Gestão Temer-Meirelles não convence, e FMI rebaixa previsões

Além disso, o organismo reduziu a projeção de alta do PIB em 2017, de 0,5% para 0,2%, o que coloca o país próximo a uma estagnação. Em relação a 2018, o FMI projeta um crescimento de 1,5%. O número consolidado do PIB de 2016 será anunciado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em março. A projeção do FMI contraria o discurso do governo de que o país já estaria registrando crescimento já no primeiro trimestre deste ano. Contra todos os indicadores, o próprio ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse, em entrevista ao Estadão, que “o pior da crise já passou” e “nossa avaliação é que o Brasil vai crescer no primeiro trimestre de 2017”.

As novas previsões do FMI vieram mais desanimadoras que o boletim Focus, o qual manteve em 0,5% a projeção para o desempenho da economia para este ano.  “No caso do Brasil, as razões (para a redução na projeção de crescimento) são que, em 2016, no terceiro e no quarto trimestre, o crescimento foi mais fraco”, justificou Oya Celasun, chefe da Divisão de Estudos Econômicos Mundiais do Fundo.

Para o FMI, os países da América Latina e Caribe devem “encolher” 0,7% em 2016 – uma piora de 0,1 ponto percentual em relação à última previsão. Em 2017, a previsão de alta de 1,6% foi reduzida para 1,2%. E a situação do Brasil tem tudo a ver com essa situação.

“Na América Latina, o declínio do crescimento reflete, em grande medida, as expectativas da recuperação de curto prazo na Argentina e no Brasil, depois de um crescimento mais fraco do que o esperado no segundo semestre de 2016 e à maior resistência à incerteza no México e à deterioração contínua na Venezuela”, disse o organismo financeiro em nota. O órgão prevê que o mundo vai crescer 3,1% neste ano, a mesma de outubro. Para 2017, a estimativa ficou igual: avanço de 3,4%. Para 2018, o FMI acredita que a economia deverá avançar mais do que nos anos anteriores: 3,6%.

Fonte: Portal Vermelho. 

 

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