Grupo ‘Teatrando Por Aí’ estreia nova turnê no Sul do Brasil

Às vezes a gentileza se perde, some e vai parar em todos os lugares. A assertiva, que bem poderia virar soneto ou servir de epígrafe de livro, é interpretada pelo grupo Teatrando Por Aí como um ato humanitário e de afirmação política. E é para falar de Gentileza, essa velha senhora que anda esquecida por aí, que a trupe de Florianópolis estreia nova turnê em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

Escrito pela atriz e dramaturga Marina Monteiro, também autora de outras peças do grupo, ‘Onde foi parar a D. Gentileza?’ é o primeiro espetáculo da companhia voltado para o público pré-adolescente e adolescente, entre 10 e 15 anos. Com o início da turnê em 31 de outubro (agenda abaixo), dona Gentileza fará 82 apresentações gratuitas em escolas públicas de 17 cidades do território catarinense e gaúcho. Aprovada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, a turnê integra o projeto Caravana Teatral nas Escolas e tem o patrocínio das empresas Brookfield Energia, Mineração Jundu, Enercan e Foz Chapecó.

De acordo com Eder Schmidt, ator e coordenador geral do projeto, cada turnê é aguardada com alegria pelo grupo que já tem oito anos de estrada. “Foram mais de 550 apresentações em escolas públicas, cerca de 60 mil alunos contemplados e um sentimento de orgulho por esse projeto cultural”, afirma Schmidt. O projeto Caravana Teatral nas Escolas, completa o ator, “consiste em levar a arte teatral para os públicos infantil e juvenil das escolas públicas de ensino fundamental em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, contribuindo para a sua democratização e popularização”.

Sobre a turnê

Aprovada pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, a Lei Rouanet, o grupo Teatrando Por Aí dá início em 31 de outubro às apresentações nas cidades de Bom Jesus, São Francisco de Paula, Guaporé, Dois Lajeados, Cotiporã e Fagundes Varela, no Rio Grande do Sul. Nesta turnê, que conta com o patrocínio da Brookfield Energia, o grupo faz 26 apresentações gratuitas de 31 de outubro a 11 de novembro.

De volta a Santa Catarina, de 16 a 18 de novembro, com o patrocínio da Mineração Jundu, o grupo faz 10 apresentações no Balneário Barra do Sul.

Depois, com o patrocínio da Enercan, a trupe segue para as cidades de Campos Novos, Anita Garibaldi, Abdon Batista e Celso Ramos, onde, de 21 a 30 de novembro, fará 22 apresentações gratuitas nas escolas da rede pública e outras duas apresentações gratuitas abertas à comunidade, estas nos dias 26 e 27 de novembro.

Para encerrar a turnê da dona Gentileza, o grupo segue para o Oeste catarinense com o patrocínio da Foz do Chapecó. Entre os dias 1 a 9 de dezembro, as apresentações acontecem nas cidades de Chapecó, Palmitos, Paial, São Carlos, Águas de Chapecó e Caxambu do Sul, num total de 22 apresentações gratuitas.

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Sinopse

No texto de Marina Monteiro, Gentileza se escreve assim, com maiúscula. A autora, que transformou suas dúvidas e inquietações em outra peça de teatro, observa que falar de gentileza é mais amplo que falar das convenções da boa educação, dos ‘bom dias’ e dos ‘obrigadas’. “Falar de gentileza é uma atitude política, de vida, humanitária, de transformação de mim mesma, e do mundo. Por que não?”, questiona. Monteiro acrescenta que a Gentileza não tem uma só cara, nem uma só idade, nem uma só cor. “Ela é muitas, todas, é potente. Ela trabalha, estuda, não faz nada, viaja. E desde que acreditemos e lutemos por ela, a Gentileza sempre será encontrada durante a nossa jornada”.

Na obra, Malu é uma adolescente que costuma ter hábitos gentis e seguir as convenções da boa educação. Porém, ao ser tão destratada pelas pessoas nas ruas, Malu resolve não ser mais gentil enquanto não receber sua gentileza de volta. Nesta decisão, a menina dá início à máquina da “desgentileza” e desperta uma engrenagem de más ações entre as pessoas. Ao viver as desventuras da vida em coletivo a menina tenta desfazer a confusão por ela iniciada e se depara com um longo caminho pela frente. Será que Malu está preparada para viver uma jornada cheia de realidade e situações absurdas?

Ficha técnica

Texto: Marina Monteiro

Direção: Taís Trindade

Elenco: Eder Schmidt, Luciana Holanda, Marina Monteiro, Raquel Stüpp

Cenário: Marcos Oliveira

Figurino: Loli Menezes Trilha

Sonora: Fernando Bresolin

Arte Gráfica: Chouette (Fábio Dudas e Paula Albuquerque)

Produção: Grupo Teatrando Por Aí

Histórico do grupo

Teatrando Por Aí é formado por Eder Schmidt, Marina Monteiro e Raquel Stüpp, graduados no curso de Artes Cênicas da UDESC. Foi criado ainda dentro da universidade, em 2005, e as afinidades pessoais e estéticas percebidas entre os integrantes contribuíram para a continuidade e pesquisa do grupo após a graduação. Eis que percebendo a carência de espetáculos infantis de qualidade, mais especificamente em Floripa, que o grupo começou a se dedicar à pesquisa e ao desenvolvimento de projetos teatrais direcionados à infância. Em 2007, então, o grupo criou o espetáculo “Limpando, Cuidando e Perfumando a Natureza”, que por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e do patrocínio de empresas públicas e privadas, realizou gratuitamente centenas de apresentações em escolas públicas de SC e RS. Mais dois espetáculos compõem o repertório do grupo atualmente: “Tecnópolis – Sem Livro Pra Contar História”, estreado em 2014, tendo realizado a primeira turnê do grupo fora da região Sul, no estado de Minas Gerais e “Onde Foi parar a Dona Gentileza?”, estreado em 2015 e voltado ao público de 10 a 15 anos.

Ambos os espetáculos dão continuidade à iniciativa do grupo em promover o acesso democrático ao teatro, contribuindo para a formação de plateias. Investindo em textos de autoria própria o grupo segue sua pesquisa buscando o questionamento constante, a cada trabalho investigando linguagens que busquem novas possibilidades no teatro para infância e juventude.

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Mais informações e assessoria de imprensa: Manoela de Borba – [email protected] / 48 91401809.

 

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