Florianópolis terá albergue para moradores de rua

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Prefeitura e Instituto Vilson Groh acertaram nova parceria para acolhimento de população carente.

A Prefeitura de Florianópolis e o Instituto Vilson Groh acertaram nova parceria com vistas à criação de um albergue para moradores de rua. O abrigo permanente funcionará em imóvel a ser definido pela Prefeitura, que também vai co-financiar o funcionamento do espaço. Ao Instituto, caberá gerenciar o albergue.

O assunto foi tratado nesta terça-feira (30) numa reunião entre o prefeito Cesar Souza Júnior e representantes da própria população de rua, da Câmara de Vereadores, do Ministério Público estadual, do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) da Grande Florianópolis, da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Florianópolis e da Polícia Militar do Estado de Santa Catarina, além do Arcebispo de Florianópolis, Dom Wilson Tadeu Jönck, e do padre Vilson Groh. Por parte da Prefeitura, também participaram os secretários de Assistência Social, Alessandro Abreu, e da Saúde, Daniel Moutinho, entre outros.

Cesar Júnior chamou a todos para fazer-lhes uma “provocação”. “Houve um despertar da sociedade de compreensão da situação do morador de rua e de vontade de ajudar. É o momento da virada. É a chance de aproveitar para avançar”, comentou o prefeito, tendo em vista a repercussão da força-tarefa que deslocou moradores de rua para um abrigo provisório no sentido de evitar que fossem castigados pelo frio extremo da semana passada. “O sucesso do que ocorreu se deu porque todos se uniram. A Prefeitura foi apenas um facilitador”, completou Alessandro Abreu.

Ele também chamou atenção para o “vínculo bastante interessante” que o movimento em torno da ação preventiva estabeleceu junto à população de rua. Segundo ele, dos 145 cadastrados no abrigo provisório que funcionou na Passarela Nego Quirido, 75 já eram usuários de serviços da Prefeitura, e utilizavam a estrutura do Centro POP, por exemplo, para tomar banho. Mas os outros 70 nunca haviam sido atendidos e tinham, inclusive, receio do poder público. “A ação serviu para acabar com isso”, comemorou o secretário da Assistência Social.

“Os moradores de rua provaram que querem a casa, e que depois seja dada continuidade (a outras ações)”, atestou o ex-morador de rua Waldemar Veber, que hoje reside num abrigo já gerenciado pelo Instituto Vilson Groh com co-financiamento da Prefeitura. O prefeito, aliás, salientou que o trabalho realizado pela força-tarefa também desfez mitos de que morador de rua não quer ser acolhido ou não quer tratamento contra dependência química, de que a sociedade não está nem aí para morador de rua e de que nunca se consegue trabalhar em conjunto.

Situação

Atualmente, em Florianópolis, 90 ex-moradores de rua estão sendo atendidos por comunidades terapêuticas e outros 104 já estão em abrigos permanentes que funcionam 24 horas por dia. Estes ex-moradores de rua já estão inseridos no mercado de trabalho. “Ninguém quer caridade. Querem oportunidade”, avisa o secretário Alessandro Abreu.

Foto: Prefeitura Municipal de Florianópolis

Fonte: Prefeitura Municipal de Florianópolis

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