Entidades islâmicas falam em injustiça e falta de provas

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247 – A União Nacional das Entidades Islâmicas (UNI) no Brasil disse apoiar as ações da Polícia Federal que resultaram na prisão de uma dez integrantes de uma suposta célula terrorista ligada ao grupo extremista Estado Islâmico desde que sejam feitas com “transparência provas”.

“A União Nacional das Entidades Islâmicas vem por meia desta [nota] expressar sua profunda preocupação com os recentes acontecimentos e relatos de que cidadãos brasileiros estariam associados ao terrorismo no Brasil, ao mesmo tempo, apoia veementemente as ações da Polícia Federal para apuração desses fatos, porém, com provas concretas e muita transparência, para que não haja injustiça e perseguição contra nenhum cidadão ou grupo”, disse o presidente do conselho de ética da UNI, Jihad Hammadeh.

Ele e o xeque Rodrigo Rodrigues concederam uma entrevista coletiva nesta sexta-feira 22 para falar da operação da PF. Para Hammadeh, alguns órgãos de imprensa estão agindo de forma irresponsável ao tratar do assunto. “A forma irresponsável que alguns órgão divulgam e agem está trazendo, sim, terror à população e discriminação aos muçulmanos”, afirmou. “É preciso serenidade para não causar histeria”, completou.

Hammadeh também questionou a informação dada pelo ministro da Justiça, Alexandre Moraes, de que os suspeitos tiveram suas conversas monitoradas pelo WhatssApp. “Todos nós sabemos que elas [as mensagens] são criptografadas”, comentou. “Para definir alguém como terrorista tem que ter provas concretas. A pessoa pode ser uma fanática, criminosa, mas isso tem que ser comprovado. Se não for, então é uma pessoa injustiçada”, acrescenta.

Apesar das críticas, A UNI disse que “condena, categoricamente, qualquer ato de violência e discriminação contra qualquer pessoa ou grupo, ratificando que o Brasil é um modelo para mundo de convivência harmoniosa e pacífica entre pessoas de diversas etnias, ideologias, cores e religiões, e, por isso, expõe sua preocupação com o fomento da Islamofobia e de uma possível histeria que possa causar uma instabilidade social, como também, discriminação contra muçulmanos no Brasil”.

A Operação Hashtag resultou na prisão de dez pessoas que, segundo as investigações, faziam apologia ao EI e se preparavam para realizar um atentado durante a Rio 2016.

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Fonte: 247.

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