diariamente as histórias que vêm do exterior e servem de placa giratória para mobilizar os grupos radicais e as declarações sensacionalistas dos medíocres líderes dos partidos da oposição.

A criminalização do exército e dos organismos de segurança do Estado é uma tarefa essencial dos media venezuelanos ligados a sectores muito poderosos do patronato.

O controlo permanente dos danos que os jornalistas e os meios de comunicação oferecem aos sectores paramilitares e gangues criminosos também representa algo de inédito na Venezuela. Eles protegem e transformam em mito a imagem de chefes criminosos notórios, procurados na Venezuela pela Interpol. El Picure, no momento em que foi abatido após anos de trabalho dos serviços de informações do Estado, teve tratamento preferencial na internet e redes sociais nos meios de comunicação que fizeram uma triste tentativa para minimizar o progresso efetivo das forças de segurança do Estado contra as estruturas criminosas e paramilitares.

Colocando palavras-chave estratégicas em redes sociais e nas primeiras páginas dos jornais como “assassinado”, evidenciaram a relação de interesse entre esses meios de comunicação e os bandos. O objetivo – não tão escondido – é classificar como “assassinos” o corpo de segurança de Estado e aumentar ainda mais o esquema de violações dos direitos humanos. Tentando apagar elementos que põem em evidência o estado de guerra total em que se encontra a Venezuela. El Picure, tem de passar a qualquer preço por vítima, mesmo que combatesse com armas e granadas.

Fazer do assassino uma vítima e violar a soberania e a segurança da nação fecha o círculo das óbvias cumplicidades entre os media venezuelanos, os novos bandos criminosas e paramilitares e os políticos da oposição. Todos focados no mesmo objetivo: desalojar o chavismo do poder por qualquer meio.

4 – A guerra não convencional: “senso comum” e antipolítica “constitucional”

Com as novas guerras, as conspirações, os complôs obscuros das potências mundiais, acontece a mesma coisa que com uma bactéria: pode-se acreditar que não existem porque não se “vêm” e no entanto, fazem o seu trabalho e seus efeitos vêem-se. O ceticismo é também um produto dessa indústria.

As guerras atuais ultrapassam todo o modelo conceptual que as define como tais agravando-se em aspectos que convencionalmente podiam ser considerados como “‘não militares” atacando todos os ciclos de atividade da sociedade venezuelana desde a paralisia da economia à criação de uma neurose mediática, a instalação permanente da fobia e da rejeição do que é político e da política, ao profundo esgotamento da vida quotidiana impondo filas para comprar alimentos e medicamentos. Tudo isto define perfeitamente um ciclo de desestabilização e ensaio de novos métodos para destruir do exterior um país.

A guerra não convencional que ocorre contra a Venezuela tem por objetivo principal o psicológico, o físico, o económico e o bem-estar, por isso eles realizam multiplas ações de sabotagem de serviços básicos e fundamentais (sistema elétrico e água), além da paramilitarização do submundo. Tudo isto instalado pela força com a promoção em paralelo pelos media.

Moisés Naím intitula um de seus artigos escritos no El Nacional em 15 de maio de 2016: «Venezuela: como viver num estado que falhou? ‘

O Decreto de Obama e a proposta da lei de Amnistia e Reconciliação Nacional da oposição na Assembleia Nacional projetam a mesma narrativa sob diferentes ângulos usando as ONGs como fontes “de informação” habitual que, através de múltiplas manipulações, confirmam a imagem da Venezuela como uma nova Sérvia, nova Somália, novo Afeganistão, novo Iraque, nova Líbia, nova Síria.

O Decreto de Obama coroa a versão do ocidente que dá o seu aval à versão de Estado pária-totalitário que fracassou enquanto a lei de amnistia pretende negar e anular os crimes políticos, as responsabilidades históricas do passado começando pelo ciclo da insurreição de 12 de fevereiro de 2014, que é precisamente o ponto de partida do Decreto de Obama.

Num despacho interno CIA de 1967, assinala-se a necessidade de qualificar como “teóricos da conspiração”, para os desacreditar, os que denunciem um certo número de factos que na verdade, mais se aproximam da realidade.

Neste ponto, se se nega tudo sem conceder um mínimo de possibilidades, tal obedece a três razões: ou é cegueira que produz o dogma político e ideológico ou se participa conscientemente no processo de desestabilização ou se é suficientemente ignorante e adormecido por mecanismos de alienação sob todas as suas formas.

5 – Que fazer? Verdade e método contra o golpe de estado acelerado e em marcha

Após descrever como foi configurada a maior operação geopolítica semi-secreta da região (e provavelmente do mundo), contra a Venezuela chavista, podemos traçar algumas conclusões que funcionarão como dicas para a ação. A saber:

– Risco, método e capacidade de imaginação . Os novos métodos empregados contra países soberanos pela aplicação dos princípios da guerra não-convencional excederam sempre os antídotos e mecanismos tradicionais obsoletos de operações semelhantes do passado. O jornalístico, o académico, a dogmática e o tradicional passaram diretamente da História sem reciclagem. Há necessidade hoje de novos níveis de audácia que tornem indecifrável o confronto com o superpoder das transnacionais. A investigação através de fontes abertas, a sobrestimação política do que parece sem importância, a capacidade de unir o que parece irrelevante e o risco de designar o que em tempo de paz, alguns poderiam considerar como teoria da conspiração constitui o primeiro passo. Porque estas guerras são guerras que têm como alvo central a população civil e, portanto, é tarefa de todos.

– Recepção e resistência. Todos os factos políticos, informações, qualquer mensagem da rua, toda realização linguística, toda realidade que se torna citação uma vez dita provem de um emissor condicionado. Como método eficaz, ler tudo e receber o conteúdo dos grandes media sem nenhum intermediário para então desmontá-los de forma crítica. E como ponto de partida crítico para o demonstrar, Mision Verdad tem quase quatro anos de análise ininterrupta.

– «Follow the money». A luta de classes nunca para. Unindo os pontos comuns entre os atores políticos e do capital financeiro local e global, desenvolvendo um mapa das relações que assinalam muito claramente os interesses, os objetivos e alianças do poder, contra a Venezuela e no resto do mundo.

– A Venezuela e a geopolítica global . Premissa chave: a Síria é o mundo, a Venezuela também o é. Que as consequências de três anos de cerco mediático não sejam tão visíveis, não tornam menos verdadeiro o facto de que se a Venezuela cair vós caireis também e a contra-revolução oligárquica quase terá ganho.

– Solidariedade real, ativa e honesta . Atos simbólicos e manifestações de rua não valem nada se seu conteúdo não estiver absolutamente de acordo com o que se passa na Venezuela. A primeira linha de ação de solidariedade refere-se estritamente ao domínio da comunicação e deve estar de acordo com o objetivo de fazer parar os reais efeitos da narrativa única do inimigo.

– Dados de problemas idênticos . Não é uma coincidência se este Verão, se vir uma escalada sem precedentes na Síria, for escolhido este momento para realizar o golpe final na Venezuela e se a Ucrânia estiver definitivamente fragmentada. Estes são os três principais movimentos que o labirinto do Império realizará na sua situação eleitoral inédita.

– Ideia preconcebida. As linhas ideológicas não apenas foram alteradas, mas são fracturadas até se tornarem um instrumento que atue contra governos populares e democracias radicais. Desconfie-se dos discursos académicos, como se se tratasse de Hillary Clinton.

[*] Diretor e Redator chefe de misionverdad.com/

A versão em francês encontra-se em www.legrandsoir.info/…. Tradução de DVC.

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

Foto: Reprodução/IELA

Fonte: IELA

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.