Fazer pouco e fazer muito

Por Felipe Silveira.

Nessa vida de certa militância (de sofá ou não) também é preciso viver. Assim como nessa vida de viver (no sofá ou não) também é preciso militar. Digo isso porque essa questão sempre me vem à mente quando me questiono sobre aquilo que podemos fazer para tornar o mundo um lugar melhor para viver. E todos nós concordamos que é preciso trabalhar pra isso, né?

Acredito que a mudança na sociedade pode acontecer de duas maneiras. A primeira é macro e envolve ações políticas e econômicas. De fato, para o bem e para o mal, isso muda o mundo. O governo de Hugo Chávez, por exemplo, mudou os rumos da Venezuela ao investir em saúde, educação, moradia, geração de emprego…

O outro tipo de mudança é micro, trata-se do nosso dia a dia. É aquilo que podemos fazer diferente a partir das nossas atitudes e da nossa mudança de hábitos. Exemplos disso são a reciclagem de lixo, o uso do cinto, o não desperdício de água e energia elétrica, entre outros. Somos bombardeados, diariamente com campanhas que jogam esse tipo de responsabilidade para o cidadão, com frases como “Seja a mudança que você quer no mundo” etc. Particularmente, não gosto muito da maneira como essa responsabilidade é transferida para cada pessoa, mas não descarto a importância desse tipo de mudança.

Tanto uma quanto outra, porém, passam por uma mudança fundamental: a conscientização.

Volto, assim, lá para o começo do texto, quando falava sobre o que temos e o que podemos fazer. Nem sempre, por causa do trabalho, dos estudos, da namorada, da igreja ou qualquer outro motivo, conseguimos fazer tudo que gostaríamos para a construção de uma sociedade melhor. O problema é transformar isso em desculpa para não fazer nada, além de cornetar os poucos que fazem.

Mesmo que eu não possa estar na rua, que não possa participar de movimentos sociais que gostaria, ainda assim eu posso espalhar informação e boas ideias. Posso mandar e-mails, publicar textos, debater no twitter. Particularmente, sinto uma certa obrigação moral de espalhar algumas ideias progressistas que acredito e combater outras “ideias” terríveis, como pastores-deputados homofóbicos e ruralistas.

Acredito que cada boa ideia espalhada pode influenciar pelo menos uma pessoa. Essa, por sua vez, pode mudar a própria vida, fazendo a micro mudança, e também pode mudar toda a sociedade, a partir do momento que vota melhor e que influencia a sua comunidade.

Abaixo, comentário que mostra a importância e a necessidade de uma sociedade mais consciente:

 

Fonte: Chuva Ácida.

Imagem: Blog Arguta.

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