Extremista Sara Giromini é denunciada pelo MPF por injúria e ameaça contra Moraes

Procurador da República Frederick Lustosa diz que Sara Giromini usou as redes sociais para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando com objetivo de constrangê-lo

Líder do grupo 300 do Brasil, Sara Winter, ao centro, com membros do acampamento 300 do Brasil. Foto: Instagram 300 do Brasil

Jornal GGN – O Ministério Público Federal (MPF) apresentou denúncia contra Sara Giromini, a extremista apoiadora de Jair Bolsonaro, por crimes de injúria e ameaça contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. A extremista, segundo a denúncia, delinquiu através em canal do YouTube e no Twitter. O caso será analisado pela Justiça Federal, que pode aceitar ou recusar a denúncia. Em caso de condenação, Sara Giromini deverá reparar o ministro com algo em torno de R$ 10 mil por danos morais, de acordo com o MPF.

O procurador da República Frederick Lustosa diz que Sara Giromini usou as redes sociais para atingir a dignidade e o decoro do ministro, ameaçando com objetivo de constrangê-lo, após busca e apreensão da PF determinada por ele, no âmbito do inquérito das fake news.

A moça xingou o ministro e foi mais longe: “Pois você me aguarde, Alexandre de Moraes, o senhor nunca mais vai ter paz na vida do senhor. A gente vai infernizar a tua vida. A gente vai descobrir os lugares que o senhor frequenta. A gente vai descobrir quem são as empregadas domésticas que trabalham pro senhor. A gente vai descobrir tudo da sua vida. Até o senhor pedir pra sair. Hoje o senhor tomou a pior decisão da vida do senhor”, disse no vídeo.

Mas o procurador arquivou representação de Moraes pedindo o enquadramento da extremista por atitudes que afrontam a Lei de Segurança Nacional. O procurador entende que a moça não impediu de fato o livre exercício da atividade de juiz do ministro nem do STF. Então, sua conduta, seria ameaça comum.

Ao mesmo tempo, Lustosa entendeu que a manifestação do tipo usado pela Ku Klux Klan, com tochas e capuzes, é liberdade de expressão. Entendeu ainda que existe ausência de requisitos jurídicos que justifiquem a prisão da extremista no caso em questão.

Os pedidos de prisão, da extremista e outros personagens da extrema-direita, se deu exatamente por indícios obtidos pelo MPF de que o grupo continua organizando e captando recursos financeiros para ações que se enquadram na Lei de Segurança Nacional. A investigação foi aberta em 20 de abril por Augusto Aras, procurador-geral da República, entendendo que tais manifestações, nos modelos apresentados, são uma afronta à democracia.

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