Eu acho que eu era mais macho. Por Flávio Carvalho.

Por Flávio Carvalho.

Toda mulher nasce livre pra viver tudo o que ela viveu.
Todo dia é dia da mulher.
E a minha liberdade sou eu.

Homem não concede liberdade.
Liberdade é o que a mulher já tem, e um dia tentaram que lhe fosse tomada.
Cada mulher sabe da sua luta, independentemente da luta das outras.
Mas quando uma mulher se junta, reconhece na outra a sua força.
(e é disso que o homem, em segredo, tem medo)
Nenhum homem precisa ter medo da luta de uma mulher.
O medo que o homem tem que superar é o de ser quem ele realmente é.
O homem que mente pra si mesmo dizendo que sim, que quer mudar
é o mesmo homem que sabe que ganha já, se tudo continua como está.
Eu acho que eu era mais macho.
Hoje eu sou mais eu.
O homem não deixa de ser menos ele
ao dar mais prazer a você – ou a quem quer que seja.
Cada vez que eu, mulher, me conhecer melhor
serei mais aquilo que você quer – ou melhor: eu mesmo, você mesma.

Agora, neste exato momento, apague tudo (ou leia tudo ao contrário):
não lamento informar-te que o mundo, faz tempo, deixou de ser binário.

“o mundo anda tão complicado e hoje eu quero fazer tudo com você”

(Renato Russo)

 

Flávio Carvalho é sociólogo, participante da FIBRA e do Coletivo Brasil Catalunya

@1flaviocarvalho, sociólogo e escritor. @quixotemacunaima (siga-me no Facebook).

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