Embrapa perde quase metade do orçamento e pode paralisar pesquisas

Café produzido pela Embrapa no Cerrado busca sustentabilidade com o recurso eficaz de água. Foto:  Valter Campanato/Agência Brasil

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) sofreu corte de quase metade de seu orçamento para o ano que vem, o que pode afetar drasticamente o trabalho a estatal – hoje uma das maiores e mais respeitadas companhias do mundo no ramo e desenvolvimento e inovação tecnológica para o setor.

A proposta orçamentária do governo federal para 2020, enviada ao Congresso pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL), prevê redução na verba da Embrapa de R$ 3,6 milhões pra R$ 1,9 milhão. A peça deve ser votada até dezembro.

“Se não tomar cuidado, isso representa o fim de tudo que foi feito pela Embrapa ao longo dos anos”, afirmou o ex-presidente da empresa, Sebastião Barbosa, em entrevista ao programa Globo Rural, da TV Globo.

A maior parte do orçamento da Embrapa é usada para remuneração de pessoal e manutenção dos 43 centros de pesquisas que operam em todo o país.

São quase 2,5 mil pesquisadores, 84% deles com doutorado ou pós-doutorado. Eles atuam em rede com o Sistema Nacional de Pesquisa Agropecuária, que envolve instituições públicas federais, estaduais, universidades, empresas privadas e fundações.

Criada em dezembro de 1972, a Embrapa tornou-se com o tempo referência mundial em pesquisas de ponta para a pecuária e a agricultura. São 34 “Portfólios” de pesquisa, desenvolvimento e inovação, reunindo temas como biotecnologia, automação, biomassa, inovação social, gestão, manejo, mudanças climáticas e nanotecnologia, entre outros.

As pesquisas têm permitido o desenvolvimento de variedades agrícolas que levam em conta sustentabilidade e os impactos mínimos sobre o meio ambiente, como as experiências realizadas com o café do Cerrado.

Por sua eficiência e reconhecimento, a Embrapa mantém programas de cooperação técnica e científica com diversos países, entre eles Estados Unidos, França, Inglaterra, Países Baixos e Coreia do Sul. Nas últimas décadas, expandiu sua atuação na América Latina e na África.

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Edição: João Paulo Soares

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