Foram 43 votos em nome de Deus

Levantamento do Tortura Nunca Mais

“Decisão da Câmara fortalece a lei fiscal e é um recado a todos os políticos”. Míriam Leitão, porta-voz da família Marinho

“Se o atraso no pagamento para bancos estatais, por questão de queda na arrecadação – que não afetou só o Brasil – é entendido como caso de pedalada fiscal, teríamos que afastar em torno de 16 governadores, inclusive alguns daqueles que estão defendendo o impeachment”. Francisco de Queiróz Bezerra Cavalcanti, diretor da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

“Que Deus tenha misericórdia desta Nação”. Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ao votar sem mencionar pedaladas fiscais

“Quanta honra o destino me reservou de poder sair da minha voz o grito de esperança de milhões de brasileiros”. Do voto 342, de Bruno Araújo (PSDB-PE), que também não mencionou as pedaladas 

Da Redação

O deputado Bruno Araújo, do PSDB, que deu o voto decisivo para a abertura de processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff, recebeu R$ 100 mil reais da Odebrecht para a campanha de 2010. Mas o pagamento não foi feito de forma direta: foram R$ 80 mil da Leyroz de Caxias e outros R$ 20 mil da Praiamar, as duas transferências no dia 28/09/2010.

As empresas, operadas pelo dono de uma distribuidora de bebidas, atuaram como fachadas da empreiteira.

Porém, na contabilidade paralela da Odebrecht apreendida na Operação Lava Jato, o valor atribuído a Bruno é de R$ 300 mil para a campanha de 2012, quando ele não se candidatou.

O deputado argumenta que o valor foi repassado por dentro a candidatos a prefeito do PSDB em Pernambuco.

Está claro, no entanto, que mesmo quando não foi candidato o tucano recebeu da Odebrecht. Os documentos da contabilidade paralela demonstram que a empreiteira distribuia dinheiro entre políticos para que eles pudessem favorecer aliados e montar grupos que influíssem além dos mandatos.

Um dos maiores beneficiários deste esquema foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Só em 2010, ele recebeu R$ 5 milhões da Odebrecht.

O curioso é que o dinheiro ficou majoritariamente com o PSC (R$ 3 milhões). Os dez deputados do partido apoiaram Cunha na batalha contra Dilma, com destaque para Jair Bolsonaro, que ao votar disse que o nome do presidente da Câmara entrava para a História.

Só em 2010, outros R$ 900 mil doados pela Odebrecht a Cunha foram repassados ao PR. Neste domingo, o ex-ministro do governo Dilma, Alfredo Nascimento (PR-AM), renunciou ao cargo de presidente da legenda, contrariou a bancada do partido e ficou ao lado de Cunha.

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Fonte: Viomundo.

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