Estado Islâmico reivindica autoria de ataques em Jacarta e anuncia ‘cruzada’ contra Indonésia

 

Um dos locais das explosões; autoridades indonésias já falam em 16 vítimas, mas não houve confirmação oficial.

País tem maioria muçulmana mas segue linha moderada, o que é considerado pelo grupo extremista como ‘pecaminoso’; até agora foram confirmadas 7 mortes.

O grupo extremista Estado Islâmico (EI) reivindicou, na quinta-feira (14/01), a autoria do atentado em Jacarta, capital da Indonésia, que deixou pelo menos sete mortos confirmados. O número de vítimas fatais, no entanto, pode aumentar.

O anúncio foi feito por meio de um comunicado na internet no qual os jihadistas dizem que “os soldados do califado ativaram artefatos explosivos e quatro deles atacaram com armas leves e coletes com explosivos”. Nesta ação morreram, segundo o grupo, “cerca de 15 cruzados”.

De acordo com o EI, os ataques tinham como alvo cidadãos do que eles denominaram “coligação dos cruzados”, uma referência à aliança de países liderada pelos Estados Unidos que combate o grupo no Iraque e na Síria.

A informação foi confirmada pela norte-americana Rita Katz, fundadora do portal de monitoramento de terrorismo na web SITE. Na mensagem, ela revela que o grupo fala em uma “cruzada” contra os indonésios e que “depois de hoje, não haverá segurança na casa dos muçulmanos”.

Em outras postagens, Katz diz ainda que tem crescido o poder e a incidência de extremistas na Indonésia na última década. País majoritariamente muçulmano, a Indonésia segue uma linha moderada, posição considerada como “pecaminosa” pelo Estado Islâmico.

Os incidentes ocorreram na manhã de hoje e a forma como foram executados lembraram os atentados em Paris, em 13 de novembro do ano passado.

Os ataques, que tiveram como foco principal o centro comercial e a região onde estão situadas as embaixadas e escritórios da ONU, foram realizados em diversos pontos da cidade, com múltiplas explosões seguidas de tiroteios.

Um dos locais atingidos foi uma loja da rede de cafeterias Starbucks, que decidiu fechar todos os estabelecimentos de Jacarta até segunda ordem.

O funcionário holandês das Nações Unidas, de cidadania canadense, Johan Kieft, estava no Starbucks na hora da explosão e não resistiu aos ferimentos. Ele, juntamente com um indonésio de identidade não revelada são os dois civis confirmados como mortos nos ataques.

De acordo com as forças de segurança, os atos foram cometidos por 14 homens armados e quatro suspeitos já foram presos.

A ação em Jacarta ocorre dois dias após um ataque terrorista, também reivindicado pelo EI, em Istambul, na Turquia, que deixou 10 turistas alemães mortos e 15 feridos.

Devido aos atentados nos dois países, a Malásia aumentou em nível máximo o alerta de segurança. Há 15 dias, dois suicidas provenientes do país mataram 33 pessoas em ataques na Síria e no Iraque, onde se calcula que estejam vivendo mais de 50 militantes malaios.

Foto: Agência EFE

* Com informações da Agência Ansa

Fonte: Opera Mundi

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