Entrevista com a nova reitora da UFSC

Roselane é a primeira reitora da UFSC Foto: Flávio Neves / Agência RBS.

Por Carolina Moura.

Além de ser a primeira reitora eleita na UFSC, Roselane Neckel e sua vice, Lúcia Pacheco, representam uma ruptura com as gestões anteriores. Após receber o resultado da votação, na quarta-feira, Roselane reforçou suas propostas de implantar mudanças na administração da universidade.
O pilar da sua proposta é organizar a gestão com um planejamento criterioso, em todas as áreas, além de democratizar a tomada de decisões. Ao ser questionada sobre diferentes assuntos, ela reitera: é preciso fazer um diagnóstico e discutir com a comunidade universitária para definir como agir.

Confira abaixo um ping-pong sobre o assunto com a nova reitora:

DC — Qual o significado deste momento de ruptura, com a eleição de uma chapa de oposição?
Roselane  — É uma mudança histórica porque nas últimas gestões sempre se viam os mesmos grupos participando dos processos eleitorais. A grande novidade nesse momento é que todos nós assumimos esse desafio pela UFSC. Nós não participávamos desses processos eleitorais para a reitoria. Nós somos duas candidatas que são professoras, que têm uma experiência de gestão muito grande, e que nesse momento todo esse trabalho foi reconhecido por outras pessoas preocupadas com a universidade e que acreditavam que era preciso inovar.

DC — Os votos dos estudantes foram decisivos para a sua eleição. Quais as propostas para incluir os alunos na tomada de decisões na gestão?
Roselane — Tivemos apoio em todas as categorias. Os estudantes realmente conheceram todo o nosso esforço nos últimos anos, pelas questões da permanência estudantil e da democratização das decisões na universidade, e isso foi levado às urnas. Seria muito importante criar, por exemplo, uma Câmara de Assuntos Estudantis, com a participação dos estudantes. E ao mesmo tempo, por exemplo, a criação de um comitê gestor junto à Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Prae) para acompanhar as ações e inclusive deliberar sobre essas ações.

DC — Que iniciativas da gestão atual que são positivas e que você pretende levar à frente?
Roselane — Pretendemos manter o estabelecimento contínuo do planejamento institucional, que foi uma das potencialidades da atual gestão. Queremos ampliar essas políticas para a definição de uma gestão criteriosa. Como acreditamos que uma universidade sem planejamento é refém da urgência, grande apoio será dado ao trabalho da Secretaria de Planejamento.

DC – E a questão das greves. Como a sua gestão pretende lidar com isso?
Roselane – Greve é uma realidade, é um direito do servidor público federal. Nós vamos promover um diálogo contínuo com o governo para garantir a melhoria das condições de trabalho e dos planos de carreira. Caso as greves aconteçam, vamos estabelecer canais de diálogo junto ao governo para que se abra espaço para as negociações.

DC — Qual sua opinião sobre o governo Dilma?
Roselane _ Eu tenho observado que a presidente Dilma tem feito um trabalho de muita coragem. Tem mostrado que é possível fazer a diferença. Todos os governos têm muitas dificuldades, sabemos que existem diferentes forças e você tem que ter muita estratégia, muita cautela, muita calma, e eu vejo na presidente Dilma hoje isto.

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Fonte: DC.

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