Estado Islâmico recupera cidade histórica de Palmira após quatro dias de combate

O Estado Islâmico retomou neste domingo (11/12) a cidade histórica de Palmira, na Síria, após quatro dias de combates, e mais de oito meses depois que foram expulsos do local, segundo o diretor do OSDH (Observatório Sírio dos Direitos Humanos), Rami Abdul Rahman.

Membros do EI “controlam totalmente a cidade de Tadmur (nome árabe de Palmira), seu aeroporto, sua área arqueológica e sua cidadela”, disse Abdul Rahman. A parte greco-romana, situada a oeste de Palmira, é considerada Patrimônio Mundial da Humanidade.

Os soldados sírios se retiraram da cidade diante do avanço dos combatentes do EI, segundo um comunicado do OSDH. Pelo menos 120 integrantes das forças leais ao presidente sírio Bashar al Assad morreram nos combates, acrescentou o OSDH.

Os jihadistas tinham se retirado no sábado (10/12) à noite para os arredores da cidade monumental de Palmira, após terem conseguido controlá-la quase totalmente, diante dos intensos bombardeios russos contra a cidade, que se prolongaram até a madrugada.

Arco do triunfo de Palmira, um dos monumentos danificados anteriormente pelo EI. Agência Efe

Palmira foi libertada no dia 27 de março, após dez meses ocupada pelos jihadistas, que dinamitaram três torres funerárias do século I d.C., o templo de Bel, o templo de Bal Shamin e o emblemático arco do triunfo.

A conquista de Palmira pelo EI, em 20 de maio de 2015, chamou a atenção da opinião pública internacional para a destruição de sítios arqueológicos na Síria e no Iraque, devido às guerras em ambos os países. Além disso, o EI utilizou a venda de artigos históricos para conseguir financiamento, além de exibir sua destruição em vídeos e fotos com fins propagandísticos.

Localizada em um oásis no leste da província de Homs, no centro da Síria, Palmira foi uma das principais atrações turísticas do país até a explosão da guerra civil em 2011.

(*) Agência Efe

Fonte: Opera Mundi.

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