Estudante, cotista e militante é desligada da UFRGS por perseguição política

Todos os anos estudantes cotistas da UFRGS passam por situações de constrangimento ao terem suas vidas vasculhadas e sua situação sócio-econômica ou mesmo sua condição racial questionada pela universidade. Lorena, militante da FAG em Porto Alegre, vem sendo questionada neste sentido mas também sobre suas posições políticas. Na revisão da análise sócio-econômica ela foi questionada sobre sua relação com a organização, e insinuado inclusive se ela ocupava algum “cargo” na FAG e se receberia dinheiro para militar. Foi atribuída à ela uma renda que não corresponde com a realidade como justificativa para lhe desligar da universidade.

Repudiamos essa ação de evidente perseguição política contra a companheira e reafirmamos nosso apoio e solidariedade à ela.

Reproduzimos abaixo nota da Federação Anarquista Gaúcha sobre o tema:

ELITISMO E PERSEGUIÇÃO POLÍTICA NA UFRGS!

Viemos a público denunciar a situação de perseguição política e assédio moral por parte da UFRGS à companheira Lorena Castillo, estudante de Geografia da Universidade e militante da nossa Organização.

De forma arbitrária, impositiva e sem direito a defesa, a UFRGS quer desligar a companheira da Universidade alegando uma renda que a companheira não possuía e não possui. Tudo isso depois da Ufrgs perguntar seu vínculo militante com a FAG, perguntando que “cargo” ela teria e se recebia alguma remuneração por isso. Uma clara situação de assédio moral!

A companheira conseguiu realizar sua matrícula no ano passado após a Universidade colocar uma série de obstáculos e constrangimentos. Está sofrendo o que muitos outros/as estudantes que entraram através das cotas raciais e para estudantes de escola pública com baixa renda vem sofrendo ao terem suas documentações questionadas e suas vidas vasculhadas sem nenhum respeito. Já no segundo semestre e em época de provas, a companheira recebe o resultado de um processo de revisão da análise socio-econômica que a excluiria do quadro discente da UFRGS. Além disso, há no processo a omissão de informações que a companheira passou e informações forjadas pela Universidade (como sua renda).

Repudiamos a postura da Universidade e dizemos em alto e bom som: A FEDERAÇÃO ANARQUISTA GAÚCHA NÃO TEM E NÃO ADMITE FUNCIONÁRIOS! NOS AUTOSSUSTENTAMOS SEM SUBVENÇÃO ESTATAL NEM PATRONAL!

Exigimos um posicionamento público por parte da Reitoria sobre as recorrentes situações de assédio moral e desrespeito com os cotistas, com a nossa companheira e a imediata suspensão de seu desligamento.

UFRGS RACISTA E ELITISTA!
NENHUMA PERSEGUIÇÃO POLÍTICA SEM RESPOSTA!
SOLIDARIEDADE A LORENA CASTILLO!

Federação Anarquista Gaúcha – FAG

Fonte: Esquerda Diário.

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