Grupo de Lima: Países negam intervenção militar contra Venezuela

Chancelaria Colômbia
Representantes do Grupo de Lima se reuniram nesta segunda-feira em Caracas

Representantes diplomáticos do Grupo de Lima afirmaram nesta segunda-feira (25/02), durante reunião em Bogotá, negaram a possibilidade de uma intervenção militar ou qualquer tipo de uso da força na Venezuela. Entre os países que reforçaram esta posição, estão Peru, Colômbia, Chile e Brasil.

“É bom dizer com absoluta claridade, o uso da força em qualquer de suas formas é inaceitável. Não é uma solução para o que ocorre na Venezuela”, disse o vice-ministro de Relações Exteriores do Peru, Hugo de Zela. “No Grupo de Lima lutamos para que essa solução se dê de forma pacífica”.

“O uso da força não é uma solução para o que acontece na Venezuela. Viemos lutando para que se dê uma solução de forma pacífica. Não estamos apoiando o uso força. O Grupo de Lima vem apoiando uma solução pacífica”, afirmou Zela.

Por sua vez, o chanceler colombiano Carlos Trujillo, falou em “responsabilidade de dobrar o apoio e intensificar o respaldo”, descartando uma eventual intervenção militar na Venezuela.

O vice-presidente brasileiro Hamilton Mourão também disse que a posição de Brasilia é manter a linha de “não intervenção”, preferindo fazer o que chamou de “pressão diplomática e econômica internacional” contra a Venezuela.

O Grupo de Lima é formado por 14 países, incluindo Canadá e EUA, e tem o objetivo de pressionar por uma mudança de regime na Venezuela.

Guaidó: ‘todas as opções abertas’

Neste final de semana, após o fracasso da operação de “ajuda humanitária” na fronteira da Venezuela com Colômbia e Brasil, o autoproclamado presidente interino Juan Guaidó pediu à comunidade internacional que mantivesse abertas “todas as opções” para tentar tirar o presidente Nicolás Maduro do poder. Guaidó, reconhecido por quase todos os países do Grupo – com exceção do México – participou pela primeira vez do encontro.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, também discursou no evento e anunciou novas sanções contra funcionários venezuelanos. No entanto, ao contrário do defendido por membros do governo norte-americano, não citou a possibilidade de uma intervenção militar na Venezuela – medida que não contaria com amplo apoio dentro do Grupo.

Pence, no entanto, voltou a repetir as ameaças feitas pelo presidente Donald Trump de que militares que não desertarem e se aliarem a Guaidó “serão responsabilizados”.

Neste final de semana, caminhões contendo suposta “ajuda humanitária” tentaram entrar na Venezuela, sem sucesso. O governo de Maduro acusou Colômbia e EUA de tentarem criar “falsos positivos” na fronteira, a fim de culpar Caracas. Em discurso na capital venezuelana, o presidente anunciou que, por conta dos incidentes, rompeu relações diplomáticas e políticas com Bogotá.

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