França: evacuação de campo de refugiados entra em etapa complexa

Paris, 26 out (Prensa Latina) Mais de quatro mil migrantes foram retirados do acampamento irregular de Calais, localizado no norte da França, enquanto as autoridades enfrentam a partir de hoje os momentos mais difíceis do desmantelamento do local, de acordo com os alertas.
Até agora, a transferência de imigrantes, iniciada na segunda-feira, transcorreu calmamente e segundo o previsto, pois se tratava de estrangeiros dispostos a abandonar Calais, que cooperaram a todo momento com o processo.

Na segunda-feira, transferiram 2.318 mil pessoas para centros de acolhimento habilitados pelo governo em centenas de municípios do país, enquanto nesta terça-feira a cifra foi menor e chegou a 1.636 mil.

De acordo com as organizações que trabalham no local, o problema se dá porque que cerca de 2 mil migrantes se recusam a sair de Calais, visto que persistem em seu propósito de chegar ao Reino Unido pelo eurotúnel que atravessa o canal da Mancha e chega ao território britânico.

‘Estamos preocupados pelo que acontecerá no final da semana quando chegar o momento de transferir os que não querem ir porque seu objetivo continua sendo chegar à Inglaterra’, explicou Christian Salomé, presidente de uma associação de ajuda a migrantes.

Até o momento, as autoridades não declararam como pensam convencer os que resistem a abandonar a aglomeração, onde até o fim de semana estiveram amontoados mais de 6 mil migrantes.

A prefeitura de Calais – contrária à operação – e algumas organizações asseguram que o governo terá que recorrer à força para poder tirá-los dali.

Nesta terça-feira começaram os trabalhos de desmontar as áreas esvaziadas do acampamento, com a ajuda de equipamento pesado para destruir os refúgios improvisados e recolher os resíduos.

As forças de segurança escoltaram a operação com a qual se pretende destruir definitivamente o campo irregular conhecido como a selva, devido às suas precárias condições.

Do total de 4.014 mil pessoas evacuadas, cerca de 3.200 mil são adultos que permanecerão em centros de acolhimento temporário, enquanto se processam suas solicitações de exílio.

A maior parte procede de países afetados pela guerra, como Sudão e Afeganistão, pelo qual têm direito a receber o status de asilado.

Por outro lado, aproximadamente 800 são menores que foram conduzidos a instalações especializadas, onde estarão enquanto se analisam os casos particulares, pois muitos deles têm famílias no Reino Unido e podem ser enviados a essa nação.

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