Festival das Marias no Brasil traz protagonistas femininas da música, circo, teatro, cinema e artes visuais

A primeira edição no Brasil do Festival das Marias – Festival Internacional das Artes no Feminino acontece entre os dias 5 e 25 de novembro no formato online, partir da cidade de São Paulo, estado de São Paulo, Brasil, com todas as atividades gratuitas. O evento se apresenta como palco do feminino, trazendo discussões de temas pertinentes ao fazer artístico da mulher e colocando criações femininas sob os holofotes.

Tendo como protagonistas mulheres brasileiras, a programação é formada por espetáculos e intervenções que passam pela música, circo, teatro, literatura, artes visuais, diálogos e oficinas, e busca incentivar e difundir o fazer nas artes pelo feminino, provocando reflexões sobre o impacto das desigualdades na vida das mulheres.

O festival tem abertura programada para 5/11, estendendo-se numa crescente mostra online (à excessão do cinema) de criações femininas que se encerra em 25/11, Dia Internacional de Combate à Violência Contra a Mulher, com uma programação intensa ao longo do dia e os anúncios para 2021.

Representada por cantoras personalíssimas de estilos distintos, a música se apresenta pela força e pelo canto de Bruna Caram (13/11, às 21h30), Ana Sevá (15/11, às 19h), Woman Summer Quartet (18/11, às 21h30), Consuelo de Paula (20/11, às 21h30), Bebé Salvego (22/11, às 19h) e Fabiana Cozza (25/11, às 21h30).

A arte cênica está representada por solos de Suia Legaspe (14/11, às 21h30), Annete Neiman (21/11, às 21h30) e pelo infantil VerDe Perto – o Musical Ecológico com Renata Pizi (22/11, às 17h). Em Literatura, a programação traz uma bela homenagem de Marina de La Riva aos 100 anos de Clarice Lispector, com leitura de trechos da prosa poética da autora (13 a 25/11, sempre às 18h). Apresentações da Troupe Guezá (19/11, às 21h30), de Painé Santamaria (14, 17, 19, 22 e 25/11, às 18h) e de Bárbara Francesquine (15, 18, 21 e 24/11, às 18h) mostram a mulher na arte circense.

O cinema vem representado pelos longas-metragens Deus é Mulher e Seu Nome é Petúnia (Dir. Teona Strugar Mitevska) e Papicha (Dir. Mounia Meddour), em sessões no Cine Petra Belas Artes (25/11), única atividade presencial do Festival das Marias. Exposições fotográficas online também integram o festival: uma mostra sobre mulheres e o seu cotidiano, a Duas Cidades, de Dani Sandrini (5/11, às 17h) e Palomas e Hijras e Tiffanys , ambas de Dan Agostini (7/11 11h e 14 /11, às 11h).

O festival traz ainda Oficinas de Iluminação, Fotografia, Som, Canto, Cerâmica e Costura (de 12 a 24/11, às 16h), além da ação EntreMarias | Diálogos Musicais, em que as lives Música & Mel abordam temas como liderança feminina, curadoria e produção cultural, e serão conduzidas pelas diretoras da Casa de Abelha Cultural, Amanda Rondina e Júlia Andreatta. As convidadas são: Michelle Serra (Iyabá Agência / SP), Luiza Morandini (Jazz Nos Fundos e Jazz B / SP), Luiza Mitteldorf (Amplify Music Media / Berlin) e Nefertith Andrade (Cine Teatro São Luiz / Fortaleza), respectivamente nos dias 10, 17 e 4/11 e 01/12 (terças, às 17h).

O Festival das Marias, nascido em Portugal, em 2019, é um evento de cruzamento multidisciplinar de carácter internacional que se centra na perspectiva da arte no feminino em várias áreas da criação artística. Surge como resposta à perpetuação da desigualdade e discriminação de gênero, das oportunidades desiguais e consequente disparidade de visibilidade de trabalho, particularmente entre homens e mulheres, com especial enfoque no setor laboral artístico. A temática do feminino e da criação no feminino apresenta-se como um elemento distintivo na realização e programação do Festival, cujo propósito é reafirmar as relações entre países ibéricos e irmãos, buscando espaços para discussões comuns a todos os povos.

FICHA TÉCNICA / BRASIL – Direção: Adriana Belic. Consultoria: Bianchi Associados. Gastronomia: DQF Gastronomia e Armazém Café Doceria. Curadoria de cinema: Pandora Filmes e Cine Petra Belas Artes. Curadoria Entre Marias | Diálogos Musicais: Casa da Abelha Cultural. Apoio institucional: Metrô SP. Apoio cultural: Casa de Cultura do Parque. Apoio: Câmara Municipal de Beja, Cidade de São Paulo, Governo de Portugal – DGArtes. Média partners / Assessoria de imprensa: Verbena Comunicação e Platea Comunicação e Artes. Realização: CADAC – Companhia Alentejana de Dança Contemporânea, Lendias d’Encantar e Belic Arte.Cultura.

 

 

 

Programação

 

 

 

Festival das Marias – Festival Internacional das Artes no Feminino

 

De 5 a 25 de novembro de 2020, a partir de São Paulo, Brasil

 

Canais de Transmissão:

 

https://www.facebook.com/marias.festival

 

https://www.instagram.com/marias.festival/

 

YouTube.com / Festival das Marias: https://cutt.ly/DgEqpbP

 

Cinema/presencial: Cine Petra Belas Artes (Rua da Consolação, 2423 – SP/SP).

 

Diálogos e oficinas: Verificar canal de transmissão ao vivo na programação.

 

Grátis.

 

 

 

ARTES VISUAIS

 

 

 

· 5/11 (às 17h) – Abertura exposição – Dani Sandrini

 

Título: Duas Cidades

 

Fotografias. Livre. Livre. Até 25/11. Visitação: YouTube.com / Festival das Marias.

 

 

 

Duas cidades, por Dani Sandrini – “Duas cidades” é um projeto fotográfico que evoca a questão do encontro e do movimento – mentais ou geográficos de uma mulher. Fotografado com filme granulado preto e branco, traz imagens orgânicas que se conectam com a proposta emocional de mergulho na memória feminina. As luzes estouradas abrem caminhos para o externo, para onde a memória caminha. O claro-escuro traz o antagonismo do dilema mnemônico: o real que existiu no passado, já filtrado por quem o vivenciou, é ainda mais contaminado pelo tempo e pelo ambiente, gerando uma memória reconstruída. As linhas e formas repetitivas sugerem uma tentativa de ordenamento e controle, embora as imagens mentais geralmente sejam influenciadas por um tanto de acaso e ineditismo. Numa estação é fácil encontrar-se com o tempo: a angústia da espera no desembarque, a alegria do encontro ou a estranheza do reencontro. Num outro momento, pode-se avistar uma pessoa que se vai e um coração que permanece. Olhos marejados mirando o infinito quase que enxergam a distância que irá nascer pelo tempo-espaço não mais compartilhado. Este projeto foi exibido em março de 2014 no ”Festival da Imagem” em Amã, Jordânia, devido ao primeiro prêmio conquistado na mostra internacional do “The International Lens Award, Image Festival” em fevereiro de 2014

 

 

 

Dani Sandrini (1975) vive e trabalha em São Paulo. É formada em Comunicação pela Escola de Comunicações e Artes da USP. É fotógrafa desde 1998, além de educadora, artista visual e acompanhante terapêutica. Seu currículo apresenta de retratos a ações culturais e institucionais, passando também por projetos sociais e educativos que utilizam a fotografia como ferramenta, atuando em organizações não governamentais como Imagemágica e Novolhar, com crianças e adolescentes. Seu trabalho se deu entre Brasil e Jordânia durante alguns anos, regressando a São Paulo em 2012. Em 2014, ganhou o primeiro prêmio no The International Lens Award, Festival de Imagens de Amã, pelo projeto Two Cities, que lhe rendeu convite a desenvolver um projeto na mesma cidade, resultando no trabalho Fragments of a return, exposto em Amã quanto, São Paulo e Piracicaba. Em sua pesquisa autoral, estuda a impermanência, a transformação da memória e o entrelaçamento de materiais e suportes com a imagem fotográfica e passagem do tempo.

 

 

 

· 7/11 (às 11h) – Abertura/exposição – Dan Agostini

 

Título: Hijras e Tiffanys

 

Fotografias. Livre. Até 25/11. YouTube.com / Festival das Marias.

 

 

 

Hijras e Tiffanys, por Dan Agostini – Durante o ano de 2019, fotografei mulheres transexuais na Índia e no Nepal. Embora os dois países sejam vizinhos e apresentem culturas e religiões similares, a forma que esses indivíduos se reconhecem e a maneira que os dois países percebem as questões de gênero e sexualidade são distintas. Há milhares de anos mulheres transexuais são reconhecidas como semideusas devido à presença de um terceiro sexo entre as crenças hindus na Índia, porém somente em 2018 o país considerou a descriminalização da diversidade sexual e de gênero. As Hijras, como são chamadas, integram uma comunidade que constantemente é discriminada e tem suas vidas intercaladas entre prostituição e manifestações religiosas. Rupaa é uma mulher trans, que nasceu na Índia, e faz parte de uma comunidade de Hijras na cidade de Varanasi. Para ela a sua identidade de gênero está relacionada a decisões divinas, Rupaa vive de doações e prostituição. Atravessando a fronteira da Índia, o Nepal foi o primeiro país do Sul da Ásia a legalizar os direitos das minorias sexuais, em 2007. Há cinco anos, o primeiro bar LGBTQ+ foi aberto em Kathmandu por Meghna, primeira mulher transexual a conseguir ter seu próprio empreendimento. Hoje, Tiffany Pink Bar é um espaço de liberdade, diversão, força e esperança para a comunidade LGBTQ+ nepalesa. A proposta do trabalho é analisar como o meio social de diferentes lugares e culturas pode interferir nas possibilidades e na compreensão dos indivíduos inseridos nesses contextos.

 

 

 

· 14/11 (às 11h) – Abertura exposição – Dan Agostini

 

Título: Palomas / Retratos

 

Fotografias. Livre. Livre. Até 25/11. YouTube.com / Festival das Marias.

 

 

 

Palomas, por Dan Agostini – Paloma vive em uma casa de acolhimento em São Paulo, chamada Casa Florescer, junto de outras 29 mulheres transexuais. Durante a pandemia, documentei a vida de 15 mulheres residentes da casa para entender como o momento atual vem impactando suas vidas e potencializando o estado de vulnerabilidade dessas mulheres. No contexto atual, a dificuldade para ingressar no mercado de trabalho formal foi potencializada, dificuldade que muitas já encontravam antes mesmo de viver a pandemia. Para conseguir manter as necessidades básicas como higiene e vestimenta, muitas mulheres, presentes nesse trabalho, encontram na prostituição a solução de renda. O acesso à saúde pública (necessidade comum entre elas, como tratamento de feminização e de doenças sexuais) e a violência também têm consequências impactantes no momento atual, sem posicionamento adequado de muitos profissionais em relação às pessoas transgêneras. Apesar do distanciamento social estipulado como meio de segurança à covid19 também, muitas meninas vão às ruas trabalhar, e a casa onde vivem não possui estrutura adequada ao isolamento, dividem poucos banheiros e um único dormitório. As imagens desse projeto apresentam os rostos e corpos que carregam essas histórias, registros do cotidiano que ilustram suas realidades. Paloma é o nome de uma das 15 mulheres que contaram suas histórias de violência, prostituição, desamparo, cárcere, sonhos e coragem. Depoimentos com detalhes em comum, contados individualmente a partir das memórias de cada mulher. (Projeto viabilizado pelo apoio da National Geographic Society).

 

 

 

Dan Agostini – É graduada em fotografia com especialização em fotografia como arte contemporânea pelo Senac/SP. Atualmente, desenvolve projetos documentais e leciona nas áreas de fotojornalismo e projetos no Senac. Em seu trabalho utiliza a fotografia como ferramenta de expressão e reflexão a fim de construir narrativas relacionadas às questões de gênero em países da Ásia, Oriente Médio e Brasil. Dan recebeu o prêmio Nuestra Mirada, PoyLatam, em 2017. Em 2018, foi selecionada nas exposições coletivas Cofluir, no Festival de Fotografia de Belo Horizonte, e YVY / Mulheres da Imagem, no Festival de Fotografia de Tiradentes. Em 2019, foi selecionada para o Workshop Women Photograph, em Quito, participou da mostra coletiva do Festival de Fotografia de Tiradentes e exibiu o documentário Funk de Mina, produzido pelo Coletivo Doroteia, no Sesc Pompéia. Em 2020, foi selecionada pelo fundo de emergência para jornalistas, da National Geographic.

 

 

 

MÚSICA | SHOWS

 

 

 

· 13/11 (às 21h30) – Bruna Caram

 

Duração: 50 min. Livre

 

 

 

Em formato piano e voz, Bruna Caram toca e canta canções autorais do seu recente álbum, Alívio – Ao Vivo, em meio a hits da carreira de maneira intimista e intensa, trazendo temas como cura e autoconhecimento. Bruna é cantora e compositora parceira de nomes como Zeca Baleiro, Roberta Sá e Chico César. Sua carreira começou, em 2006, com o álbum Essa Menina, com hits de sucesso no Brasil e Japão. “Alívio ao vivo” é seu sexto álbum e primeiro registro audiovisual. Tem dois livros lançados: “pequena poesia passional”, de 2015, e “pequena poesia presente” de 2020. Estreou como atriz na tv na minissérie “Dois Irmãos”, da rede Globo, em 2017. Toca piano, acordeom e cavaquinho, e é professora e sócia-fundadora da Cor e Voz, empresa de educação vocal que atende nomes como Emicida, Rashid, Liniker, Marina Lima, Marcelo Jeneci e outros.

 

 

 

· 15/11 (às 19h) – Ana Sevá

 

Duração: 50 min. Livre.

 

 

 

Instrumentista e cantora, nascida em 2004, Ana Sevá teve o primeiro contato com a música ainda muito pequena, cantando desde os quatro anos em eventos de família e amigos. A jovem cantora, de apenas 15 anos, nascida em Campinas (SP), revela-se uma voz preparada e madura com suas canções autorais e interpretações personalíssimas, além de ser instrumentista. Ana toca piano e ukulele. O show que apresenta no Festival das Marias traz suas referências, que se revelam nas canções “I Have Nothing”, de Whitney Houston, e “God is a Woman”, de Ariana Grande, além de músicas de outros artistas internacionais e obras da MPB/bossa nova, mostrando seu ecletismo entre os estilos, acompanhada por um pianista e um violonista. O programa da apresentação inclui anda a interpretação de “13”, sua mais recente composição.

 

 

 

· 18/11 (às 21h30) – Woman Summer Quartet

 

Duração: 50 min. Livre.

 

 

 

Summer Woman Quartet é um dos grupos da Summer Orchestra, formado por Marina Dias (violino), Sara Oliveira (violino), Carol Uchôa (viola) e Camila Hassel (violoncelo). Foi criado, em 2019, para realização de desfile de uma marca famosa. O quarteto busca disseminar a arte a partir da perspectiva feminina, potencializando, por meio da música, movimentos equânimes em uma vivência humana galgada pela força do feminino. No repertório, arranjos para quarteto de cordas do repertório de artistas como Marisa Monte, Colbie Caillat, Roberta Campos, Anavitória, Yael Naim, Ana Vilela e Sandy.

 

 

 

· 20/11 (às 21h30) – Consuelo de Paula

 

Duração: 50 min. Livre

 

 

 

Consuelo de Paula traz o show Maryákoré. Este é o sétimo disco da carreira da cantora e compositora mineira, uma obra provocadora naquilo que tem de mais feminina, mais negra, mais indígena e mais reveladora de nós mesmos. Para este Festival Internacional das Artes no Feminino, Consuelo preparou um solo especial. O roteiro da traz algumas surpresas. “Farei um canto do Povo Kiriri e cantarei uma música inédita de João Bá e João Arruda”, revela a artista, que também vai interpretar canções essenciais de seus CDs anteriores. “São composições que conversam com Maryákoré”, conta a artista. O título do CD pode ser entendido como uma nova assinatura de Consuelo de Paula: maryá (Maria é o primeiro nome de Consuelo), koré (flecha na língua paresi-haliti, família Aruak), oré (nós em tupi-guarani), yakoré (nome próprio africano). Além de assinar letras e músicas – tendo apenas duas parcerias, uma com Déa Trancoso e outra com Rafael Altério -, Consuelo é responsável pela direção, pelos arranjos, por todos os violões e por algumas percussões de Maryákoré (caixa do divino, cincerro, unhas de lhama, entre outros). A harmonia entre Consuelo e sua música, sua poesia, sua expressão e a estética apresentada é nítida neste disco. Ao interpretar letras carregadas de imagens e sensações, ao dedilhar os ritmos que passam por Minas Gerais e pelos sons dos diversos “brasis”, notamos a artista imersa em sua história: ela traz a vida e a arte integrada às canções.

 

 

 

· 22/11 (19h) – Bebé Salvego

 

Duração: 50 min. Livre

 

 

 

Paulista de Piracicaba, Bebé Salvego apresenta com muita ginga e elegância o show Mulheres Extraordinárias, formado por um repertório diversificado com importantes compositoras da música nacional e internacional, junto a clássicos do jazz de nomes como Nina Simone e Eryka Badu. O roteiro traz também canções contemporâneas de cantoras do atual do cenário autoral, entre elas Tassia Reis, Tulipa Ruiz, Xênia França e Elza Soares, com arranjos que se apropriam da linguagem jazzística. Bebé também apresenta uma canção própria que estará em seu primeiro disco a ser lançado.

 

 

 

· 25/11 (21h30) – Fabiana Cozza

 

Duração: 50 min. Livre

 

 

 

Fabiana Cozza traz o show ELAS, fruto da dedicação da artista registrada no seu sétimo álbum, Canto da Noite na Boca do Vento. A obra da grande dama do samba brasileiro, Dona Ivone Lara e, em seu recente trabalho, lançado em setembro de 2020, Fabiana convidou compositoras e musicistas para darem o tom de “Dos Santos”. Inspirada nas canções destes dois álbuns, a intérprete preparou o show inédito “ELAS” para participar da primeira edição brasileira do Festival das Marias que enaltece a mulher e chama atenção para o Dia Internacional de Combate à Violência contra a Mulher, celebrado em 25 de novembro. Entre os temas Cozza apresenta números inéditos de sua autoria em parceria com Cristiano Cunha, além de “Manhã de Obá”, feito com a cantora e compositora mineira Ceumar para o álbum “Dos Santos”.

 

 

 

TEATRO AULTO

 

 

 

· 14/11 (às 21h30) – Espetáculo: O Nome das Coisas

 

Com Suia Legaspe. Duração: 60 min. Classificação: 14 anos.

 

 

 

Escrito e dirigido por Henrique Zanoni e protagonizado pela atriz Suia Legaspe, o solo O Nome das Coisas é inspirado em contos, poemas e reflexes da poeta portuguesa Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), a primeira mulher a receber o Prêmio Camões de Literatura. Seus questionamentos e angústias são colocados em cena, em uma inquietante e incansável pesquisa sobre a condição ontológica do humano. Atravessando o silêncio da madrugada, uma escritora dá vida a personagens e histórias que estão contidas no ar, enquanto relembra fatos marcantes de sua vida, como a amizade com os poetas brasileiros Murilo Mendes, Cecília Meirelles e, em especial, João Cabral de Melo. Também passa por sua participação política na resistência à ditadura de Salazar. No jogo que se cria com as projeções, o universo, a atmosfera, os ambientes e as possibilidades de leitura são multiplicadas em projeções-performances que mistura o ficcional e documental e, literalmente, multiplica as Sophia(s) que vemos e ouvimos.

 

Ficha técnica – Direção e dramaturgia: Henrique Zanoni. Intérprete: Suia Legaspe. Cenário e figurinos: Carlos Colabone. Iluminação: Aline Santini. Produção: Edinho Rodrigues. Preparação corporal e fotografia: Beto Amorim. Caracterização: Beto França. Realização: Cia dos Infames / Cia Dramática em Exercício / Brancalyone Produções.

 

 

 

· 21/11 (às 21h30) – Espetáculo: Apenas Um Saxofone

 

Com Annete Neiman. Duração: 50 min. Classificação: 14 anos.

 

 

 

O espetáculo Apenas Um Saxofone coloca no palco o conto de Lygia Fagundes Telles com interpretação de Anette Naiman. No texto de 1969, Luisiana é uma mulher de meia idade que, isolada em sua casa, envolvida pelo álcool e pela solidão, vai aos poucos revelando em flash back a sua verdadeira história de amor da juventude por um saxofonista.

 

Ficha técnica – Texto: Lygia Fagundes Telle. Interpretação: Foto: João Caldas Filho. Arte gráfica: Clayton Santos Guimarães. Produção: Teatro da Garagem Portugal e Teatro da Garagem Brasil.

 

 

 

TEATRO INFANTIL

 

 

 

· 22/11 (às 17h) – Espetáculo: VerDe Perto, o Musical Ecologico

 

Com Renata Pizi. Duração: 45 min. Livre.

 

 

 

VerDe Perto foi criado pela cantora e compositora Renata Pizi, vencedora do Prêmio Musique, em 2011, com um dos mais belos timbres da nova MPB. Com o Grupo 3 de Copas, que assina a produção e a direção, a peça traz canções que abordam temas como ecologia, reciclagem e a preservação do meio ambiente, com arranjos executados ao vivo passando por diversos ritmos como o baião, maracatu, pop e o rock ‘n’roll. VerDe Perto é um espetáculo cênico-musical infantil com uma linguagem simples e poética que se comunica diretamente com a natureza imaginária das crianças.

 

Ficha técnica- Idealização: Renata Pizi. Direção geral: André Auke. Composições: Renata Pizi e Sonekka. Poemas: André Auke. Figurino: Horlando Baptistino. Produção: Grupo 3 de Copas. Coreografia: Rico Malta e Grupo. Músicos: Renata Pizi, Everton Reis e Paulo Ribeiro. Elenco: Renata Machado e Renata Pizi. Foto: Fatima Cabral.

 

 

 

CIRCO

 

 

 

· 14, 17, 19, 22 e 25/11 (18h) – Painé Santamaria

 

Mini espetáculo: A Louca das Frutas. Duração: 15 min. Livre.

 

 

 

A argentina Painé Santamaria (malabarista, palhaça, musicista e cenógrafa) apresenta performance A Louca das Frutas. A artista desenvolve trabalhos e pesquisas sobre a arte circense, há 16 anos. Possui especialização em malabarismo contemporâneo e em espetáculos de rua. Já realizou apresentações em nove países entre América Latina e Europa, participando de diversos festivais, convenções circenses e projetos sociais.

 

 

 

· 15, 18, 21 e 24/11 (18h) – Bárbara Francesquine

 

Mini espetáculo circense: Bambolês. Duração: 15 min. Livre.

 

 

 

Artista autodidata na manipulação de bambolês, Bárbara Francesquine dedica-se também ao estudo da dança em busca de novas possibilidades para a criação e movimentação. Em seu trabalho procura quebrar a rigidez técnica ao explorar artifícios da dança, da interpretação e da plasticidade para atingir um melhor e mais lúdico diálogo com o público.

 

 

 

· 19/11 (21h30) – Troupe Guezá

 

Espetáculo: Elas por Ela. Duração: 45 min. Livre

 

 

 

Ela – em todos os lugares Ela – pronome pessoal, terceira pessoa do singular, indicação de gênero feminino. o que as motiva. Em todos os lugares – Porque lugar de mulher é onde ela quiser. Não apenas o gênero feminino do corpo físico, mas do corpo como um todo, composto de pensamentos, sentimentos, alma de gênero feminino e sua relação imposta pela sociedade. Com isso cada cena é uma parte exposta de corpos acrobáticos, potentes, resistentes e habilidosos, revelando seus universos particulares, vozes de representação, onde tensão e relaxamento se permeiam em níveis complexos e sutis de acrobacias.

 

Ficha técnica: Diretora de cenas técnicas e acrobata: Rubia Neiva. Acrobata: Joy Domingoz e Hermana Pacha. Produção: Linha 3 Produções. Produção geral: Gisele Tressi. Direção artística: Michael Nunes. Coreografia: Daniel Cabral.

 

 

 

LITERATURA

 

 

 

13, 16, 20, 23 e 25/11(18h) – Performance poética: 100 Anos de Clarice Lispector

 

Com Marina de la Riva. Duração: 15 min.

 

 

 

Marina de la Riva traz prosas e frases de diferentes livros de Clarice Lispector, selecionados especialmente para serem recitados nesta apresentação, no Festival das Marias, festejando os 100 anos da escritora. A relação de Marina com a escrita e os poemas vem de longa data, pois ela sempre acrescentou “pitadas poéticas” em seus shows, com declamações e citações, mas em 2018 ela realmente trouxe a poesia para dentro de seu espetáculo, de forma mais concreta. Além de misturar a musica com poesia, Marina criou uma instalação de cartas com poemas de autores selecionados, transcritos a mão por ela própria, para o público retirar um poema surpresa ao fim do show. No ano seguinte, lançou quinzenalmente nas plataformas digitais um repertório que mistura as poesias e as músicas. Em paralelo, coordenou o projeto #quintaspoeticas (rede de poesia online) e lançou vídeos no Youtube esteticamente sensíveis com poesias. Filha de pai cubano e mãe mineira, Marina de la Riva carrega em sua identidade fortes características da mistura da música e cultura latina, Cravou quatro discos solos, sendo um DVD ao vivo e realizou vários projetos em parceria. Seu primeiro álbum (2007) contou com participação de Davi Moraes e Chico Buarque.

 

 

 

CINEMA

 

 

 

Cine Petra Belas Artes

 

Curadoria: Cine Petra Belas Artes. Únicas atividades presenciais do Festival das Marias.

 

End: Rua da Consolação, 2423 – São Paulo/SP. HORÁRIO A SER DEFINIDO.

 

 

 

· 25/11– Filme: Deus é Mulher e seu Nome é Petúnia

 

Macedônia. 2019. 100 min. Drama. Direção: Teona Strugar Mitevska. Elenco: Zorica Nusheva, Labina Mitevska e Stefan Vujisic. https://www.dailymotion.com/video/x7pa7av.

 

Sinopse: O filme se passa na pequena vila de Stip, na Macedônia, quando Petúnia, uma mulher de 31 anos que está solteira e desempregada, mergulha num rio para pegar a cruz em uma competição religiosa, exclusivamente masculina. Petúnia se torna a vencedora, mas a população local não aceita, e isso faz com que ela passe por consequências absurdas e constrangedoras, mas Petúnia mantém o seu chão. Ela ganhou a cruz e não vai desistir. Longa inspirado em um evento tradicional verídico, que ocorre no dia 19 de janeiro (feriado do batismo de Cristo), e o homem que resgatar a cruz, lançada ao rio pelo padre, garante um ano de sorte e prosperidade. Premiada no Festival de Berlim, esta é a estreia da protagonista Zorica Nusheva no cinema.

 

 

 

25/11 – Filme: Papicha

 

Bélgica/França/Qatar/Argelia. 2019. 106 min. 16 anos. Direção: Mounia Meddour. Elenco: Lyna Khoudri, Shirine Boutella, Amira e Hilda Douaouda. https://youtu.be/FMVjyxsjGkM

 

Sinopse: Em 1997, a Argélia é controlada por grupos terroristas com intenções de transformar o país em um arcaico Estado Islâmico. Nedjma (Lyna Khoudri), uma estudante universitária apaixonada pelo mundo da moda, deseja lutar contra a opressão que o governo exerce sobre mulheres, tentando controlar os seus corpos e suas presenças em espaços públicos. Determinada em unir as mulheres de seu campus, ela organiza um desfile em protesto, que desafia as regras impostas pela sociedade argelina.

 

 

 

ENTRE MARIAS | DIÁLOGOS MUSICAIS

 

 

 

10 a 01/12. Terças, 17h – Música & Mel

 

Lives: Diálogos, ao vivo, com mulheres atuantes do mercado da música sobre liderança feminina, curadoria e produção. Curadoria/mediação: Casa de Abelha Cultural (Amanda Rondina/Júlia Andreatta). 60 min. Transmissão: Instagram – @casadeabelhacultural e pelo perfil das convidadas. As conversas serão disponibilizadas no canal do Festival das Marias no YouTube.

 

 

 

· 10/11 – Michelle Serra (São Paulo, Brasil)

 

Tema: Produção cultural

 

Michelle Serra, 35 anos, moradora da Casa Verde, na zona norte de São Paulo. Produtora cultural da Iyaba Agência e coletiva As Mina na Frente, feminista antirracista, militante e idealizadora do Projeto Enaltecendo as Pretas.

 

 

 

· 17/11 – Luiza Morandini (São Paulo, Brasil)

 

Tema: Curadoria e programação musical

 

Programadora da JazzNosFundos Produções, responsável pela curadoria e gestão de duas das mais importantes casas de jazz do Brasil, o JazzNosFundos/CCMI e o JazzB. Com quase 13 anos de atuação, respectivamente, as casas têm recebido grandes artistas como Anat Cohen, André Mehmari, Toninho Horta, além de novos nomes do jazz e da música instrumental brasileira. JazzNosFundos também assina a programação de festivais e séries de parceiros como o FAM Festival e o Pátio Jazz Sessions. Luiza é também curadora do Mercado Manual, evento realizado desde 2015 pela Rede Manual/Floristas.

 

 

 

· 24/11- Luiza Mitteldorf (Berlin/Alemanha)

 

Tema: Consultoria de Negócios Musicais e Internacionalização

 

Nos últimos oito anos, Luiza Mitteldorf (Amplify Music Media) vem trabalhando como estrategista de marketing digital e consultora de negócios musicais. Combinando o conhecimento adquirido com bacharelado em Music Business, aprendizado online e experiência na indústria da música, seu trabalho frequentemente inclui pesquisa de mercado, criação de conteúdo (redação, edição de fotos e vídeos), campanhas publicitárias digitais (PPC, Display, SEM) e análises relatórios.

 

· 01/12 – Nefertith Andrade (Ceará, Brasil)

Tema: Produção cultural

Atuante, desde 1998, na área de projetos de música, dança, teatro, circo, esporte e exposições. Coordena e faz produção de palco, ministra cursos de produção e realiza projetos de comunicação, promoção e marketing institucional de empresas e eventos. Experiente em gestão de processos de comunicação: planejamento de mídia, acompanhamento da criação e produção, atendimento a patrocinadores, montagem e desmontagem e elaboração de relatórios. Atualmente, coordenadora de negócios e eventos e produtora executiva do Cineteatro São Luiz.

Casa de Abelha – Agência cultural de Júlia Andreatta e Amanda Rondina com foco em planejamento estratégico, agenciamento artístico, booking e produção executiva. Desde 2014, desenvolve projetos entre artistas, empresas e o setor público. Atualmente, trabalha com Sepultura, Marina de la Riva, Marcos Almeida e Bruna Caram. Realiza projetos em editais, Sesc e Sesi. Produziu shows em festivais nacionais e internacionais como Rock in Rio, Sofar Sounds e South by South West (SXSW, EUA). A agência é parceria também da australiana Tropicallab que organiza turnês de artistas brasileiros na Oceania. No período de isolamento social, atua na produção executiva e curadoria do Festival Lá de Casa.

OFICINAS

Canais de Transmissão:

https://www.facebook.com/marias.festival

https://www.instagram.com/marias.festival/

YouTube.com / Festival Das Marias: https://cutt.ly/DgEqpbP

 

Instagram das artistas

12/11 (16h) – Oficina de Fotografia com Dani Sandrini

Transmissão: @dani.sandrini

13/11 (16h) – Oficina de Sonorização com Florência Saraiva

Transmissão: @cyberflo00

14/11 (16h) – Oficina de Cerâmica – com Monica Daher

Transmissão: @ceramicamdaher

19/11 (16h) – Oficina de Fotografia com Dan Agostini

Transmissão: @dn_agostini

20/11 (16h) – Oficina de Iluminação com Grissel Manganelli

Transmissão: @grisselpmanganell

21/11 (16h) – Oficina de Costura / Turbantes africanos – com Sara & Micaela

Transmissão: @marias.festival

 

 

24/11 (16h) – Oficina de Canto – com Carol Andrade

Transmissão: @carolandrade10

 

 

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