Exposição “Ponto Fora da Curva”, de Albertina Prates

Quando: até 29 de fevereiro
Onde: Centro Integrado de Cultura (CIC)
Endereço: Av. Governador Irineu Bornhausen, 5600 – Agronômica
Quanto: Gratuito

A exposição “Ponto Fora da Curva”, da artista Albertina Prates, abre ao público no dia 11 de dezembro, no espaço Lindolf Bell do Centro Integrado de Cultura (CIC), Florianópolis. A vernissage, que terá recital do pianista Diogo de Haro com música composta especialmente para a ocasião, está marcada para as 20h, com entrada gratuita.

Com o tema o sagrado cotidiano e o homem, traz desenhos, pinturas e instalações de tamanho gigante, que buscam colocar cada visitante diante de si mesmo, propondo reflexões sobre os passos de cada pessoa, seus atos e as consequências deles, que refletem, como um espelho, o próprio indivíduo e o outro. A exposição conta com a participação de estudantes de escolas públicas da Capital.

Logo na entrada da exposição, um convite à interatividade. O convencional livro de assinaturas foi substituído por pedaços de papel para serem escritos e fixados numa mesa, ao lado de pintura na qual uma figura alada, representação do divino, está alfinetada numa parede. Analogias como essas podem ser encontradas por toda a exposição, que possibilita a imersão do visitante numa atmosfera propícia a introspecção: focos de luz iluminarão somente as obras numa sala completamente escura. A luz estará também sobre o espectador quando, diante de um espelho, ele se torna parte de uma das instalações.

“Questionamentos sobre a atuação do ser humano no mundo provocam artista e público a se repensarem. Na exposição encontramos sonhos, espelhos de vidas, induzindo pensar para além das obviedades”, afirma a curadora Gizely Cesconetto.

O processo criativo colaborativo é uma das marcas desse trabalho de Albertina Prates, que ao longo do ano dedicou-se a montagem da exposição contando com a contribuição do psicólogo e mestre em Teologia Juarez Francisco da Silva. Análises de sonhos feitas por ele estarão na obra Numinoso, que revela a complexidade da psique humana.

Outra participação marcante em o Ponto Fora da Curva é a dos estudantes. Fotografias feitas pelos alunos dos projetos de extensão de arte e cultura dos Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio do IFSC (Instituto Federal de Santa Catarina) e do ensino fundamental das escolas Aderbal Ramos da Silva (estadual) e Desdobrada Costa de Dentro (municipal) integram a escultura poema Preciso um anjo para consumir-me a boca, feita de papel. O nome da obra foi retirado do poema Os Ciclos, do poeta Lindolf Bell.

Falar de sagrado cotidiano é refletir sobre “a magia da existência de cada qual, sobre a solidão e a eterna procura do divino”, afirma a artista. “E estar em o Ponto Fora da Curva pode ser o que diferencia um indivíduo do comum. É se colocar no papel de observador, é a tomada de consciência”, complementa Albertina.

Mostra de Arte e Cultura do IFSC

A exposição terá pré-estreia no dia 11 de dezembro, às 15h30, momentos antes da abertura oficial, marcada para às 20h. Isso porque o Ponto Fora da Curva está na programação 14º Didascálico – Mostra de Arte e Cultura – IFSC, que acontece de 7 a 12 de dezembro em todo o Estado. Serão recebidos na exposição cerca de 100 estudantes. É a primeira vez que uma exposição dentro do CIC é parte da programação da Mostra.

Sobre Albertina Prates

Natural de Criciúma e radicada em Florianópolis, Albertina Prates tem se destacado no circuito de arte internacional pela ousadia e apuro técnico. A artista plástica recebeu, em 2013, o prêmio de reconhecimento do Museum Night, Belgrado (Sérvia), com a obra Beemot. Já Casulo lhe rendeu prêmio de reconhecimento em Nádor Galéria – Budapeste (Hungria). Participou, com Cheiro de Jardim I, do Salon SNBA 2013, no Museu do Louvre, Paris. A obra está catalogada no livro do salão. Teve a obra Fauno, da série Cheiro De Jardim, selecionada para a 2ª Bienal Internacional de Arte Contemporânea da Argentina 2014. Seus trabalhos estiveram em exposições coletivas ainda em Viena (Áustria) e Dubai (Emirados Árabes Unidos).

No Brasil, já realizou exposições individuais e participou de coletivas, entre elas os salões de arte contemporânea em Blumenau e Itajaí. Em 2013, a obra Cheiro de Jardim III recebeu prêmio de reconhecimento no Salão Internacional de Arte, em Araras (SP). Em 2014, recebeu a medalha de bronze na exposição Rio International Exhibition, na Sociedade Brasileira de Belas Artes, Rio de Janeiro (RJ), na qual participou com as obras Elfos II e Mira. A mostra teve a participação de cerca de 40 artistas de todo país e exterior.

Além das exposições já realizadas fora e dentro do país, o que ocorre desde 1974, é autora de grandes painéis em mosaico e em pintura acrílica em importantes espaços públicos – como Arena Multiuso de São José e Prefeitura Municipal de São José.

Fonte: Calendário Floripa

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