Futuro presidente da Petrobras acha que preço da gasolina brasileira está na média global

"O preço [atual] com impostos e subsídios está na média global. Agora, vamos examinar o preço que a Petrobras cobra, como vai ser”, disse.

Foto: Agência Brasil

Indicado para presidir a Petrobras no governo de Jair Bolsonaro, o economista Roberto Castello Branco afirmou nesta quinta-feira (22) que o preço atual dos combustíveis no Brasil está na média praticada pelo mercado internacional. Ele desconversou, no entanto, se manterá a atual política de preços da estatal na próxima gestão.

“O preço [atual] com impostos e subsídios está na média global. Agora, vamos examinar o preço que a Petrobras cobra, como vai ser. Esse é um assunto que vou passar a estudar”, afirmou na saída do Centro Cultural Banco do Brasil, onde trabalha a equipe de transição do governo.

Desde 2016, a Petrobras segue uma política de variação do preço dos combustíveis que acompanha a valorização do dólar e a variação do custo do petróleo no mercado internacional. A falta de estabilidade dos preços dos combustíveis, com sucessivos aumentos, foi a principal queixa dos caminhoneiros que entraram em greve por quase duas semanas no fim de maio. A paralisação e os bloqueios de rodovias em 24 estados e no Distrito Federal causaram a indisponibilidade de alimentos e remédios nas principais cidades do país, escassez e alta de preços da gasolina, com longas filas para abastecimento. O movimento ainda resultou no pedido de demissão do então presidente da estatal, Pedro Parente.

“Quando você fixa um preço abaixo do mercado, você afasta a concorrência, mas a um custo muito alto. Foi entre 2011 e 2014 que não só a Petrobras perdeu muito dinheiro, como ajudou a afundar a indústria do etanol, ajudou a ter mais carro na rua, com problema de trânsito e poluição de meio ambiente, uma série de externalidades negativas. E quando se cobra um preço acima do mercado também é prejudicial para a economia. A competição é sempre saudável”, afirmou.

Castello Branco também foi diretor do Banco Central e ex-integrante do conselho de administração da Vale. Para assumir a Petrobras, ele ainda precisará passar por uma aprovação formal pelo colegiado de administração da companhia.

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