Florianópolis: Prefeito acaba com setor de reparos nas escolas para privilegiar empresas privadas

Medida de Gean é um passo para privatização dos serviços

Foto: Hossam Omar/Pexels

Se uma lâmpada da escola queima, é o trabalhador do Departamento de Pequenas Obras que realizará o reparo. Se um vaso entope ou uma fiação elétrica apresenta problemas, também. Ou era, ao menos.

Embora eles sejam responsáveis por reparos diversos nas mais de 100 unidades da rede municipal de educação, o prefeito Gean Loureiro (MDB) decretou a transferência de todos os trabalhadores, extinguindo o setor e repassando grande parte das tarefas dele para as mãos da iniciativa privada.

Logo que Gean assumiu a Prefeiura, a promessa era a de aumentar o número de trabalhadores e investir na estrutura do setor para que eles pudessem desempenhar os reparos com maior agilidade e eficiência.

Mas, na prática, no entanto, o que ele fez foi bem diferente:

Faltam materiais e insumos diversos para realizar os serviços mais básicos. Falta até mesmo combustível para abastecer os carros, e os veículos do setor já estão parados há um mês.

Além disso, trabalhadores foram limitados a resolver apenas os problemas para os quais eles eram chamados, e o número de atendimento começou cair mês a mês, abrindo espaço para empresas particulares realizarem o mesmíssimo serviço.

Agora, a cartada final da privatização: a remoção dos trabalhadores, decretada de uma hora para outra e sem debate com a população.

Pelo decreto, ao invés de atuarem em equipes, cada trabalhador será removido para uma unidade escolar específica e atenderá apenas aquela escola.

Ou seja: o trabalho que 10 pessoas desempenhavam por todo o município será reduzido a apenas algumas escolas – e de forma bastante limitada, já que cada pessoa desempenha uma função específica (encanador, pedreiro, eletricista, etc).

Ao extinguir o setor, Gean Loureiro abre novamente a porta dos cofres da Prefeitura para que as mesmas empresas, já conhecidas pela população, possam lucrar ainda mais em cima do dinheiro público.

O Sintrasem é contra o fim do setor e a remoção dos trabalhadores, aproveitando mal as suas capacidades e deixando-os ociosos, enquanto a prefeitura gasta dinheiro com empresas privadas para fazer o serviço!

 

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