Festival Feminino promove a edição paralela “Encontros”, com shows gratuitos e debates

Foto: Montagem/Divulgação

O Festival Feminino promove, nos dias 12 e 13 de abril 03 e 04 de maio, o Feminino “Encontros“, edição paralela ao festival com quatro apresentações de artistas: as cantoras Fabiana Cozza, Linn da Quebrada, Tiê e o grupo Orquídeas do Brasil. A programação é gratuita e também oferece debates.

Os Encontros acontecem em abril no CCNJ – Centro de Culturas Negras do Jabaquara – Mãe Sylvia de Oxalá e em maio no Centro Cultural Olido, no centro da cidade. Em cada data um show, que será precedido por uma roda de conversa com convidad@s, ambos alinhados na narrativa abordada, intensificando a reflexão proposta em cada evento. Os temas das rodas de conversa são: Combate ao Racismo – Uma luta coletiva, Universo Trans – luta por identidade e reconhecimento, Representação feminina nos campos da criação e realização artísticas e Mulheres à frente de grandes ideias e negócios.

Todos os shows e rodas de conversa terão intérprete de libras.

O Festival Feminino pretende com o Encontros estender ainda mais o diálogo sobre a mulher e as questões envolvidas em seu universo nos dias de hoje, além da igualdade de gênero e respeito à diversidade. Questões que na sociedade brasileira ainda precisam estar em pauta.

Vivemos um momento de tensão, carregado de inseguranças, medos e com uma expressiva deficiência no respeito às diferenças e escolhas individuais. O Feminino busca suscitar um espaço de consciência amorosa e pacífica, de igualdade e união“, compartilha Débora Ribeiro de Lima, idealizadora do projeto ao lado de Dani Godoy, do Ninas. “Nosso desejo é que o público ali presente crie este espaço dentro de si e consequentemente na sociedade que vive“, complementa Dani.

A primeira edição do Festival Feminino aconteceu em 2018 e circulou por quatro capitais brasileiras com ingressos esgotados: no Rio de Janeiro, Brasília, São Paulo e Belo Horizonte, com shows de Elza Soares, Pitty, As Bahias, Maria Gadú, Filipe Catto, Xênia França, Tulipa Ruiz, Anelis Assumpção, Tiê, Badi Assad, Fernanda Abreu e Iza.

A segunda edição do Feminino tem previsão para acontecer em outubro deste ano.

O projeto Encontros é realizado através do Edital de Apoio à Criação Artística – Linguagem Música – Secretaria Municipal de Cultura.

SERVIÇO

Festival Feminino, edição “Encontros”

ABRIL

Data: 12/04/2019  (sexta-feira)

Show: Fabiana Cozza – Canto da noite na boca do vento
Horário: 19h  

Roda de Conversa: Combate ao Racismo – Uma luta coletiva
Horário: 17h  

Data: 13/04/2019  (sábado)

Show: Linn da Quebrada – Trava Língua
Horário: 19h  

Roda de Conversa: Universo Trans – luta por identidade e reconhecimento

Horário: 17h  

Local: CCNJ – Centro de Culturas Negras do Jabaquara – Mãe Sylvia de Oxalá

Endereço: R. Arsênio Tavolieri, 45 | Jabaquara, São Paulo

Telefone:  (11) 5011-2421

Duração: 70 minutos

Capacidade: 260 lugares

Classificação: livre

Intérprete de LIBRAS nos shows e rodas de conversa

ENTRADA GRATUITA

Retirada de ingressos: para os shows na bilheteria, 1 hora antes da apresentação (as rodas são abertas ao público)

MAIO

Data: 03/05/2019  (sexta-feira)

Show: Orquídeas do Brasil
Horário: 20h  

Roda de Conversa: Representação feminina nos campos da criação e realização artísticas

Horário: 17h  

Data: 04/05/2019  (sábado)

Show: Tiê
Horário: 19h  

Roda de Conversa: Mulheres à frente de grandes ideias e negócios

Horário: 17h  

Local: Sala Olido (no Centro Cultural Olido)

Endereço: Av. São João, 473 – Centro/São Paulo

Duração: 70 minutos

Capacidade: 293 lugares

Classificação: livre

Intérprete de LIBRAS nos shows e rodas de conversa

ENTRADA GRATUITA

Retirada de ingressos: para os shows na bilheteria, 1 hora antes da apresentação (as rodas são abertas ao público)

PROGRAMAÇÃO DETALHADA – SINOPSES

Rodas de Conversa:

Tema: Combate ao Racismo – Uma luta coletiva

Entender que o racismo é um crime coletivo é um grande passo para colocar fim a essa relação de opressão, muitas vezes velada, existente em nossa sociedade. O racismo está muito presente nos pequenos detalhes e cabe à todas e todos, que defendem a luta antirracista, sair do modo cômodo e se colocar em todas as situações que devem ser questionadas. Pois na luta antirracista temos a missão de eliminar todos os rastros do passado que resistem até hoje no espectro social.

PARTICIPANTES: Rosane Borges (jornalista e professora da Universidade de São Paulo), Juliana Correia (educadora e pesquisadora do Sítio da Ressaca), Erika Hilton (co-deputada pela Bancada Ativista) e Nerie Bento (assessora de imprensa).

Tema: Universo Trans – luta por identidade e reconhecimento

A pauta da transexualidade vem ganhando cada vez mais espaço, mas o tema ainda está longe de estar em terreno justo e seguro. A população trans (termo usado em sentido amplo) ainda é vista e retratada de maneira exótica e sensacionalista na mídia, além de marginalizada na sociedade. As convenções sociais sobre o masculino e feminino se mantém enrijecidas, limitando e censurando o universo queer.

PARTICIPANTES: Paola Valentina Xavier (produtora cultural no Museu da Diversidade Sexual), Laura Prevato (articuladora e ativista pelo Direitos Humanos de trans e travestis), Janaína Lima (ativista do movimento de travestis) e Renata Carvalho (atriz, diretora e dramaturga).

Tema: Representação feminina nos campos da criação e realização artísticas

Vivenciamos há pouco tempo a migração da mulher do campo do objeto para o campo do sujeito. A mulher passou a representar-se e representar a partir do seu olhar e de suas vivências.

A representatividade da mulher em corpo, ideia, sentimento e diversidade em todos os campos artísticos (e fora dele, por certo) muda o rumo da História. Com os mais complexos desafios enfrentados, comunicar o feminino e o feminismo através da música, das artes plásticas, da literatura, do teatro, do cinema, e ocupar um lugar que lhes foi tirado.

PARTICIPANTES: Pri Barbosa (artista visual e designer), Claudia Nwabasili (diretora e coreógrafa da Cia. Pé no MunDo) e Maria Beraldo (instrumentista, cantora e compositora).

Tema: Mulheres à frente de grandes ideias e negócios
Mulheres que viabilizam e tornam reais ideais e projetos empoderadores, tornam-se referência de realização para presentes e futuras gerações. Sim, as mulheres podem. Sim, as mulheres têm grandes ideias e colocam em prática, aumentando a representatividade, derrubando barreiras e fortalecendo as minorias.

PARTICIPANTES: Marina Ruzzi (fundadora do Braga & Ruzzi, primeiro escritório de advocacia para mulheres), Gabriela Mazepa (fundadora da Reroupa) e Karina Barretto(sócia do Futuro Refeitório).

Shows:

Fabiana Cozza – Show Canto da noite na boca do vento

A cantora paulistana, acompanhada do violonista Cainã Cavalcante, apresenta o show do CD “Canto da noite na boca do vento”, dedicado à Dona Ivone Lara. O CD foi gravado e produzido pela gravadora Biscoito Fino e contou com as participações especiais da cantora Maria Bethânia, o cantor Péricles e o arranjador e saxofonista Nailor Proveta.

No repertório, a intérprete deu voz à obra de Ivone e parceiros como Délcio Carvalho, Nei Lopes, Arlindo Cruz, Paulo César Pinheiro, Hermínio Bello de Carvalho, Mano Décio da Viola, Fuleiro, Tio Hélio, Silas de Oliveira e Bacalhau. A única canção inédita do trabalho intitulada “A dama dourada” foi um pedido de Fabiana ao jovem compositor Vidal Assis que dividiu a parceria (letra) com Hermínio Bello de Carvalho.

Linn da Quebrada – Show Trava Língua

Trava Línguas é um processo experimental conduzido por Linn, baseado num jogo de palavras no qual cada apresentação gera algo novo e diferente da anterior. Nos shows, acompanham a artista sua Gig da Quebrada

Se já havia feito barulho com o primeiro hit lançado, “Enviadescer” (2016), Linn da Quebrada estourou com tudo em 2017, na estreia de Pajubá, seu primeiro disco, produzido a partir de um financiamento coletivo com mais de 120% da meta total alcançada. De lá pra cá rodou o Brasil com o show do álbum e realizou cinco turnês no exterior, paralelas à divulgação de “Bixa Travesty”, premiado documentário de Kiko Goifman e Claudia Priscila, protagonizado e co-roteirizado pela própria Linn.

Orquídeas do Brasil

Itamar Assumpção apreciava tanto plantas e flores que, no início dos anos 90, batizou sua banda feminina de “Orquídeas do Brasil”, formada por Tata Fernandes (voz e violão); Miriam Maria (voz); Nina Blauth (percussão e voz); Lelena Anhaia(baixo); Clara Bastos (baixo elétrico e acústico); Adriana Sanchez (teclado, sanfona e voz); Simone Soul (bateria e sampler); Geórgia Branco (guitarra) e Simone Julian (flauta, sax, clarone e voz).

Com as Orquídeas Itamar gravou, em 1993, a trilogia “Bicho de 7 Cabeças”, discos vencedores do 7ª Prêmio Sharp de Música, na categoria “melhor disco pop-rock”. O registro dessas músicas e a série de shows que seguiram marcaram uma mudança na carreira de Itamar, na maneira de compor e de apresentar suas canções. Em 2010, fizeram o lançamento do songbook  “Pretobrás, por que que eu não pensei nisso antes?”. Atualmente o grupo tem o intuito de manter viva essa obra tão grandiosa e poética.

Tiê

A cantora e compositora sobe ao palco acompanhada pelo músico André Whoong para apresentar em formato intimista todas as músicas que marcaram sua carreira, dos álbuns “GAYA” (Warner Music), Esmeraldas (2014), A Coruja e o Coração (2011) e Sweet Jardim (2009).

A cantora recentemente lançou o single “Deixa Queimar”, música que faz parte da trilha sonora da 2ª temporada da série “Carcereiros”, e está em estúdio preparando um novo trabalho audiovisual.

Tiê apresentará este repertório, interagindo com seu público e compartilhando histórias autobiográficas de suas canções.

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