Em reta final cúpula africana comprometida com melhora da saúde

union_africana_logoAddis Abeba, 27 mai (Prensa Latina) A XXI Cúpula ordinária da União Africana (UA) entrou hoje em sua reta final com o compromisso dos chefes de Estado e de Governo de intensificar esforços para melhorar os indicadores de saúde do continente. Entre os vários temas discutidos durante o primeiro dia, realizado no domingo após os festejos do dia anterior pelo aniversário de 50 anos de fundação da Organização da Unidade Africana (OUA), os presidentes chamaram a erradicar doenças letais como Aids, malária e tuberculose.

As sessões desta segunda-feira centraram-se, também, em avaliar os avanços conseguidos por alguns dos 54 estados membros da UA na implementação de reformas para dar resposta às citadas doenças que afetam um número significativo de pessoas nesta parte do mundo.

Nesse sentido, prometeram acelerar o andamento dessas mudanças aumentando o financiamento doméstico anual para a atenção médica, em particular aos serviços para combater as mencionadas doenças.

Os 13 presidentes, junto a outros 50 integrantes de organismos internacionais, avaliaram o nível de execução da chamada Folha de Rota sobre Responsabilidade Compartilhada e Solidariedade Global para combater a Aids, a tuberculose e a malária na África, que adotaram em julho passado.

“A Folha de Rota mostra precisamente o que deve ser feito para acabar com a Aids na África”, expressou em uma mensagem o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, ao apontar que “muitas nações deram passos concretos no último ano e conseguiram avanços tangíveis”.

Ao chamar à adoção de ações conjuntas, Ban disse que “os recentes sucessos na resposta à AIDS mostram como os líderes da África conduzem uma onda de transformações sustentáveis na saúde global com soluções africanas”.

Por sua vez, a presidenta da Comissão da UA, Nkosazana Dlamini Zuma, assinalou que a aprovação de novas medidas de financiamento da saúde demonstrará o forte compromisso deste continente em melhorar esse setor e levar desenvolvimento a seus cidadãos.

“Nosso continente está demonstrando forte compromisso e ações políticas ao abraçar reformas transformadoras para fazer frente à AIDS, tuberculose e malária”, remarcou Zuma.

Dimensionou, além disso, que para atingir as metas de desenvolvimento do milênio todos os estados membros da UA precisarão desenvolver planos de investimento sustentável, planos estes que foquem na passagem da dependência financeira externa à “mobilização inovadora de recursos domésticos”.

Vários países começaram a aplicar medidas financeiras inovadoras para combater a AIDS a fim de reduzir a dependência de doadores externos, e, nesse sentido, o Zimbábue e o Quênia dedicaram uma parte da arrecadação dos impostos domésticos a um Fundo Fiduciário dessa doença.

Já o Benin, Congo, Madagascar, Mali, Maurício, Níger, Ruanda e Uganda estabeleceram arrecadações fiscais sobre o uso de telefones móveis e tarifas aéreas; enquanto com um enfoque diferente, a África do Sul reduziu em 53 por cento suas despesas em medicamentos antirretrovirais. Isso foi conseguido, segundo fontes especializadas, reformando sua tendência a aumentar a competitividade entre os fornecedores de ditos medicamentos.

Fonte: Prensa Latina

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